Meu Supremo - Lucemond

Capítulo 2- ''Não gosto dele''

Lucerys pov

Acordei suspirando, sem entender o porquê meu corpo se sentia leve e confortável, como a tempos não estava, afinal o ensino médio me deixou totalmente tenso pelo ano todo, então estar no fim do ano e formado era umas das melhores coisas a se pensar ao acordar. Entretanto, quando me lembrei dos recentes ocorridos, me sentei rapidamente na cama, gemendo em agonia logo em seguida pela tontura repentina.

Porque a vida é assim hein, santa Lua.

Encarei ao redor com confusão e pude ver que estava escuro por causa de uma das janelas, o quarto era muito grande, muito mesmo, tinha  três portas no quarto, uma tv enorme em um painel com led e parecia tão chique que eu arregalei os olhos, sem entender. A cama era grande e espaçosa, o que me deixou totalmente confortável e com inveja.

"Com uma cama dessa e uma tv assim, eu nunca ia sair desse quarto"

A decoração era cinza e branca, não parecia ser o quarto de ninguém em específico, já que era tão sem graça, tão neutra a decoração. O que me fazia pensar profundamente se esses eram os quartos de hóspedes deles, se fosse, eles realmente gastavam dinheiro com gosto hein.

Claro, eu estava evitando pensar sobre o que ocorreu, o motivo de eu ter desmaiado e o porquê eu estava tão confortável naquele quarto gigante. Tinha o cheiro forte do supremo, era um cheiro bem característico e sedutor, que me fazia suspirar sem notar, era forte ao mesmo tempo que suave e eu não me sentia sob pressão ou desconfortável, como se fosse um cheiro agressivo. Tinha cheiro de chocolate meio amargo e algo a mais, que eu não sabia descrever, porém que era doce.

Eu amava chocolate meio amargo, isso era tão injusto com meu coração.

Suspirei e voltei a deitar na cama, sem saber o que fazer e sem sono. Eu não ia conseguir dormir estando no quarto do alfa. Eu sabia que era o quarto dele e simplesmente não sei, ele não estava ali, sua presença não podia ser sentida e ele nem deveria estar em um cômodo perto. Eu tentei fechar os olhos e dormir, porém estava agitado demais para tal, então continuei deitado e só depois de um bom tempo em silêncio e no escuro, notei que minhas coisas pareciam estar no chão ao lado, minha mochila com três peças de roupas.

Mamãe me falou que não iria demorar aqui, era algo de um ou dois dias, então eu trouxe pouca coisa. Nunca fui exigente com roupas e acessórios, não queria ser visto como superficial e enojado pelos outros, mesmo que eu já fosse, por ser um ômega e filho de uma líder de alcatéia.

Minha vida era tão monótona, nunca tive amigos de verdade, sempre tive notas boas e me mantive o máximo possível fora dos holofotes, o que tornava a recente descoberta uma completa bagunça. Eu sabia o que aconteceu no momento que o encarei, o momento que senti seu cheiro, que nossos olhares estavam conectados profundamente. Ele era meu alfa predestinado e eu estava fodido.

Havia muitos rumores em como ele era cruel, insensível e uma pessoa muito rígida, que fazia tudo como queria e que não se importava com consequências. Ele era o supremo afinal, todos deveriam se submeter a ele. Tê-lo como companheiro era tão confuso e difícil para mim assimilar.

Quando o dia amanheceu, eu não tinha dormido e ainda me mantinha deitado na cama enorme, agora com meu celular nas mãos, mexendo nas redes sociais e vendo vídeos aleatórios, irritado e um pouco cansado. Sentei na cama, suspirando pesadamente e assim que me sentei na cama, a porta se abriu e aquele cheiro predominante dominou meus sentidos.

O quarto já era repleto pelo seu cheiro e ele ainda chegava agora, de manhã, me enlouquecendo. Ele me encarou, parecia um pouco surpreso e eu retribui o olhar, o silêncio era dominante e eu me senti sem jeito, envergonhado demais, ainda sim curioso, então o encarava profundamente, deixando meu olhar cair sob sua cicatriz e tapa-olho.