Meu Supremo - Lucemond

Capítulo 7- O garoto inútil

Só porque não acabamos na mesma onda, não significa que não fazemos parte do mesmo oceano. — É assim que acaba

•

Lucerys pov — 3 meses depois.

Ri, ri muito ao ver Aegon e Jacaerys discutindo em minha frente, na sala de estar da nossa casa, por algo sem sentido como as novas amizades de Aegon. Era óbvio que na primeira semana de Aegon aqui ele iria ser bem recebido, aliás, ele deve ter mais amigos e conhecidos do que eu que morei anos nessa alcatéia.

O ponto é que, a relação de Aegon e de meu irmão estava muito melhor do que antes, aliás, eles já estavam se tratando como um casal e tudo mais. Infelizmente, Aegon me contava muitas coisas que eu, definitivamente, não queria saber sobre eles.

Tais como: primeiros beijos, primeiro sexo e sinceramente eu era virgem e por mais curioso que eu estivesse sobre isso, odiei.
Afinal era sobre meu melhor amigo e meu irmão, isso não era legal em tantos níveis....

Ele me deixou traumatizado.

— Luke irá comigo, Jace! Vamos conosco — resmungou Aegon bufando, revirando os olhos. — Se não irei sozinho. Você irá me deixar ir sozinho e desprotegido?

Jacaerys parecia realmente sem saída sobre isso. Bem, Aegon amava uma boa saída, uma boa festa e digamos que teria uma feira no centro da alcatéia, algo sobre comemorar os bons resultados nas plantações ou algo do tipo. Aegon queria muito ir e eu iria consigo apenas por ir mesmo e obviamente Jacaerys estaria ocupado com as coisas da alcatéia e ainda sim, Aegon pedia que ele fosse como acompanhante.

Sinceramente nunca participei de nada e olha que morei aqui minha vida toda.

Ah, não sabia se queria que ele fosse ou não, afinal iria ficar de vela.

— Você é tudo menos alguém que precisa de proteção — disse Jacaerys sorrindo para o ômega. — Vou tentar ir, tudo bem? Preciso patrulhar na festa e minha mãe quer que eu participe da reunião.

— Vou com você, isso já não é o bastante? — resmunguei de modo dramático e logo o casal me encarou. Aegon rindo e Jacaerys revirando os olhos. — Tem certeza que quer tanto ir nisso? É tão sem graça.

— Para você, tudo é sem graça, Luke — comentou Aegon e eu concordei prontamente, afinal não era uma mentira mesmo. — Vê? Você precisa aproveitar a juventude.

— Quero aproveitar e dormir, isso sim — resmunguei mal humorado e isso deixou Aegon rindo.

— Vou indo, tchau irmão — se despediu Jacaerys e logo tive que desviar o olhar da cena dramática e nojenta dele abraçando e beijando Aegon nos lábios, os barulhos de beijos eram molhados e nojentos. — Tchau amor.

— Até depois, amor — disse Aegon sorridente e feliz. Logo, Jacaerys nos deixou sozinhos.

— Até depois, amor — murmurei comigo mesmo, imitindo uma voz fina, colocando minha mão no peito em forma dramática. Aegon me deu um tapa no braço e eu ri, junto a ele.

— Você é tão chato quando quer, cunhadinho — comentou Aegon e eu dei de ombro, sem me sentir ofendido. Era chato mesmo, então nem podia ficar bravo sobre isso, já que era uma verdade.

— Se você não estiver pronto para sairmos, eu vou ficar olhando série — comentei para Aegon, que arregalou os olhos e correu para terminar de se arrumar. — Mereço viu.

Confesso que esses meses foram os mais divertidos possíveis, pois Aegon era muito alegre e parecia constantemente de bom humor, além de que, a convivência tornava tudo melhor. Afinal, não ficava mais sozinho naquela casa, já que Aegon estava ali.
Duas vezes por mês ele saía para sua própria alcatéia, para ver sua família e ainda sim, nunca comentou mais nada sobre Aemond e isso era bom também.