Meu Supremo - Lucemond

Capítulo 11- ''ilusão?''

— Vamos para casa, lobinho — disse Aemond de repente, se virando e ficando de costas para mim.

Se eu não tivesse me apoiando na pia ao lado da parede a qual estava sendo prensado, provavelmente teria ido ao chão por ter as pernas bambas.

Puta merda.

灬

O caminho todo até a mansão foi feito em silêncio, sem uma musiquinha sequer, o que tornou tudo deprimente e cansativo.
Realmente queria ter bebido um pouco mais, porém acho que exagerei nessa.

Acabei adormecendo no banco confortável do carro de luxo e meio sonolento senti Aemond me cercando com seus braços e seu cheiro inebriante ao me pegar em seu colo, de uma maneira que eu realmente não esperava.

Não era como se eu não estivesse acordado, só estava bêbado, cansado e sonolento demais.
Ele não agiu como um babaca em me sacudir ou exigir que eu entrasse, ele apenas me pegou com uma facilidade deprimente.

Ou não.
Isso significa que ao menos era magro.

— Você está quieto de repente — disse Aemond com um tom divertido, enquanto caminhava comigo pelo corredor do castelo, mesmo ao passar por alguns guardas, o que era estranho tendo em vista que não tinha esses homens antes.

— Você realmente me acha tão desagradável? — perguntei sem pensar, além de que a bebida nos tornava estúpidos corajosos.

— Você se acha desagradável? — rebateu Aemond ao chegarmos no quarto, que percebi que não era o meu.

— Ei, esse não é o meu quarto — resmunguei ao vê-lo abrir a porta com certa dificuldade, porém abriu comigo em seus braços fortes.

— Quero garantir que você não vai fugir no meio da noite para beber com alguns betas — disse Aemond num tom irônico e isso me fez revirar os olhos.

Fui colocado na cama com delicadeza e tentei me sentar, mas preferi ficar deitado mesmo, observando Aemond andando pelo quarto.

— Quer tomar um banho ou prefere apenas ir dormir? — perguntou Aemond remexendo nas gavetas dos cômodos.

— Você não me respondeu, Supremo — murmurei bufando, tentando manter os olhos abertos, visto a sonolência que a bebida me trazia.

— Não te acho desagradável. Você apenas.... Acho que você merece alguém melhor do que eu posso ser — disse Aemond de costas para cima, parando seus movimentos em busca de algo.

— Você é meu companheiro, Aemond. Isso não é simples — murmurei suspirando pesadamente, fechando os olhos.
— Então, não me afaste... Isso dói.

— Eu sei — disse Aemond e senti algo ser posto sobre mim, algo quentinho.

Me surpreendi ao sentir a cama remexer e Aemond cercando minha cintura com seu braço, num abraço quentinho.

Acho que é a primeira vez que estamos dessa forma juntos, o que é bom e faz com que meu ômega relaxe. Não dói, porque seus toques são como um bálsamo para minha alma dolorida.

Queria mais disso, desses momentos ao seu lado. Talvez fosse pedir demais, talvez tudo voltasse a ser o que era no dia seguinte; solitário e doloroso.