Broken

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Eu queria que você soubesse que
Adoro o jeito que você sorri
Eu quero te abraçar forte
E levar sua dor para longe

Eu guardo a sua fotografia
E eu sei que ela me faz bem
Eu quero te abraçar forte
E roubar sua dor

Porque eu estou em pedaços
Quando me abro
E eu não me sinto como
Fosse forte o suficiente

(Broken - Madilyn Bailey ft. Jake Coco)

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Pov. Peeta

Pego um pincel e o entrego a Hope. Seguro sua mãozinha, que agora, contém o objeto de pintura e molho a ponta na tinta azul. Em seguida, o deslizo sobre a tela amarelada e escuto sua risada ao notar que a cor azul está em uma faixa.

— Vamos começar fazendo o céu – digo, continuando a pintura a partir da primeira faixa que acabamos de fazer.

Assim que tomamos o café da manhã, peguei Hope para passar um tempo comigo no quarto de pintura. O mesmo cômodo que sempre venho para espairecer e onde, Katniss e eu tivemos nossa primeira vez.

Minha filha está cada vez mais esperta e mesmo não conseguindo dominar sua fala, tenta ao máximo se comunicar conosco. Me encontro sentado na banqueta, frente a tela com ela sentada em meu colo. Hope, que segura o pincel desajeitadamente, o mergulha novamente no pote de tinta azul e o desliza sobre a tela, mas no mesmo instante, levanta a cabecinha e me olha com um sorrisinho travesso e passa o pincel sobre meu rosto.

— Ah, não acredito que você fez isso! – Com meu dedo indicador, molho na tinta azul e faço uma manchinha na ponta de seu nariz, acabando por tirar uma gargalhada dela.

De repente, começamos a fazer uma mistura de cores na tela, entre um riso e outro. O resultado é, uma tela colorida e nós dois manchados de diversas cores.

— Pelo visto a diversão está boa. – Katniss abre a porta e espia o que estamos fazendo.

— Quer se juntar a nós? – pergunto, ela fecha os olhos fazendo uma careta de pânico, mas o sorriso discreto e divertido vem em seguida.

— Não quero me sujar de tinta.

Seguro Hope em meus braços e me levanto nos aproximando de Katniss.

— Como foi com sua mãe?

— Foi bom. Conseguimos um número considerável de xaropes, essências e remédios para diversos sintomas e tratamentos. – Sua voz sai em tom de que está satisfeita.

— Que bom. – Desde cedo, Katniss foi até sua mãe e Prim, para juntas prepararem alguns medicamentos e deixarem estocado no boticário. — Suas idas e vindas à floresta traz muitos benefícios.

— Foi assim que, meu pai conheceu minha mãe e se apaixonaram... – conta ela, divagando.

— Ela indo à floresta?

— Não. – Ela ri. — Meu pai, às vezes, coletava ervas medicinais na floresta e as vendia para a botica da família de minha mãe. Ela que o atendia. Depois minha mãe transformava as ervas em remédios. Daí começaram a ter contato e se apaixonaram no processo. – Katniss dá de ombros.

— Bem, já te contei como eu me apaixonei por você. Acredito que, toda a história que meu pai me contou sobre, como queria ter se casado com sua mãe e ela preferiu um trabalhador das minas, o qual, os pássaros paravam para o escutar quando ele cantava, despertou certa curiosidade em mim em te observar... – Me aproximo um pouco mais dela, tendo nossa filha em meus braços e afasto alguns fios soltos de seus cabelos, os colocando atrás de sua orelha e nossos olhos estão presos. — E me perdi em você... – suspiro como um incurável apaixonado. — Ah, como eu a amei desde o dia em que te ouvi cantar pela primeira vez. Aquele dia, em que os pássaros também pararam para te escutar.

Preço do amanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora