Surrender

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Verificando meu coração novamente

Ainda está batendo

Mais cinzento do que dias de inverno

As nuvens na minha cabeça

Toda a minha vida

Mudando de faixa

Estou tão entediado de correr o risco

De cometer erros

Agora eu preciso me render

Oh, eu quero me render

(Surrender - IAMX)

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Pov. Peeta


Hope?

É tudo que consigo entender. Esse nome me é familiar. Sim, bem familiar. No entanto, a raiva que me consome faz com que eu aperte ainda mais meus dedos em seu pescoço. Seus olhos estão estáticos e tudo o que mais desejo é matá-la.

— Comandante Mellark, solte-a! – É a voz de Barth que ecoa no ar. Sinto um aperto em meus ombros e, é isso que me faz afastar dela. — Não acha melhor leva-la para o Centro dos Tributos e a usarmos como isca?

A chuva continua a cair intensamente. Ainda sinto por toda a extensão do meu corpo a adrenalina e com isso acabo por esmurrar uma parede.

— Não! – Mal reconheço a voz que sai dos meus lábios. — Vou levá-la para outro lugar – declaro.

— Mas o senhor não acha melhor nós...

— Acho melhor o quê, soldado? – digo o segurando pelo pescoço e o encurralando contra a parede. — Está mesmo questionando uma ordem de seu superior?

— Não, senhor. Sinto muito.

Os outros soldados se aproximam.

— Lipp, procure imediatamente um local vazio. – Olho para o lado e a vejo tossir e esfregar as mãos sobre o pescoço. Me aproximo dela tentando não a estrangular novamente. — Nós ainda não terminamos. – Ela não responde, mas noto as lágrimas escorrerem livremente por suas bochechas. Por um segundo tenho vontade de segurá-la em meus braços. Porém, seguro pelas algemas e começo a caminhar para fora do beco.

— Comandante encontrei um apartamento desocupado, a três metros ao leste daqui – diz Lipp, olhando para o painel projetado em seu comunipulso.

— Vamos para lá imediatamente. – Caminho a puxando. Logo atrás de Lipp estão Barth, Gray, Diggs e o Baird.

Chegamos ao prédio, pegamos o elevador e subimos até o sétimo andar. Assim que nos deparamos com o apartamento 75, Lipp digita alguns códigos em seu tablet e a porta se abre.

— Desativei o alarme e a fechadura – informa Lipp.

— Gray e Diggs chequem os cômodos. – Os dois começam a vasculhar enquanto o resto de nós adentramos a sala principal que fica logo na entrada.

— Podemos nos divertir com ela... – Baird se aproxima puxando o capuz da cabeça dela e como um mecanismo de defesa imobilizo seu braço traiçoeiro atrás de suas costas.

Preço do amanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora