Please Don't Go

20 3 0
                                    



Todas as flechas que você jogou, você jogou fora

Você continuou se apaixonando, então um dia

Quando você caiu, você caiu em mim

Quando você caiu nas nuvens, você me encontrou

Oh, por favor não vá

Eu te quero tanto

Eu não p(osso deixar

Eu perco o controle

Tire esses amantes que restaram do seu caminho

Eles parecem esperançosos mas você, você não deveria ficar

Se você quiser que eu quebre e te dê as chaves

Eu posso fazê-lo mas não posso te deixar ir

(Please Don't Go - Barcelona)



→←→←→←



Pov. Peeta

Três semanas se passaram desde que Katniss voltou para o 12 e fiquei para meu tratamento, mas sinto-me distante. Ela me liga via vídeo todos os dias. No entanto, na maioria das vezes, apenas digo o necessário. É perceptível a angústia em seus olhos. Visto a promessa que fiz de melhorar para sermos novamente uma família. Pensei que seria mais fácil após as sessões de terapia e a extração do soro que usaram em mim no telesequestro. E tudo que sinto é um buraco se abrindo cada vez mais na alma. Não consigo expressar o quanto de peso que ainda pareço carregar.

O dr. Aurelius não ajuda muito quando pede para eu falar sobre o que passei aqui na Capital. Ele, na verdade, não diz muito e a sala em que nos encontramos, ouvimos apenas os ponteiros do relógio.

— Diga-me Peeta, ainda tem pesadelos relacionados aos eventos do seu telessequestro ou o sequestro dos outros vitoriosos? – Como não respondo, insiste. — Peeta, eu fiz uma pergunta. Ainda tem pesadelos?

— Não – digo sucinto e com a voz baixa.

— Já fazemos isso há um tempo. Sabemos que está mentindo - ele suspira. — Parece meio desligado hoje. Aconteceu algo por esses dias?

— Não – minto.

— É um civil agora. Com seu histórico, o governo precisa saber que você não vai... - Ele faz um gesto como se socasse alguém. — Sei que não gosta das nossas sessões, mas é a condição para seu perdão e seu retorno pra casa. Me conte seu último pesadelo.

— Eu não tive pesadelo – insisto. Ele suspira e faz o que esperava. — Ah, que isso! Sério? Vai fazer o lance do caderninho? Porque isso é desnecessário – bufo.

— Se não fala, eu escrevo.

— Ta bom... Eu cortei alguns nomes da minha lista de reparação ontem. Não se preocupe, usei as suas três regras. - Me adianto, pois ele me olha com o senho franzido.

— Então, regra número 1: VOCÊ NÃO PODE FAZER NADA ILEGAL. Regra número 2... ?

— Qual era a regra número 2? - finjo não lembrar.

Preço do amanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora