Hold On

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Wonwoo's POV

Terminei a minha partida de LOL e sai do quarto, me espreguiçando e olhando para o relógio na parede. Seungcheol já devia ter chegado em casa, mas às vezes ele poderia estar com a mãe dele ou até mesmo com Jeonghan, mesmo que tivessem passado dias e dias juntos.

-Seu amigo te deu algum sinal de vida? -Sofia pediu, terminando de lavar a louça da nossa janta.

-Ainda não... mas daqui a pouco ele aparece, não é necessário se preocupar. -Suspirei e limpei meus óculos. -Johnny vai vir?

-Hoje não, mandou foto agora pouco no grupo que estão em seminário ainda.

-Ah... meu celular descarregou. -Suspirei e olhei em volta.

-Joseph. -Sofia simplesmente disse, sem me olhar.

-Perdão? -A olhei, confuso. -Quem é Joseph?

-Se... se o bebe for um menino, eu quero que o nome dele seja esse.

-O coitado vai nascer com 80 anos já. -Ri e me aproximei. -Não sei se compactuo com esse nome não, mas não posso opinar ainda...

Beijei o ombro de Sofia e acariciei o mesmo em seguida. Peguei meu telefone e o coloquei carregar e assim que ele ligou, percebi que haviam algumas chamadas perdidas. Retornei uma delas.

-Nossa cara, ainda bem! Viu, Seungcheol já chegou? -Era Jihoon do outro lado da linha.

-Não cara, ele deve estar com a família, ou sei lá, com o Jeonghan.

-A mãe dele me ligou duas vezes, o telefone dele nem sequer chama, nem o do Hannie.

-Estranho... será que aconteceu alguma coisa?

-Eles desembarcaram na Coréia, a mãe dele que me disse, mas desde então não tem sinal de nenhum dos dois!

-É... isso é estranho. A alma de velhote dos hyungs não suportariam ficar dando rolê depois de uma viagem tão longa. -Ri. -Vou ficar de olho, qualquer coisa eu vou te avisando.

Desliguei a chamada e então senti uma sensação estranha invadir o apartamento. Perguntei para Sofia se ela também sentiu e ela confirmou, me mostrando que eu não era o único paranoico ali, e então decidimos que sairíamos dar uma volta para ver se os encontrávamos por algum lugar.
Era cinco horas da manhã seguinte. Sofia dormia escorada em mim, sentados no sofá da casa da mãe de Seungcheol, que também estava acordada. O procuramos a noite inteira, mas nem sinal deles. Johnny parecia aflito e inquieto, havia andado pela casa inteira, estralando seus dedos e respirando pesado.

-Meu filho... Deus, onde quer que ele esteja, protege meu filho. Meu Senhor, trás esses meninos de volta para casa. -Ela pedia baixinho, segurando minha mão com força.

Desde que Seungcheol e eu ficamos próximos, eu gostava de visitar a mãe dele, pois ela me lembrava muito a minha mãe. Algo que eu sempre admirei na Sra. Choi foi ela sempre fazer as pessoas se sentirem acolhidos, não importava cor, gênero, sexualidade... ela sempre foi assim, acolhedora.  Senti meu telefone vibrar em meu colo, notificando mensagens de Jihoon que diziam:

Hoonie💫
"ACHARAM O SEUNGCHEOL"
"Hospital, agora! Avisa a mãe dele"

Senti meu coração acelerar, mostrei as mensagens para a mãe de Cheol, que se levantou num pulo e correu colocar seus sapatos e chamar seu marido. Acordei Sofia e disse pra ela o que havia acontecido.

[...]

Ao chegarmos no quarto em que Seungcheol estava, senti uma forte dor no peito. Ele estava fortemente machucado, como se tivesse levado uma surra das grandes. Os policiais contaram que o encontraram inconsciente em uma plantação afastada da cidade, e eles estava com todos os seus pertences jogados ao seu redor. Não havia câmera nenhuma nas redondezas para conseguir identificar como e quando ele foi parar lá, mas eu pude perceber que Seo estava estranho, nem ao menos quis entrar no quarto e evitava a todo custo olhar para Cheol, mas essa era a minha menor preocupação no momento. Os médicos falaram que Seungcheol estava em estado vegetativo insconsciente, e que ficaria ligado aos aparelhos na espera de uma melhora.
Se passaram um, dois, três... quatro meses, e ele não acordava. Sua mãe se recusava sair do lado dele, mas às vezes eu, o pai dele ou Jihoon íamos até lá para ver como eles estavam.
Apesar disso, Jeonghan ainda não havia sido encontrado. Seus pais anunciaram em todo canto o desaparecimento do filho e até mesmo dinheiro para quem soubesse de alguma coisa sobre o paradeiro do filho, mas as informações que chegavam eram sempre incoerentes, ao que fiquei sabendo. Ele havia sumido feito fumaça, seu telefone estava totalmente fora de área, suas redes sociais haviam sido excluídas, e ninguém em Seul havia o visto desde o aeroporto. A única informação que os policiais receberam e julgaram ser verídica foi que, assim que eles saíram do aeroporto, eles embarcaram em um carro preto, juntos, mas a placa do veículo pego nas câmeras era simplesmente inexistente, o que deu ainda mais trabalho para os policiais. No fim das contas, a esperança de todos era que Cheol acordasse e que lembrasse de qualquer coisa que aconteceu naquele dia, mas enquanto isso não acontecia, nos restava a esperar alguma coisa acontecer.
Além disso, haviamos feito o teste de DNA, então eu estava ainda mais nervoso com tudo, parecia que tudo estava acontecendo ao mesmo tempo em todo lugar, estava sendo extremamente difícil de acompanhar tudo.

N/A

Oioioii gente, perdão se está aparecendo novamente os capítulos, ficou bagunçado ontem por conta do cansaço, por isso estou repostando hoje na ordem correta

The Heart Wants What It WantsOnde histórias criam vida. Descubra agora