Thirty Six | 36.

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KILLIAN SMITH

No dia seguinte, os primeiros raios de sol invadiram o quarto, despertando-nos suavemente. A luz do amanhecer pintava tons dourados pela janela, criando uma atmosfera serena.

Observei o quarto em volta, o cômodo parecia ter passado um furacão na noite anterior.

Algumas peças de roupas estavam espalhadas pelos cantos. Ri ao lembrar.

Voltei minha atenção a Calíope. Ela estava com o semblante neutro e calmo, parecia está em um sono pesado e aconchegante.

Virei meu corpo, apoiando-se em meu ombro.

Levei minha mão até seus cabelos bagunçados e macios. Deixei um carinho ali.

Calíope se mexeu lentamente ao meu lado, os olhos se abrindo com suavidade. Ela sorriu quando percebeu que eu já estava acordado.

- Bom dia. - Cumprimentei com um sorriso.

- Bom dia. - Ela respondeu, esfregando os olhos. - A noite passada foi... intensa.

- Intensa é uma boa palavra para descrever..... mas diria inesquecível. 
- Concordo, relembrando os acontecimentos da noite anterior.

— Que horas são? — a mesma resmungou ainda sonolenta.

— Porque se importa com o horário? Não temos nada marcado.

— O Layon pode está nos procurando, esqueceu?

— Aquele ali só faz nos atrapalhar, esquece ele! — murmurei.

— Com ciúmes, querido? — sua voz tinha sarcasmo e malícia.

Calíope ergueu uma sobrancelha, desafiando-me com seu olhar. Decidi entrar no jogo.

— Ciúmes é uma palavra forte. Diria que apenas não compartilho bem.

Ela riu, um riso provocador.

— Compartilhar não é o seu ponto forte, Smith.

Sorri de volta, alimentando o jogo.

— Talvez eu prefira exclusividade.

A tesão se instaurou no ar, uma troca divertida de provocações entre nós. Calíope, então, levantou-se da cama com um sorriso malicioso.

— Exclusividade, huh? Vou ao banheiro, espero que não se importe com a falta de traje.

Ela caminhou até o banheiro, seu corpo estava nu, o que era algo irresistível de olhar. Acompanhei a mesma com os olhos até sua silhueta entrar no banheiro e sumir do meu campo de visão.

Droga! Ela sabia como me afetar.

— Você não vem, querido? — a mesma resmungou, enquanto aparecia só o seu rosto na porta.

Levantei rápido, e corri as pressas até o banheiro. Mas antes que eu pudesse entrar, Calíope bateu a porta.

— Você não fez isso...

VÍCIO PERFEITOOnde histórias criam vida. Descubra agora