Forty | 40.

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KILLIAN SMITH

Calíope subiu as escadas, seu semblante estava cansado e confuso.

- Killian, posso fazer uma pergunta? - Jenna questionou, sem querer ser invasiva mas curiosa.

- Pode perguntar. - Minha atenção foi a ela.

- Aconteceu algo nessa viagem? - Ela se aproximou, tentando tirar uma resposta objetiva de mim.

- Algo em que sentido? - se fiz se Bobo.

- Não seja tolo, você sabe do que eu estou falando... - cruzou os braços.

- Não aconteceu nada se quer saber!

- E esse término deles? Você tem alguma coisa com isso?

- A minutos atrás era só uma pergunta, agora já está na segunda. Eu pensei que queria saber de uma coisa.

- Responda.

- Não, satisfeita?! - passei pela mesma, indo até meu quarto no andar acima.

Subi as escadas, minha mente repleta de pensamentos tumultuados. A discussão com Calíope, a presença de Dylan e toda a situação pesavam em meus ombros.

Ao chegar ao corredor do segundo andar, percebi que a porta do quarto de Calíope estava entreaberta. Uma sensação incômoda tomou conta de mim, e hesitei antes de continuar meu caminho.

Foi então que ouvi uma voz vindo de dentro do quarto, uma voz que reconheci imediatamente. Dylan. Minhas sobrancelhas se contraíram em uma expressão de irritação.

- Calíope, você vai se arrepender disso. Eu sei como fazer as pessoas pagarem pelos erros delas.

A raiva pulsou em minhas veias. Ainda sem pensar nas consequências, corrir até meu quarto e encostei a porta. Esperei Dylan sair e adentrar no outro cômodo. Com pressa e agilidade, impedir que ele batesse a porta.

- Mas o q... - tranquei a porta. Em um passe rápido, levei meu antebraço até seu pescoço, o imprensando contra parede. O barulho de suas costas chocando contra parede ecoou pelo quarto.

- O que você pensa que está fazendo aqui ainda? - Rosnei, mantendo a pressão contra Dylan.

Ele tentou se soltar, mas minha força o mantinha imobilizado. Seus olhos, repletos de desprezo, encontraram os meus.

- Você não sabe com quem está lidando, Smith.

- Pode ter certeza de que sei muito bem. - A frustração e a raiva se misturavam em minhas palavras. - Não chegue perto dela de novo. Se tentar algo assim, vai se arrepender, pode apostar nisso.

Dylan tentou sorrir, como se estivesse se divertindo com a situação. Soltei-o, empurrando-o para longe.

- Te dou vinte e quatro horas para desaparecer daqui e da vida dela!

- E porque eu faria isso? - eu ri sarcástico.

- Porque se não, eu mesmo vou fazer questão de que você grave quem eu sou e, do que sou capaz...

VÍCIO PERFEITOOnde histórias criam vida. Descubra agora