Esgrima

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POV WEDNEADAY

Hoje tem aula de esgrima e eu não quero me atrasar, me arrumo e saio do quarto, chego na aula de esgrima e vejo uma sereia lutando contra um garoto que por sinal é péssimo em esgrima, em um golpe limpo a sereia vence porém o garoto reclama com o treinador.

- Treinador ela me derrubou - o garoto perdedor reclama com o professor de esgrima após perder para a garota sereia.

- Foi um golpe limpo, Rowan - o professor fala para o garoto que demonstra não ter gostado nada disso porém se mantém em silêncio.

- Se você choramingasse menos e treinasse mais não seria tão ruim. Sério treinador quando eu vou ter um oponente a minha altura? Alguém mais quer me desafiar? - a garota sereia fala e isso me dá uma brecha para que eu entrasse no meio.

- Eu quero - eu digo dando um passo à frente.

- Você deve ser a psicopata que deixaram entrar - ela diz para mim porém eu não me mantenho calada e revido a sua fala.

- E você é alto proclamada abelha rainha - falo e ela dá um sorriso - uma curiosidade sobre as abelhas, tira o ferrão e caem mortas no chão - digo por fim.

- Rowan não precisa que você defenda ele. Ele não é indefeso só é preguiçoso - a sereia diz e eu ignoro a sua fala e foco na luta.

- Vamos lutar ou não? - pergunto para Bianca.

A luta começou, faço movimentos impecáveis e marco o primeiro ponto, na segunda rodada a luta ficou mais acirrada até que Bianca consegue marcar um ponto.

- Parece que o primeiro ponto foi sorte de principiante - ela diz sorrindo de forma presunçosa para mim.

- Treinador se me permite para a última rodada eu queria propor um desafio militar, sem máscaras e sem pontas, vence quem tirar sangue do oponente - digo para o nosso treinador e espero por sua resposta.

- É você quem decide, Bianca. Você quer ou não? - ele pergunta para a sereia então nós esperamos por uma resposta dela.

Bianca aceitou e começamos a lutar rapidamente, comecei na defesa enquanto que Bianca estava na ofensiva, todo golpe que a Barclay investia eu bloqueava.

Dou dois mortais para trás e continuo a luta, acabo me distraindo e Bianca vence ao desferi um golpe que cortou a minha testa e me arrancou sangue.

- Seu rosto finalmente ganhou a pontinha de cor de que tanto precisava - Bianca diz ao me acertar e arrancar sangue de mim fazendo com que ela ganhe a luta no final.

- Vem, você precisa ir para a enfermaria - Enid diz segurando em meu braço e me tirando dali.

Depois que Enid me levou para a enfermaria eu dispensei a sua presença, não havia sido nada grave, foi apenas um corte de leve.

A enfermeira colocou um curativo no meu corte e em seguida eu saí da enfermaria, estava andando quando senti que algo de ruim iria acontecer comigo.

Olho para cima e vejo uma gárgula despencar de cima da escola e vir em minha direção, penas fiquei parada esperando a morte chegar, ouvi alguém me chamar porém não tirei os meus olhos daquela estátua que estava há poucos metros de me atingir até que senti um impacto no meu corpo e em seguida apaguei.

- Bem vinda de volta - o ex-namorado de Bianca diz assim que eu desperto.

- A última coisa que me lembro é de está andando lá fora sentindo uma mistura de raiva e pena, nunca me senti dessa forma. E daí eu olhei para cima e vi aquela gárgula caindo em minha direção e pensei "pelo menos vou ter uma morte criativa". E daí você me tirou do caminho. Por que? - pergunto sem entender do porque alguém desconhecido por mim resolveu me livrar de ser levada pela morte.

- Eu acho que foi instinto - ele diz me deixado confusa com a sua resposta.

- Guiou-se por um certo "cavalheirismo" para me arrancar uma gratidão eterna? - pergunto para ele de forma séria.

- As pessoas costumam agradecer - ele fala sorrindo para mim porém eu não retribuo o ato.

- Não quero ser resgatada - falo saindo da maca em que estava.

- E eu deveria deixar aquela gárgula fazer mingau de você? - ele me pergunta parecendo chocado.

- Poderia ter me salvado sozinha - digo antes de sair da enfermaria.

Quando saio da enfermaria sinto um cheiro de néroli e bergamotas, um hidratante de mãos que só uma pessoa usa.

Olho para trás rapidamente mas não vejo ninguém, acho esquisito porém sigo em frente, quando eu cheguei no quarto fui recebida por uma Enid que estava mais eufórica do que o normal.

- Que demora, estava quase indo atrás de você - Enid diz vindo até a mim.

- Sofri uma tentativa de homicídio no caminho - digo e a vejo com um semblante preocupado.

- Meu Deus, como você está? - ela pergunta demonstrando uma preocupação visível pela minha segurança e bem-estar.

- Viva, infelizmente  - digo e a vejo fazer uma careta fofa diga-se de passagem.

Fui tomar banho e quando sai do banheiro não vi Enid em canto nenhum, provavelmente ela deve ter saído, vou escrever o meu romance até que novamente eu sinto o cheiro de néroli.

Apesar de estar distraída em minha máquina de escrever, ainda assim pude ouvir pequenos barulhos de dedos, paro de digitar e me levanto rapidamente.

Caminho sentindo o cheiro de néroli aumentar, paro em frente a minha cama e em seguida sem pensar duas vezes levanto o edredom com agilidade e encontro o portador daquele cheiro em cima da minha cama.
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Olá meus amores, tudo bem com vocês?

Como prometido hoje voltei com mais um capítulo, espero que tenham gostado, amanhã terá atualização novamente. Beijos e até o próximo cap.

Uma Addams em Nevermore Onde histórias criam vida. Descubra agora