Uma Addams em Nevermore

De volta dos mortos

POV WEDNESDAY

Eu ainda não havia digerido os últimos acontecimentos, Rowan usou seus poderes para me matar, foi ele quem me jogou aquela gárgula e tudo isso por causa de uma profecia antiga.

Peguei o desenho de dentro da minha bolsa e comecei a analisar o papel em minhas mãos. Saio dos meus pensamentos assim que a porta do quarto é aberta pela diretora Weems.

- O que faz aqui? Pensei que tivesse fugido - a diretora Weems diz ao entrar no quarto que eu divido com Enid e me ver sentada em minha cama.

- Não tive tanta sorte - digo encarando os meus pés.

- O que houve? - ela me pergunta parando ao lado da minha cama.

- Rowan está morto - digo e um enorme silêncio toma conta do ambiente.

- O que disse? - ela pergunta após alguns minutos de silêncio.

- Eu acabei de ver Rowan ser destroçado por uma criatura, um monstro enorme e raivoso - falo me recordando do que eu havia visto na floresta.

- Um urso? - ela me pergunta e eu a encaro com a sobrancelha arqueada.

- Qual parte do monstro você não entendeu? - pergunto para a diretora já sem paciência alguma.

- Srt.Addams, eu não tenho tempo para as suas brincadeiras - ela diz se afastando e caminhando para a porta.

- Se eu estivesse brincando você estaria presa em uma cadeira elétrica e eu com um machado nas mãos - digo me levantando da cama e vejo ela parar abruptamente e em seguuda se virar para mim - mas já que não acredita em mim vamos ver o que o Xerife diz disso - digo cruzando os braços.

(...)

Por mais que eu queira sair dessa escola tem algo que me prende a ela, Rowan tentou me matar por causa de uma visão da mãe dele, depois o monstro apareceu e o decepou bem na minha frente.

Agora temos um monstro à solta que pode ou não ser um aluno de Nunca Mais e de quebra a diretora anda tendo atitudes no mínimo questionáveis.

- Srt.Addams, o Xerife quer conversar com você na minha sala - segui a Weems e no meio do caminho encontramos o Xerife Donovan que nos acompanhou até a sala da diretora.

- Então o que você encontrou? - pergunto para o xerife.

- Nada - ele me responde.

- Como você perdeu um corpo? - pergunto totalmente chocada com o seu nível de incompetência.

- Não tinha corpo algum - ele diz - sem pegadas, sem sangue, sem sinais de luta. Nada. Meu grupo de busca procurou a noite toda - apesar de ouvir o que ele disse não consigo acreditar em uma palavra se quer.

- Seu grupo de buscas deve ter deixado os cães farejadores em casa. Eu vi aquele monstro matar o Rowan bem na minha frente - digo para ele.

- Conseguiu ver bem esse monstro? - ele me pergunta.

- Ele não ficou para conversarmos - digo de forma irônica e ele me encara com uma cara de poucos amigos.

- Talvez seja um dos seus colegas - ele diz ainda me encarando.

- Xerife, achei isso bastante ofensivo - a diretora fala se intrometendo em nossa conversa.

- E quem liga? - ele diz para ela.

- Enquanto você cria intrigas tem um monstro assassino lá fora - falo tirando a atenção dos dois dessa zona de confronto da qual eles adoram entrar.

- Monstros não existem - o xerife diz com desdém.

- Também diria isso se eu não tivesse ficado cara a cara com ele - digo o encarando de forma séria.