Capítulo 14

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***capítulo não revisado, cuidado com erros de digitação***

James:

Já estávamos indo para o capítulo catorze e minha ansiedade para saber mais sobre a história de Luna aumentava cada vez mais. Fiquei um pouco desapontado quando descobri, não nego, mas depois eu entendi o lado dela. Conforme eles explicavam um pouco sobre o mundo dos semideuses, cada vez mais fazia sentido para mim algumas coisas, como o fato de Luna todo ano aparecer com cicatrizes novas. Eu estava começando a me preocupar, achando que acontecia alguma coisa na casa dela como acontecia com Sirius.

Luna estava sentada bem de frente para mim, e eu podia ter uma visão clara de suas bochechas vermelhas, incluindo o pescoço. Remus não estava muito diferente. Percebi também que o cabelo dele parecia mais despenteado que o comum.

Será que eles haviam finalmente...?

Não, eu não podia me iludir com isso novamente. Era igual a Lily quando ela dizia que ia pensar em sair comigo, mas no final me dava um bolo. Mas eu não podia perder as esperanças. Eu ainda veria eles se caçando, disso que tenho certeza. Escutem minhas palavras.

14 – Me torno um fugitivo conhecido. – Leu um menino da sonserina.

Eu adoraria contar que tive alguma revelação profunda enquanto caía, que aprendi a aceitar minha própria mortalidade, que ri em face da morte etc.

A verdade? Meu único pensamento foi: Aaaaarggghhhh!

- Achei poético. – Sirius comenta.

O rio vinha em nossa direção na velocidade de um caminhão. O vento arrancou o fôlego dos meus pulmões. Torres, arranha-céus e pontes giravam entrando e saindo do meu campo de visão enquanto o grito agudo de Luna perfurava meus ouvidos. Acho que eu estava gritando também. E então...

Cata-puuum!

Um turbilhão de bolhas e Luna foi afastada de mim. Afundei nas trevas, certo de que acabaria engolido por trinta metros de lama e perdido para sempre. Mas meu impacto com a água não doeu. Eu estava agora descendo lentamente, com bolhas passando por entre meus dedos. Fui parar no fundo do rio, em silêncio. Um peixe-gato do tamanho do meu padrasto se afastou com uma guinada para a escuridão quando Luna afundou ao meu lado.

Nuvens de lodo e lixo nojento – garrafas de cerveja, sapatos velhos, sacos plásticos – giravam ao meu redor.

- Arg, que nojo – Marlene fez cara de nojo.

- Vocês não ficaram fendendo quando saíram? – A menina bonita, Piper, perguntou. (Claro que meu Lírio é mais).

- Pior que não – Luna responde. – Faz parte dos benefícios de semideus.

Àquela altura me dei conta de algumas coisas. Primeiro: eu não tinha sido achatado como uma panqueca. Não havia sido assado como churrasco. Não sentia nem mesmo o veneno da Quimera fervendo em minhas veias. Eu estava vivo, o que era bom. Segundo: eu não estava molhado. Quer dizer, conseguia sentir a friagem da água. Podia ver onde o fogo em minhas roupas tinha sido apagado. Mas, quando toquei minha camisa, parecia perfeitamente seca.

Olhei para o lixo que passava flutuando e agarrei um velho isqueiro. Sem chance, pensei. Risquei o isqueiro. Uma faísca saltou. Uma chama pequenina apareceu, bem ali, no fundo do Mississipi.

Arquejos de surpresa foram ouvidos pelo salão principal.

Agarrei uma embalagem ensopada de hambúrguer na corrente e o papel secou imediatamente. Queimei-o sem problemas. Assim que o soltei, as chamas bruxulearam e se apagaram. A embalagem voltou a se transformar em um trapo viscoso.

A Era Dos Marotos Lendo Percy Jackson - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora