Capítulo 18

713 72 18
                                    

Remus:

Luna usa as aulas de adestramento – Leu um menino da corvinal.

Estávamos nas sombras da Valência Boulevard, olhando para as letras douradas gravadas no mármore negro: ESTÚDIOS DE GRAVAÇÃO M.A.C. Embaixo, impresso nas portas de vidro, PROIBIDA A ENTRADA DE ADVOGADOS, VAGABUNDOS E VIVENTES.

Já era quase meia-noite, mas o saguão estava iluminado e cheio de gente. Atrás do balcão da segurança estava sentado um guarda de aparência agressiva, com óculos escuros e um fone de ouvidos.

Virei-me para meus amigos.

– Certo. Vocês se lembram do plano.

– O plano – Grover engoliu seco. – Isso. Adoro o plano.

Luna disse:

– O que vai acontecer se o plano não funcionar?

- Olha a negatividade, Alasca! – Sirius reclama.

– Sem pensamentos negativos.

– Certo – disse Luna. – Estamos entrando na Terra dos Mortos e eu não devo ter pensamentos negativos.

- Muito fácil – concordou Sirius.

Tirei as pérolas do bolso, as quatro esferas cor de leite que a nereida me dera em Santa Monica. Elas não pareciam um recurso para o caso de algo dar errado.

Annabeth pôs a mão em meu ombro.

– Desculpe, Percy. Você tem razão, vamos conseguir. Vai dar tudo certo.

Ela deu uma cutucada em Grover e Luna.

– Ah, está certo! – concordou ele. – Chegamos até aqui. Vamos encontrar o raio-mestre e salvar sua mãe. Sem problemas.

- É, se bobear os guardas do mundo inferior nem vão notar que entramos lá e nem vamos usar essas perolas.

Olhei para os três e me senti realmente grato. Alguns minutos antes, eu quase os tinha feito ser esticados até a morte em camas d'água de luxo, e agora eles tentavam bancar os corajosos por minha causa, tentavam fazer com que me sentisse melhor.

Enfiei as pérolas de volta no bolso.

– Vamos chutar alguns traseiros no Mundo Inferior.

Entramos no saguão do M.A.C.

Alto-falantes embutidos tocavam uma música ambiente suave. O carpete e as paredes eram cinza-chumbo. Cactos cresciam nos cantos como mãos de esqueletos. Os móveis eram de couro preto, e todos os assentos estavam ocupados. Havia gente sentada em sofás, gente em pé, gente olhando pela janela ou aguardando o elevador. Ninguém se mexia, nem falava, não faziam nada. Com o canto do olho, eu podia vê-los muito bem, mas, se me concentrasse em qualquer um em particular, eles começavam a parecer... transparentes. Dava para ver através dos seus corpos.

- Tipo os fantasma daqui – Diz Marlene.

O balcão da segurança ficava em cima de um degrau, portanto tínhamos de olhar para o alto para falar com o guarda.

Ele era alto e elegante, com pele na cor de chocolate e cabelo tingido de loiro, cortado em estilo militar. Usava armação de tartaruga e um terno de seda italiano que combinava com o cabelo. Uma rosa negra estava presa à lapela, embaixo de um crachá de prata.

Li o nome no crachá e olhei para ele perplexo.

– Seu nome é Quíron?

Ele se inclinou por cima da mesa. Não consegui ver nada em seus óculos exceto meu próprio reflexo, mas seu sorriso era doce e frio, como o de uma jiboia exatamente antes de devorar você.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 07 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A Era Dos Marotos Lendo Percy Jackson - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora