Capítulo 1

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- Como que se rouba um raio? – Sirius perguntou.

Lily olhou para ele com raiva.

- 1. Sem querer, transformo em pó minha professora de iniciação a Álgebra.

- Como se transforma alguém é pó? – Lúcios Malfoy perguntou.

- O que é Álgebra? – Alguém da Corvinal pergunta.

- Dá pra deixar a Lily ler? – Perguntei, irritada.

- Você tá esquisita – Sirius comenta.

- Olhe, eu não queria ser um meio-sangue.

- Como é? – Pergunta Remus, cuja mãe era trouxa.

Forcei minha boca a não dizer que aquilo não tinha nada a ver com bruxos.

- Se você está lendo isto porque acha que pode ser um, meu conselho é o seguinte: feche este livro agora mesmo. Acredite em qualquer mentira que sua mãe ou seu pai lhe contou sobre seu nascimento, e tente levar uma vida normal.

- Ele fala isso como se fosse ruim – comenta uma menina mestiça da Lufa-Lufa.

Ser meio-sangue é perigoso. É assustador. Na maioria das vezes, acaba com a gente de um jeito penoso e detestável.

- Acho que isso não tem a ver com bruxos – Comenta um menino da Corvinal.

Até que enfim alguém com senso.

Se você é uma criança normal, que está lendo isto porque acha que é ficção, ótimo. Continue lendo. Eu o invejo por ser capaz de acreditar que nada disso aconteceu. Mas, se você se reconhecer nestas páginas – se sentir alguma coisa emocionante lá dentro –, pare de ler imediatamente. Você pode ser um de nós. E, uma vez que fica sabendo disso, é apenas uma questão de tempo antes que eles também sintam isso, e venham atrás de você.

- Eles quem? – Não me dei ao trabalho de identificar a origem da voz.

Não diga que eu não avisei.

- Ok, você avisou – Sirius debochou e James e Peter riram.

Lily olhou com raiva para os dois e voltou a ler.

Meu nome é Percy Jackson.

Tenho doze anos de idade. Até alguns meses atrás, era aluno de um internato, na Academia Yancy, uma escola particular para crianças problemáticas no norte do estado de Nova York.

- Ele é problemático? – Marlene pergunta.

Se eu sou uma criança problemática? Sim. Pode-se dizer isso.

- Tá aí sua resposta – comenta Alice.

Eu poderia partir de qualquer ponto da minha vida curta e infeliz para prová-lo, mas as coisas começaram a ir realmente mal no último mês de maio, quando nossa turma do sexto ano fez uma excursão a Manhattan – vinte e oito crianças alucinadas e dois professores em um ônibus escolar amarelo indo para o Metropolitan Museum of Art, a fim de observar velharias gregas e romanas.

- Velharias? – pergunto.

Por mais que museus sejam chatos, nãos e podia chamar objetos mitológicos de velharias.

Eu sei, parece tortura. A maior parte das excursões da Yancy era mesmo. Mas o Sr. Brunner, nosso professor de latim, estava guiando essa excursão, assim eu tinha esperanças.

O Sr. Brunner era um sujeito de meia-idade em uma cadeira de rodas motorizada. Tinha o cabelo ralo, uma barba desalinhada e usava um casaco surrado de tweed que sempre cheirava a café. Talvez você não o achasse legal, mas ele contava histórias e piadas e nos deixava fazer brincadeiras em sala. Também tinha uma impressionante coleção de armaduras e armas romanas, portanto era o único professor cuja aula não me fazia dormir.

A Era Dos Marotos Lendo Percy Jackson - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora