09╽O suicídio.

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{𝐌𝐀𝐄𝐒𝐓𝐑𝐎}
𝐎 que fazer quando a única coisa que te faz se sentir vivo, é... "errada"?

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Em menos de uma hora eles já haviam preparado os colchões para mim... queriam mesmo me ver morto.

─ Eles vão correr atrás de você com carros, motos e à pé também. ─ o tal do Vice perigoso se pronunciou.

O decretei como perigoso por ter me dito umas verdades sobre Bright.

O Bright... imagina como ele ficará quando ver isso! Eu havia me esquecido por completo.

─ Nervoso?... ─ o cara que tinha uma carranca imensa na sala de reuniões e cabelos platinados, me perguntou. Que estranho, ele parecia totalmente diferente agora.

Mas tudo bem. Ainda assim, ele era o mais normal daqui.

─ Acho que sim. ─ respondi. ─ Nunca morri antes.

Ele sorriu, seu sorriso era fofo, formava um coração.

─ Para tudo tem sua primeira vez. ─ ele bateu em meu ombro e abriu a porta da van. ─ Boa sorte!

Me empurraram e eu comecei a correr quando ouvi o "parado aí, é a polícia!". Me disseram para entrar no prédio onde estava escrito "Sky" e pular de lá de cima que eles fariam o resto.

Então eu vi o prédio, entrei nele e comecei a subir as escadas que pareciam infinitas.

Eu estava com um sapato sem cadarço; não podíamos ter lá, eles queriam se certificar de que não iríamos nos matar e de que iríamos cumprir nossa pena com exímio.

Mas exímio para eles significava sofrimento até a morte.

Subi as escadas e depois de me distanciar o suficiente, o caminho se tornou silencioso; fazia tempo que eu não ouvia o barulho dos meus próprios pensamentos.

Abri a porta que dava vista ao grande céu. Porém, era estranho, ele estava mais vivido do que nunca, mais vivido do que eu mesmo.

Me pergunto se até mesmo os deuses se alegraram com esse momento...

Caminhei até o parapeito; estava ventando como nunca, então abri meus braços.

Aquela sensação.

Por um momento eu havia me esquecido o porquê de estar ali.

Abaixei meus braços, colocando minhas duas mãos dentro do bolso, verificando se tinha algo; não.

Eles estavam tão vazios quanto eu.

Passei o primeiro pé pela grade, e em seguida, o outro.

Meus pés mal cabiam naquele pequeno espaço em que estavam, então me agarrei a barra como se àquilo dependesse da minha vida.

E de fato, dependia.

Mas no final das contas, acho que ela não valia muito.

Porque eu soltei a grade.

Eu estava caindo.

A paz interior que me alcançou e percorreu por todo o meu ser enquanto eu sentia o vento bater contra as minhas costas; era inevitável.

ARGUS╽Jikook - [1ª temporada]Onde histórias criam vida. Descubra agora