Jonathan

13 0 0
                                    

Alice

Corri tanto que tive até medo de ser pressa por dirigir em alta velocidade, mas quando se tratava do Jonathan, quanto mais rápido menos perigoso séria. Entrei na delegacia e corri para a recepcionista.

- Olá, Bom Dia, como posso ajudar a senhorita? - ela perguntou calma.

- Eu vim ver o detetive Ricardo, sobre o réu Jonathan - eu disse ofegante.

- Senhorita Alice - ouvi a voz do detetive.

- Senhor detetive, bom dia - eu disse - O que houve? Não tava tudo resolvido? - eu comecei a perguntar em pânico.

- Me acompanhe até a minha sala, por favor, irei explicar tudo - ele disse calmo.

- Ok - eu disse.

Acompanhei ele até sua sala no fundo do primeiro andar. A sala era pequena e trazia um certo desespero, pois ela parecia te espremer. Me sentei na cadeira de frente para a mesa dele, ele se sentou e bufou esfregando o rosto.

- O senhor Jonathan, foi liberado - ele disse.

- O que? Como? Não, não, não pode - eu disse.

- Não conseguimos testemunhas para as suas acusações, e nem provas o suficiente - ele disse.

- COMO? - eu levantei e bati na mesa.

- Senhorita se acalme - ele disse, senti minhas pernas falharem - E sobre a acusação de estupro, procuramos em todo lugar e não encontramos o original - ele disse.

- Não - eu disse e despenquei no chão hiperventilando, suando frio e chorando.

- Eu sinto muito - ele disse - Ele foi liberado de todas as acusações e foi solto da prisão hoje - ele disse.

- Isso é injusto, ELE COMETEU TODOS ESSES CRIMES, EU FUI A PRINCIPAL VÍTIMA, ELE NÃO PODE VIVER LIVRE POR AI, ELE TEM QUE PAGAR... COM A PRÓPRIA VIDA... POR TODOS OS SEUS... CRIMES! - eu gritei chorando.

- Eu vou pedir que a senhorita se retire e se acalme, não ande sozinha por aí, se ele realmente for um criminoso ele vai atrás de você - o detetive disse, ele se levantou e estendeu a mão pra mim.

- Eu não mereço isso - eu disse chorando alto.

- Senhorita por favor - ele disse.

- Ele vai me matar, ai vocês vão ter provas, mas vai ser tarde demais, porque em vez dele pagar com a própria vida, vai ser a minha vida inocente que vai pagar por tudo que ele fez comigo e outras mulheres inocentes - eu disse e me levantei sozinha e irritada - Bom dia - eu disse e bati a porta.

Caminhei irritada voltando a entrada da delegacia, meu celular tinha mais de trinta ligações perdidas do Pietro. Eu só queria sumir, seria melhor do que ser assassinada pelo Jonathan.

Sai da delegacia chorando silenciosamente.

No final da escada da delegacia estava o Pietro, claramente assustado e preocupado, ele expirou tão alto quando me viu que deu até para escutar. Ele subiu as escadas correndo e me abraçou com força.

- Te achei meu amor - ele disse respirando mais leve, retribui o abraço.

- Pietro - eu disse.

- Eu tô aqui - ele disse acarrenciando meus cabelos.

Mesmo Com Todos Os Problemas, Te AmareiOnde histórias criam vida. Descubra agora