Calma que piora

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Alice

No dia seguinte acordei bem cedo, deixei um bilhete para o Pietro e fui para delegacia. Eu já tinha uma ordem de restrição contra o Alan, mas agora que as coisas pioraram, decidi tentar aumentar a distância de 4 metros para pelo menos 10.

Desde o acontecido o Pietro tem sido como um guarda-costas particular, todo lugar que eu vou ele vai atrás. Ele insistiu para que eu passasse todas as noites dormindo na casa dele, por segurança, ei acabei cedendo, pois estou morrendo de medo. 

- Então senhorita, dez metros infelizmente não da, mas podemos aumentar para seis metros - o policial disse.

- Melhor mais dois metros do que nada né? - eu disse desanimada.

- Sim - ele disse virando para o computador - Pronto, qualquer restrição dessa distancia aplicaremos uma multa, sujeito a trabalho voluntario e dependendo da restrição pode-se estar sujeito a prisão domiciliar.

- Entendido, obrigada e um bom dia para voce - eu disse forçado um sorriso simpatico.

- Denada, Um bom dia para a senhorita - ele disse apertando minha mão. Saí do lugar sentindo minha cabeça latejar. 

Caminhei até um ponto de onibus ali por perto, saí da casa do Pietro já pronta para a faculdade, mas minha cabeça doía tanto de cogitei faltar. Vi o onibus que parava perto vindo, fiz um sinal com o braço e ele parou na minha frente. Sentei do lado de um adoslescentes que claramente me julgava com o olhar, ignorei ele. 

Senti pontadas na minha cabeça, fechei os olhos agonizando, senti um zumbido no meu ouvido, minha visão começou a embasar, levantei em panico. Vi hospital a frente para minha sorte, dei sinal e desci, sai cambaleando até o hospital, entrei e me apoiei no balcão.

- Eu... - senti uma falta de ar, ela parece ter percebido o meu estado, fez sinal com a mão e um médico me segurou pela cintura, eu não tinha força nas pernas.

Ele me sentou em uma cadeira da recepeção e tentou fazer perguntas para mim, eu não entendia nada que ele falava, senti meus olhos arderem e eu simplesmente comecei a chorar. Ele mediu minha pressão, que estava 14.8, ele me ajudou a levantar e me levou para a sua sala. Minha glicose estava baixa e minha pressão alta. Ele não soube identificar o que era ao certo. 

Fui emcaminhada para uma sala onde tive que receber uma mistura de soro, glicose e dipirona na veia, indicação do médico que me atendeu. Deixei o braço esquerdo estendido recebendo a mistura. Eu já tinha passado por aquilo uma vez, mas eu estava com a minha mãe, desta vez fiquei desesperada, pois estava sozinha.

Peguei meu celular dentro do meu bolso, tinham 10 ligacões perdidas do Pietro, eu esqueci meu celular no silencioso. Liguei para ele sem pensar duas vezes, ele atendeu em menos de dois minutos.

- Oi - eu disse sem saber o que dizer, eu já estava começando a me sentir melhor.

- Jesus Cristo!, oi, cade voce? me diz que voce ta bem? ele te acho? - ele desparou a dizer revelando sua preocupação comigo.

- Eu to bem, ele não me achou, eu aumentei a ordem de restrição - eu respondi com a voz calma - E, eu to no hospinal - eu disse e escutei uma freada brusca e um cara gritar "PRESTA ATENÇÃO CARALHO" e o Pietro gritar "DESCULPA CAPETA".

- O QUE VOCE TA FAZENDO NO HOSPITAL? O QUE TA ACONTECENDO?MEU DEUS DO CÉU!! - ele gritou.

- Ai - eu disse.

- Desculpa, eu to assustado, acordei em você fiquei com medo, tô dirigindo igual um louco, morrendo de medo de ter te perdido, me responde por favor - ele disse.

Mesmo Com Todos Os Problemas, Te AmareiOnde histórias criam vida. Descubra agora