Mesmo Com Todos Os Problemas, Te Amarei

Saudade

Alice

2 semanas depois...

Conferi minha bolsa de viagem, finalmente eu recebi minha alta, passei duas semanas me recuperando, a corte na minha panturrilha acabou precisando de mais atenção do que eu imaginava, pois quando o Jonathan girou a faca para tirá-la, ele acabou fazendo um estrago muito grande na parte interna da minha panturrilha.

- Oh Best, tem certeza que você vai ficar bem sozinha naquele apartamento? o Noah pretende ficar aqui com Pietro até ele acordar - a Bea disse.

- Eu vou ficar bem, eu vou continuar o acompanhamento com o terapeuta e vai voltar a ficar bem - eu disse - E eu sei me cuidar sozinha, o que aconteceu ano passado não vai se repetir, eu não vou tentar me matar.

- Sinto que nem você está acreditando nas suas palavras - ela disse.

- Eu vou ficar bem - eu disse com a voz falhando.

- Best, não tenta fingir felicidade, isso acaba se tornando autossabotagem - ela disse.

- Eu sei, mas eu tenho que continuar, a saudade que eu sinto dele e incomparável, mas eu não posso ficar me afogando em depressão e não fazer nada, isso vai ser pior - eu disse com a voz chorosa.

- Oh Best - ela disse e me abraçou.

- Tudo vai ficar bem - eu disse.

- Acho melhor eu ficar com você nesse tempo, eu falo com a minha mãe e explico tudo - ela disse.

- Não precisa Bea - eu disse.

- Precisa sim - ela disse e soltou o abraço.

- E o Noah? - eu perguntei.

- O Noah, está com a família do Pie, que é família dele também, ele vai ficar bem - ela disse, eu concordei com a cabeça.

- Tá bom - eu disse.

Ela me ajudou com as minhas bolsas e saímos do quarto, olhei uma última vez para aquele quarto e fechei a porta. Pegamos o elevador e descemos na recepção, uma enfermeira cortou minha pulseira de paciente e nós saímos do hospital.

- Finalmente, o calor dessa cidade, não aguentava mais o frio daqueles ar-condicionados e a energia pesada desse lugar - eu disse assim que pisei do lado de fora do hospital.

- Eu queria ficar no ar-condicionado, o calor está insuportável - a Bea disse, eu dei risada.

- Por enquanto eu vou aproveitar, amanhã eu já vou estar reclamando, aposto - eu disse, a Bea deu risada.

- Com certeza - ela disse - Vamos doida?

- Vamos - eu disse - Se bem que - eu disse e ela sorriu.

- Vai lá - ela disse e saiu andando para o seu carro da Barbie.

Durante essas duas semanas, eu visitei o Pietro todas as madrugadas, mesmo me sentido mal por sua situação, eu não pude evitar ficar ao seu lado. Mas nessa madrugada, eu não tinha ficado com ele, então eu tinha que ver ele antes de voltar para casa.

Peguei uma pulseira de visitante na recepção e peguei um caminho mais curto até a UTI.

Entrei no seu quarto, ele estava sozinho, me aproximei da sua cama lentamente. Me inclinei e beijei sua testa.

- Você vai sair daqui logo, eu sei que vai, eu recebi minha alta hoje, mas prometo continuar te visitando até você receber sua alta e vamos voltar juntos para casa - eu disse, acarenciei sua bochecha.

Sai do quarto um pouco apreensiva, respirei fundo e fiz meu caminho de volta até a recepção. Ao sair do hospital denovo fui surpreendida pelos meus amigos.