Dois corações amantes lutando

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Alice

Acordei como se nem tivesse sequer dormido, me sentia cansada e triste.

Peguei meu celular debaixo do travesseiro, quatro da manhã, o Pietro dormia, mas parecia um pouco atordoado, ele tinha os olhos muito fechados parecia fingir dormir ou estar em um pesadelo.

- Pietro - chamei tocando ele de leve, ele não respondeu, mas tranquilizou as pálpebras, fiz carinho de leve na sua bochecha, sua respiração ficou tranquila. Beijei sua testa - Desculpa estar tão distante.

Levantei da cama devagar, para não acordá-lo, andei a passos leves até a varanda, abri a porta da varanda e inspirei profundamente.

Apoei os cotovelos no parapeito da varanda e fiquei olhando a noite, no Brasil a essa hora o dia já começa a aparecer.

Ouvi um barulho leve atrás de mim, mas ignorei, a noite estava tão linda.

- O que faz aqui essa hora da noite? - ouvi a voz rouca do Pietro perguntar, senti um frio no estômago.

Me verei para ele, ele estava apoiado no batente da porta, os cabelos bagunçados e o verde dos seus olhos pareciam claros a luz do luar.

- Eu perdi o sono e vim tomar ar fresco - eu disse.

As coisas entre nós ainda estão estranhas, ele agora me faz perguntas muito simples, como se tentasse achar informações a mais e uma resposta simples.

Quando eu abracei ele pedindo desculpas, ele só disse que estava tudo bem e ficou me confortando, quando eu sai do abraço, ele foi tomar banho, ele parecia querer chorar e quando saiu do banheiro mesmo com o escuro eu vi seus olhos vermelhos, não quis perguntar, não sabia o que dizer, então só entrei para tomar o meu banho.

Fomos dormir em silêncio em sem trocar qualquer tipo de chamego ou carinho.

- Como você está? - ele perguntou olhando para o chão.

- Normal - eu disse.

- O que seria normal? - ele perguntou.

- Pietro - eu disse.

- Você tá tão distante - ele disse.

- Eu sei - eu disse.

- Me conta o que te preocupa, o que você sente não importa o quão confuso pareça, eu vou entender, você sabe que eu entendo - ele disse.

- O Jonathan me preocupa - eu disse.

- Ele é o motivo do seu medo? - ele perguntou.

- Sim - eu disse - Eu tenho pesadelos com ele todas as noites - eu disse de costas para ele.

Senti seus braços envolverem minha cintura me abraçando por trás.

- Por que você não conversa comigo de um jeito comum? - eu perguntei.

- Como assim? - eu perguntei.

- Atos de serviço, companhia, perguntas meio bestas - eu disse - Você só faz isso agora, parece que tá com medo de me ferir - eu disse.

- Você não fala mais comigo como antes, eu me sinto perdido, não sei o que fazer - ele disse.

- Assim você tá parecendo um adolescente apaixonado que não sabe como se declarar - eu disse, ele deu risada - Amém senhor! Vai cair um dilúvio, um sorriso - eu disse virando e colocando minhas mais no seu rosto, sorri genuinamente, ele me deu um selinho.

- Já te falei como eu amo seu sorriso? - ele perguntou.

- Eu te amo tanto - eu disse.

- Eu te amo mais - ele disse.

Mesmo Com Todos Os Problemas, Te AmareiOnde histórias criam vida. Descubra agora