cap 9

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Eu praticamente corri para a entrada do prédio, mas antes que conseguisse tocar a maçaneta, Howard abriu a porta e saiu. Ele usava bermuda e chinelo, como se planejasse pegar um voo para o Taiti mais tarde.

— sarah. Não achei que você já estivesse acordada.

— Estes dois foram procurar você na casa.
Gloria deu um passo à frente.

— Sr. Mercer? Somos os Jorgansen, de Mobile, Alabama. Você deve se lembrar do e-mail que mandei. Somos aqueles que queriam um tour particular especial pelo cemitério. Sabe, meu marido, Hank, tem verdadeiro amor pela história da Segunda Guerra Mundial. Conte a eles, Hank.

— Verdadeiro amor — repetiu Hank.
Howard assentiu atenciosamente, mas os cantos de sua boca se curvaram.

— Bem, só existe um tour, mas tenho certeza de que luna ficaria feliz em guiá-los por aqui. Por que não entram para que ela comece?
Gloria bateu palmas.

— Sr. Mercer, estou vendo que você também é do Sul. De onde? Do Tennessee?

— Da Carolina do Sul.

— Foi o que eu quis dizer. Carolina do Sul. E quem é esta linda jovem que veio em nosso auxílio? Sua filha?
Ele não disse nem fez nada por um segundo. Mas foi o suficiente para que eu percebesse.

— Sim. Esta é sarah. E nos conhecemos ontem à noite.
Gloria balançou a cabeça.

— Deus me perdoe. Acho que nunca vi um pai e uma filha tão diferentes. Mas às vezes é assim. Eu puxei este cabelo vermelho da minha tia-avó materna. Às vezes os genes simplesmente pulam algumas gerações.

Tanto eu quanto Howard olhamos para ela com ceticismo. Aquele cabelo vermelho não podia ter vindo de nenhum outro lugar que não uma caixa de tinta, mas tínhamos que admirar seu empenho.
Ela estreitou os olhos para mim, depois se virou para Howard.
— Sua esposa é italiana? — Ela pronunciou "italhana".

— A mãe dela é americana. sarah se parece muito com ela.

Lancei um olhar grato a ele. Falar no presente complicava menos as coisas, mas então me lembrei do que Howard falou para lina na varanda, e me virei, recolhendo minha gratidão.
Gloria colocou as mãos na cintura.

— Bem, sarah, você se encaixa muito bem aqui, não é? Veja só esses olhos escuros e todo esse cabelo deslumbrante. Aposto que todo mundo pensa que você é da região.

— Eu não sou daqui. Só estou visitando.

— Gloria, vamos andando. Se continuarmos nessa conversa, não vamos conseguir ver o maldito cemitério.- Hank finalmente recuperou a voz

— Tudo bem, tudo bem. Não precisa falar assim comigo. Vamos, Hank.

Ela nos lançou um olhar conspiratório, como se o marido fosse um irmão mais novo com quem todos nós estivéssemos sendo forçados a andar, e depois abriu a porta.

— Vocês dois tenham um bom-dia, está bem? Arrivedente!

— Nossa — disse Howard quando a porta se fechou.

— Pois é.
Cruzei os braços.

— Desculpe por isso. As pessoas não costumam ir até a casa. E em geral são um pouco menos... — Ele hesitou, como se achasse que podia pensar numa palavra educada para descrever os Jorgansen, mas se limitou a balançar a cabeça. 

— Parece que você ia sair para correr.
Olhei para minhas roupas. Era um hábito tão forte me vestir daquela forma que nem tinha reparado.

— Normalmente é a primeira coisa que faço.

o destino - nle doprêOnde histórias criam vida. Descubra agora