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Eu tinha cinco anos quando eu senti que tudo mudou na minha vida

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Eu tinha cinco anos quando eu senti que tudo mudou na minha vida. Eu tive pais que me amavam muito e faziam de tudo por mim, uma avó que era gentil e carinhosa (e fazia a melhor comida do mundo) e eu era feliz da forma que a vida era. Mas teve um dia, que tudo mudou.

Minha mãe sempre foi incrível, uma mulher gigante tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Ela é apaixonante, os olhos escuros, a pele macia e cheirosa, os cabelos sedosos e negros.

Meu pai sempre foi genial, um homem elegante, educado e bonito. Eu sempre o amei, sempre senti que não havia perigo algum no mundo que fosse capaz de chegar perto de mim se meu pai estivesse do meu lado.

Mas, houve um dia.. que eu soube que as coisas tinham mudado. Minha mãe parecia, genuinamente feliz. E eu, fiquei feliz simplesmente por vê-la feliz.

O sorriso que eu tanto amava, ficou presente por tanto tempo que eu até esqueci o quão atarefada e ocupada ela era no dia a dia.

Houve um dia, que eu a toquei e ela esbanjou felicidade e amor. O dia que ela conheceu meu pai.

É confuso no início, quer dizer, pra mim nunca foi.

Quando minha mãe conheceu meu pai e eles ficaram juntos, foi como se tudo tivesse feito sentido, como se a família ficasse completa com ele perto. E então, as coisas foram se ajeitando sempre mais, cada vez mais.

A casa era cheia, a vida era boa.

Meus pais estavam juntos, meu pai conheceu a tia Lu. Eu entendi que a tia Helô não era minha namorada (o que foi um baque), Cecília nasceu, Arthur nasceu, Ramon veio logo depois. Depois a Beatriz e então a Lara.

Éramos uma família grande, maluca e completamente funcional. E eu simplesmente, amo ter crescido e feito parte de um sentimento como o que a minha família tinha, eu aprendi desde cedo a defender e a entender que seria defendido frente a todos, mas corrigido a sós caso necessário.

—Miguel. Você pode atender a porta pra mim? – minha mãe pergunta. — Eu estou lendo um artigo e realmente, não posso sair agora. – encaro a mulher de pijama sentada a poucos centímetros de mim encarando o computador e me levanto, subindo as escadas que davam acesso a área comum da casa e abrindo da porta de entrada. 

Os quatro mosqueteiros estavam aqui, provavelmente para buscar o quinto deles. O quinto que estava de castigo por conta da noite passada.

—Entrem aí. – digo deixando a porta aberta e virando as costas, posso ouvir a porta se fechar quando o último entra e então desço novamente as escadas. — Mãe. Acho que a senhora vai gostar de saber quem está aqui.

Minha mãe me encara, os olhos me fitando por cima do óculos e então ela vem em minha direção, passando por mim tão rápido que eu quase não a vi. Ela parou no último degrau e eu ainda assim pude ver por cima dela no degrau abaixo, minha mãe era pequena e eu, bem alto.

—Posso saber aonde vocês vão hoje? – minha mãe nunca foi o tipo de mãe que fica horas e horas dando sermões.

Eu digo no papel de mãe. No papel de Fisioterapeuta ela é bem chata e dá vários sermões, um atrás do outro na maioria das vezes. Mas, Ramon não era dos mais fáceis de se criar, então, ela tornou-se uma mãe que dá sermões pra ele.

Spin-off: Minha Capitã | Golden Boy - Miguel.Onde histórias criam vida. Descubra agora