A grande verdade é que ninguém está isento de crescer, pode ser difícil aceitar, mas é isso. Todos nós iremos crescer e virar adultos, com Miguel não tinha como ser diferente.
Existe aquele ditado que "se boa criança é, bom adulto será"
Não é atoa q...
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Eu estava tão focado que acabei irritando o time nos últimos dias, Tio Tony também não era dos mais fáceis e lidar com a pilha dele para os últimos jogos era um tremendo saco. Ao menos, ele se tornou uma pessoa mais maleável para não forçar respeito depois de uma semana em que ele nos obrigava a chegar as 06h30, treinar feito loucos na academia, seguido por treinos em campo, treinos de percurso e mais os jogos.
—Chuta, Liam! – eu gritei do meio campo para Liam, meu nervoso era tão grande que eu simplesmente não sabia mais falar. Liam chutou a bola bravo e então saiu para fora do campo, caindo no gramado e puxando uma toalha qualquer para colocar em seu rosto. — Porra. Não é possível que você não acerta um chute no gol! Um gol! Porra!
E então ele gritou ali, me fazendo ficar parado o encarando por um momento.
Acho que o time já não me aguentava mais ali, quem dirá ouvir minha voz. Provavelmente todos se arrependeram de ter me feito o capitão depois que Garnacho se aposentou. Alguns deles, simplesmente, fingiam que eu não existia.
—Vai, Vai Díaz! – Tio Tony gritou pra mim no instante em que eu dominei a bola. — Controla o ritmo, não perde o ritmo.
Uma arrancada rápida o suficiente para que eu deixasse Niall e Harry para trás e um encontrão com Lorenzo que me fez cair no chão e de alguma forma, senti como se meu joelho esquerdo arrebentasse. Eu não sei explicar exatamente, mas eu juro ter sentido, como se algo arrebentasse lá dentro e segundos depois uma ardência agoniante, meus olhos encheram d'água imediatamente e eu levei a mão até o local.
—Tá tudo bem, capitão? – Louis pergunta nervoso, não demorou muito para que o restante me rodeasse também.
—Eu pareço bem? – rosno sentindo uma dor indescritível no meu joelho. — Porra, isso dói demais.
Tio Tony está se aproximando quando Liam e Niall me ajudam a ficar em pé. —E aí campeão. Tá tudo bem?
—Não. Meu joelho – minha voz sai tremula pela dor.
—Consegue ficar em pé? – ele pergunta e eu, nego. — Certo, acho que temos um problema. Lorenzo, chama a Ananda, já.
Lorenzo retira o colete e desaparece do campo entrando no corredor do CT. Ele voltou rápido com a minha mãe junto a ele, sua expressão mudou no momento em que ela apareceu e me viu sentado, ela correu até mim nesse instante e eu fechei os olhos.
—Oi, filho. Aonde? – aponto para o joelho e ela se colocou de joelhos, levantando minha perna e apertando a região que eu apontei.
—Ai porra. – digo entre dentes quando minha mãe aperta e deito no gramado mais uma vez. Minha mãe aperta novamente e eu sinto meus olhos encherem d'água. —Porra mãe. Não aperta. – eu chio sentindo todo o meu corpo suar no instante em minha mãe apertou o local, ela me corrigiu com os olhos.
—Eu preciso te examinar Miguel. – ela diz direta e eu concordo. — Vocês conseguem me ajudar a levar ele até a minha sala? – ela pergunta aos meninos e eles concordam.
