A grande verdade é que ninguém está isento de crescer, pode ser difícil aceitar, mas é isso. Todos nós iremos crescer e virar adultos, com Miguel não tinha como ser diferente.
Existe aquele ditado que "se boa criança é, bom adulto será"
Não é atoa q...
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—Mãe. Cheguei. – anuncio assim que fecho a porta. Ramon e Beatriz estavam colocando os pratos e os talheres na mesa, meus pais estavam fazendo o jantar e eu não tinha minha mãe no meu campo de visão de forma alguma.
—Dona Ananda. Seu filho favorito chegou. – Ramon diz alto e então minha mãe aparece.
—Não fala besteira, eu não tenho filho favorito. – a mulher pequena me abraçou apertado. — Está cansado, filho?
—Um pouco. – sorrio. — Oi pai.
—Oi filho.
—Não tem é? Eu não ganho beijos e abraços quando chego em casa. – Ramon diz ainda provocando a nossa mãe. — Você ama mais ele por ser o único que não mora mais com você, né?
—Para de falar besteira. – mamãe repreende o do meio. — Eu amo mais ele por ser o único que nunca me deu trabalho. – ela provoca divertida e eu dou risada.
—Beatriz. Você ouviu isso? – Ramon se faz de indignado.
—Ouvi sim. Mas vocês estão falando sobre filhos, no masculino. – ela faz uma pausa contando o número de talheres. — E eu sou filha. E a única. Ou eu sou a favorita ou eu sou a favorita, eles não tem muita escolha.
Ramon quase ri, mas se controla para continuar a provocar a mãe e o irmão.
—Eu devia ter feito mais artes quando era criança, pra te judiar mais do que já judiava. - Ramon diz olhando em minha direção enquanto eu dou risada. — É sério. Pensando pelo lado bom, eu ainda levo vantagem por não ter tido irmão mais novo pra cuidar, a Bibia tem pouca diferença de idade comigo, então nunca me preocupei.
—Verdade. – concordo, vez ou outra meu irmão me dava a oportunidade perfeita para dizer alguma atrocidade qual ele guardaria para o resto da vida, e essa, é uma dessas vezes. — Mas pelo menos eu não fui feito pra consolar ninguém.
Ramon abre e fecha a boca várias e várias vezes, incrédulo com o que eu havia acabado de dizer. Parecia surreal para ele que eu tinha realmente rebatido as provocações dele a altura e de uma forma que o magoasse.
—Desculpa. Pai. – me dirijo ao pai, que ri.
—Não precisa pedir desculpa não. – meu pai diz ainda rindo divertido.
Ramon permanece imóvel com a minha resposta. E então ele olha Beatriz.
—Nem me olha. Eu fui planejada.
—Mas puxou o nariz do nosso pai, isso sim é castigo. – Ramon parece voltar a vida na hora de provocar a irmã mais nova.
—Ainda bem que o Brasil foi hexa em 2026, eu não ia suportar ter mais um irmão e provavelmente, a mamãe engravidaria de novo. – mamãe urrou com o comentário da filha e riu encostando a cabeça no braço do marido.
—Se ficarem reclamando muito, fazemos um irmãozinho pra vocês agora mesmo. – richarlison meu pai decide acabar com a discussão entre os filhos e os três fecham os olhos e fazem cara de nojo ao mesmo tempo.
