Coreografia

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Opa, bom dia!¡ 🧬



Amanheci ali, sentada no chão frio e com os raios ultra violetas direcionados em meu rosto. Não demorei tanto assim para me levantar, entretanto, passei 15 minutos com os joelhos juntos e meus braços em volta das minhas coxas, enquanto meu olhar encarava o sol fraco, que se mantia escondido nas nuvens.

Meu coração estava em completo desespero. Sentia-me patética. Sentir esse sentimento era algo tenso. Intenso, no nível insuportável. Por quê?

Qual era o propósito? Qual era o motivo? Era eu, o verdadeiro problema?

Não conhecia ela. Não conseguia lidar. Como pôde? O ar pesado foi solto pelos meus lábios ressecados. Passei a andar com passos desajeitados, em direção a cozinha.

Estava com fome, porém, totalmente enjoada pelo flashback voltar a repassar como um filme, diante dos meus olhos. Se não me amava mais, por que dizia ao contrário? Por que continuo comigo mesmo querendo provar de outro corpo?

Minhas mãos se apoiaram no balcão e meu rosto ficou abaixado. O que eu buscava? Uma justificativa para perdoá-la? Não posso. Seria idiota à esse ponto?

Minha mão agarrou a beirada do balcão, apertando com força descontando a frustração. O barulho do meu celular ecoava por todo o apartamento, já que pelo silêncio excessivo causava que o barulho ficasse cada vez mais alto.

Levantando meu olhar, olhe meu reflexo pelo pequeno espelho que tinha. Deplorável. Que situação, hein... você tá péssima!

Um sorriso ladino foi aberto, as lágrimas voltaram a rolar, mas o sorriso se mantia em meus lábios. Por quê o sorriso, (S/N)? O que tá havendo com você? Que misturas de sentimentos são essas?

Minhas mãos foram até meu próprio rosto, tentando me conter mais uma vez. Por quê? Virei de costas para o balcão e minha cintura me apoiou, enquanto eu olhava para a visão da cidade, sentindo meu coração doer cada vez mais. Que dor!

- Q-Que filha da puta... - Minha voz saiu embargada. O celular tocou mais uma vez, repetidamente não parava de dar sinal de vida do outro cômodo. - Como você consegue me ligar depois de ter feito...isso?

Eu sabia que ela não podia me ouvir, sabia que ela não está tão machucada quanto eu. Eu não quero ver você, mas...eu queria tanto uma explicação, sua filha da puta!

Fiquei ali um bom tempo, e meu celular não parou um minuto se quer. Uma sequência pertubante, me fazia repensar. Parei de chorar e eu só fixei meu olhar em um ponto fixo.

Puxei o ar entre narinas, engolindo o choro. Tomando coragem, movi meu corpo até o armário, retirando alguns ingredientes. Liguei a cafeteira com o indicador, em seguida coloquei a cápsula de caputino. Eu precisava de um café, não iria ficar de pé se eu não me alimentasse. Estou realmente muito mal, mas não podia colocar minha saúde em risco, afinal, iria decepcionar as meninas, principalmente os BLINKS que esperavam por todas nós pela turnê.

Respirei fundo, entretanto, algo me fez parar com os monumento. Ruídos me fizeram olhar para trás. O que é isso?

Kuma...

Passei minha mão abaixo dos meus olhos, não ligando de borrar ainda mais a maquiagem. Deixei tudo para trás, andando até o quarto e abrindo a porta, assistindo de imediato, o cãozinho com pelos macios em pura felicidade ao me ver.

Agachei, deixando meu joelho indo de encontro ao chão ficando na altura que eu pudesse pegá-lo no colo e levantar com ele em meus braços.

⏤‌ Estou exausta, kuma... - Sorri brevemente vendo-o inquieto, parecendo feliz. Deixei ele no chão ao chegarmos na cozinha, ouvindo ele instantaneamente reclamar entre latidos.

THE WOMAN - JENNIE KIMOnde histórias criam vida. Descubra agora