"Você e eu somos feitos de fogo. Fomos feitos desde o começo para queimarmos juntos."
Rhaenyra Targeryen
Assim que a nave pousa eu já vejo Beru do lado de fora, provavelmente Obi-Wan avisou que eu viria. Mal desço e já vejo um pingo de gente me olhando sorrindo, ele ainda se lembrava de mim. Luke corre em minha direção e me abraça, dou um beijo em sua cabeça e pego um embrulho dentro da minha bolsa.
— Oi meu Arturo! — Arturo era o segundo nome de Luke, escolhido por mim - é a estrela mais brilhante da constelação de Boötes- era a tradição dos Naberrie, nosso segundo nome é sempre de alguma estrela ou constelação.
— mama-ma. — o pequeno me via como mãe dele, talvez por sermos muito parecidos, mas ele ainda lembra o pai.
— é Titia, Arturo. — faço carinho no seu rosto e me pego pensado se fosse meu filho. Meu e d'Ele.
Decido que irei passar o dia com ele e Obi-Wan, preciso desse tempo longe de Coruscant. Pelo menos por um tempo.
Saio pelas dunas brincando com Luke, correndo e caindo diversas vezes. Obi-Wan observa tudo apenas rindo e por um breve momento vejo ele discutir algo com o irmão adotivo de Anakin.
— Não quero que os dois visitem Luke. Estão colocando o menino em perigo. — me aproximo incrédula, pronta para brigar se for de fato necessário. Ninguém iria tirar meus sobrinhos do meu convívio.
— Estamos fazendo de tudo para proteger ele e a irmã. Tudo que faço é calculado para que ninguém saiba de sua existência.
— Vai proteger eles como protegeu Anakin? — Sinto algo entalado em minha garganta, ele não poderia ser tão baixo em citar algo que ninguém teve culpa.
— E quem é você para julgar alguma proteção? Por acaso é um cavaleiro? Um jedi? Um guarda talvez?
— Sou o pai dele.
— Você nunca será Anakin! Nunca será o pai de Luke e confie em mim quando eu digo que se fosse por mim ele nunca estaria aqui porque eu sei o quanto Anakin odiava esse lugar. — Sinto o peso das minhas palavras sendo jogadas na cara de Owen, mas se tem uma coisa que eu não admito é criar caso sobre uma tragédia que atingiu a família Skywalker. — Se hoje, Luke está aqui, é porque eu sinto que este seja o melhor lugar para mante-lo seguro. Não faça eu me arrepender de minha decisão. Luke Arturo Skywalker Naberrie não é seu filho Owen, também não é o meu, mas entre nós dois, eu consigo de quem o laço é maior.
— Eu tenho mais direito sobre ele Amália. — seu tom de voz me irrita o suficiente para que eu pegue Owen pelo pescoço, escutando um grito abafado de Beru e um suspiro assustado de Obi-Wan.
— Arturo não é uma coisa para você possuir ou ter direito. Ele é uma criança que merece ser cuidada e amada. Ele tem suas vontades e desejos. Se quando ele crescer, ele quiser seguir a vida de Jedi como a minha e do pai dele, eu estarei aqui para apoia-lo. Agradeceria se você fizesse o mesmo.
— Não irei deixar ele seguir uma vida que vai mata-lo.
— Você não tem que deixar nada Owen. Deve apenas assegurar de seu dever. Manter meu sobrinho seguro.
— e quanto ao mundo cruel que ele vive?
— Vai por mim, a cada dia que passa estou tentando consertar ele, para dar uma vida melhor aos dois.
Me afasto e volto a brincar com Luke enquanto sinto algo apertando no peito. Minha intuição está me dizendo que tem algo errado e que eu não vou gostar do que vem a seguir. De repente me sinto tonta. Como se tivesse algo errado com meu cérebro.
Como se alguém estivesse tentando fazer contato comigo.
Sinto mãos fortes me agarrando e sei que é Obi-Wan, provavelmente preocupado com o que tá acontecendo. Não julgo. Algo está terrivelmente errado.
Lyra
Lyra
Meu corpo entra em combustão. Só existe uma pessoa que me chama assim. Uma das poucas pessoas que conhece meu nome do meio. E o único que eu não precisava ver ou sentir agora.
Eu sei que está me escutando, Lyra
Nós precisamos conversar, querida.
Lágrimas teimosas insistem em descer meu rosto e Luke me olha preocupado. Entro em desespero porque isso significa que ele está me caçando. Me despeço rápido de todos e entro em minha nave.
— Eu preciso ir Obi-Wan. Preciso saber que ele quer comigo.
— que a força esteja com você, querida.
Assim que pouso de novo em Coruscant, dessa vez sem Obi-Wan, vejo stormtroopes parados me esperando, a coroa nunca anda desprotegida, mas hoje foi diferente.
— Minha princesa.— o primeiro faz a saudação com reverência e o resto segue, é aqui neste momento que coloco minha melhor cara de zero sentimentos e prezo para que nada me ocorra antes de chegar em meu quarto. — O Imperador está requisitando sua presença. — Simplesmente sinto meu corpo gelar, eu não estava esperando isso. Coloco minha mão no sabre e escondo ele ainda mais ele em meu vestido.
— Diga a ele que estou ocupada, não poderei atende-lo agora.
— Minha princesa, ele me disse que a senhorita iria dizer isso e me recomendou a dizer que mesmo que a senhorita não queira, irá ter que ir.
— Ele quer me obrigar? É isso?
— Sim, alteza.
Me abaixo um pouco, apenas para o stormtrooper colocar a coroa em minha cabeça, regras de Palpatine, eu sempre tenho que sinalizar minha posição. Depois de um tempo, fiquei conhecida como a princesa negra. Muitos não aceitavam que eu tive a melhor irmã, uma rainha bondosa. E eu me tornei o karma dela, mas eu não podia fazer outra coisa, eu entrei naquele reinado de Palpatine para proteger todos que eu amo. Eu fiz o que era preciso. De perto eu ia conseguir tomar conta de Leia, de Palpatine e de Obi-Wan. Tudo que eu falava era ordem. Eu libertei tantos rebeldes, mas eu até gostava da má fama, me ajudava a esconder tudo que eu fazia.
Meu corpo estava queimando. Eu ia ver ele. Depois de tanto tempo eu ainda me sinto como uma adolescente que fugiu do seu primeiro amor.
Sigo meu caminho até os aposentos d'Ele com quase um Exército atrás de mim, era uma proteção que Ele designou a mim. Paro no caminho e quase caio, sinto mãos de um dos guardas me segurando. Eu sabia o que estava acontecendo, Ele estava querendo entrar na minha cabeça. Ele queria ver se eu era sensível a força ainda, Ele sabia quem eu era. A verdade que eu sempre neguei estava ali, Ele sempre soube que era eu, eu não sei por que eu achei que ele ia me esquecer em um ano. Era impossível.
Me levanto e continuo meu caminho até o destino, era agora que tudo iria dar errado, eu sentia. Mas não perco minha postura, quando chego nos aposentos eu tenho uma atitude que se mais alguém tivesse além de mim ou então até eu mesma poderia morrer, acho que estou me sentindo melancólica hoje. Abro a porta com tudo e os stormtroopes não ousam entrar, logo fecho a porta na cara deles.
— Queria me ver, meu Lorde? — reparo que ele está de máscara, desse Império, eu e Palpatine éramos os únicos que já havíamos visto o rosto d'Ele.
— Lyra. — Eu nem sabia que isso era possível, mas eu tremi ao ver ele me chamando desse jeito. Ninguém falava meu nome a tanto tempo...— Pretendia fugir de mim por quanto tempo? Acho que temos muito o que conversar, não acha?
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sob as estrelas
RomanceEm todas as vidas ela amou ele, nessa vida ela escolheu odia-lo com todo seu coração. Estrelas iluminaram o local onde o amor deles floresceu, agora elas são um constante lembrete de uma desastrosa guerra que levou tudo dela. Um amor proibido que...