sob as estrelas

Imperatriz perversa

"Amália, a cruel.
Padmé, a bondosa.
Anakin, o corajoso
Obi-Wan, o justo"

Livro de história de Coruscant

Estava de frente para o túmulo de minha irmã, mas dessa vez não havia choro, gritos e nem pedidos de ajuda. Eu conseguia ver que eu estava quebrada. O reflexo do espelho que estava de frente a estátua de Padmé me denunciava, cheia de olheiras e um cabelo bagunçado. O peso da coroa em minha cabeça era um constante lembrete do que eu havia me tornado.

Eu julguei Vader, mas olhando de outra perspectiva eu não sou muito diferente dele. Também existe sangue que mancha minhas mãos. Coloco minhas mãos sobre meu ventre enquanto flashbacks passam em minha cabeça. Eu poderia ter tido tudo. Mas eu não quebro. Não irei permitir que lágrimas caiam. Não depois de tudo que me fizeram. Não sem fazer eles pagarem.

Mas como nem todo sossego dura muito, encontro uma assombração na minha frente, vulgo Palpatine. Outro que eu evitei muito de ver. A raiva me alimenta, ele é muito cara de pau para vir aqui.

— Ora se não é o grandioso Palpatine. O que faz aqui, meu senhor? — deixo o sarcasmo evidente em minha fala.

— Princesa Amália. É bom ver que ainda está respirando..

— Não graças ao Senhor né? Se bem me lembro, sua última ordem era me matar.

— Fui eu que deixei você continuar em seu cargo de princesa, criança. Deveria ter mais respeito a mim.

— oh eu me lembro, é sempre bom manter seus inimigos perto. Mas tenho certeza que sua visita aqui não é em vão. Sabe que detesto quando me enrolam. Diga logo o que quer.

— Sinceramente, achei que não iria durar um mês, talvez 3. Mas estou surpreso por bater um ano.

Sinto um sorriso arrogante se formar em meu rosto e pude ver uma sombra de medo se formar em seu rosto.

— Eu fui moldada para sobreviver Palpatine. Tudo que você me causou apenas me impulsionou a ir mais longe. — Me viro e fico cara a cara com ele. — Você deveria ter me matado quando teve a chance, porque agora é tarde demais.

— Não tenho medo de você, Amália.

— Mas deveria, é melhor tomar cuidado comigo, porque você tirou uma coisa de mim e eu quero muito de volta.

— Ele nunca irá te escolher. Você já perdeu.

— veremos...— saio andando em direção ao Palácio, vendo vários guardas andando atrás de mim.
Assim que consigo ter um pouco de sossego eu entro em minha estufa, que continha alguns exemplares de livros. Vader tinha construído este cômodo para mim - era a notícia que circulava os corredores do Palácio. - me sentei na poltrona e senti a escuridão me levando para longe. Era um dos poucos lugares que eu realmente tinha paz.

Antes de apagar completamente eu sinto alguém me cobrindo.

Mas em que momento eu decidi aceitar se Imperatriz? Ah é mesmo, não aceitei. Depois de mandar a mensagem codificada para Obi-Wan sou chamada para uma reunião com Lorde Vader. Ele havia achado um Jedi, e queria passar a tática para pega-lo. Ele achava que iria conseguir uma pista de Obi-Wan ou então dos rebeldes. Eu não esperava por isso, mas precisava parar essa caçada logo.

— Imperatriz? A senhora esta bem?— o comandante pergunta pra mim, feliz por saber que eu estava abalada. Ninguém além de Palpatine e Vader sabia do meu passado Jedi. Mas eles sabiam sobre eu ser irmã de Padmé e cunhada de um Jedi. Eles achavam que eu não era capaz de saber sobre uma missão rigorosa como essa.

— Me deixe comandar a missão. Eu trarei as informações que precisa. — digo com a voz firme, atraindo atenção de todos na sala. Ajeito minha coroa e me levanto.

— Não acho que irá dizer algo de Obi-Wan. Sei da proximidade de vocês. E além disso, tenho meus próprios manipuladores da força. — Vader falou sério para mim.

— Quero comandar a missão. Nós dois sabemos que esses projetos de Jedi não são nada comparado a mim, se quer um trabalho bem feito, mande uma Jedi atrás deles. — estou frente a frente com Vader e aquela máscara me incomoda profundamente, mas não posso dizer nada, ainda.

Vejo Vader considerar a proposta, ele certamente se lembra que eu nunca perdi uma missão na vida. Quando eu precisava ser cruel eu era. Nunca tive medo das consequências, e ele sabia que era disso que ele precisava pra lidar com Obi-Wan.

— Decidiu aceitar seu destino ao meu lado?

— Decidi que não vou ficar sentada sendo bonita. É diferente. Você nunca irá me ter. E também o meu sabre já está juntando poeira.

— Pois então vá, leve os projetos de Jedi com você. Mas é bom que me traga a cabeça do Jedi e uma ótima informação de onde Obi-Wan está. — antes que ele saia, seguro seu pulso, fazendo-o virar para mim.

— Sabe que Obi-Wan não é o único que traz de volta seu passado. Sabe que depois que matar ele, terá de me matar. É forte o suficiente pra isso, Anakin? — Ele se solta e continua andando. — quero um grupo de formação. Iremos sair hoje ainda.

—Não sabia que era Jedi. — um dos inquisidores me fala, e eu vejo Reva me olhando. Ela tinha sido minha maior decepção, e eu tentei salvar todos eles para no futuro ela entrar no lado negro.

— Ela era uma das melhores na época dela. Mas treinava escondida por sua posição real.— Reva falava olhando pra mim. — se ainda é boa com a força, realmente então ela equivale até mais que 10 inquisidores. Ainda me lembro de como era conhecida, alteza. Você era o próprio Karma de Padmé. Amália a cruel. Será que ainda é tão cruel como um dia foi?

— Chega de falar do meu passado. Eu quero terminar a missão. Mas te garanto, se achou que o que eu fazia era crueldade, não vai querer me ver agora. Estou pior e muito mais esperta