Lá estava eu, sentado em um canto escuro do bar, tentando encontrar uma maneira de esquecer o rosto dela. Eu queria que a noite fosse o remédio para o vazio que ela deixou em meu coração e a cura para a saudade que me sufocava.
Pedi um whisky forte, pensando que o álcool me faria esquecê-la, ao menos por algumas horas. Tentativa vã, uma canção em específico acaba de preencher todo o ambiente, meu olhar vagava pelo lugar, e lá estava ela, surgindo como um fantasma do passado.
O nó na minha garganta apertou, e meu coração afundou em meu peito. A música parecia acompanhar meu tormento, pois ela estava acompanhada, sorrindo para outro.
"Em outros braços tu resolves tuas crises, em outras bocas não consigo te esquecer."
Ela estava lá, em outros braços, em outras bocas, e eu não conseguia, de jeito nenhum, tirá-la dos meus pensamentos. Minha tentativa de escapar da dor só me trouxe mais sofrimento, e o destino parecia estar rindo da minha tentativa de esquecimento.
Eu bebi o whisky de um gole só, sentindo o gosto amargo da realidade. Eu sabia que teria que aprender a conviver com essa dor, porque, por mais que tentasse, ela sempre estaria ali, nas entrelinhas de cada canção, nas sombras de cada esquina, e, principalmente, no fundo do meu coração, onde ela sempre pertenceria.
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Tudo que senti e escrevi
PoesíaSentimentos, independentes do tamanho,ainda são sentimentos. Uns guardei como palavras, outros como frases e dos melhores fiiz poesia...