Um assassino misterioso, um casamento arranjado, intrigas e muitos segredos.
Após serem forçados a se casarem, Erik Destler tenta encobrir todos os segredos da Mansão a todo custo. No entanto, será que a sua curiosa noiva irá descobrir todos os segr...
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O sol já havia se posto, mas Erik nunca se levantou da cadeira nem se preocupou em acender nenhuma das lamparinas a óleo de seu escritório, preferindo permanecer no escuro com seus pensamentos igualmente sombrios. Só quando a porta se abriu, lançando um brilho quente no corredor, é que ele percebeu como já era tarde.
—Mestre Erik?— uma pequena voz chamou da porta. —Você está aqui?—
—Sim, Meg, estou aqui— disse ele com um suspiro pesado.
—Quando o Senhor não apareceu para o jantar, mamãe me disse para encontrá-lo e avisar que está pronto para ser servido— ela mudou nervosamente de um pé para o outro. —Senhor... vai comparecer ou devo pedir que Bridget traga seu jantar aqui?—
Erik pensou em dizer à jovem para ir embora e deixá-lo morrer de fome... não era menos do que ele merecia. No entanto, ele se perguntou se Christine já estaria lá, esperando que ele chegasse. A oportunidade de vê-la e pedir desculpas foi motivação suficiente para fazê-lo levantar-se da cadeira.
—Estou indo— ele assegurou a ela —Lady Christine já desceu para jantar?— Ele realmente esperava que a resposta fosse sim.
—Ainda não informei a ela que estava pronto, eu irei para lá agora— disse Meg.
—Bom— Erik assentiu, pelo menos ela ainda não tinha dito não. —Por favor, informe-a de que estou ansioso para falar com ela durante o jantar— acrescentou ele, esperando que isso pudesse convencê-la a descer depois de seu comportamento péssimo.
—Sim, senhor— disse Meg, balançando a cabeça respeitosamente ao sair.
Erik levou alguns minutos para se recompor, alisar o cabelo e vestir a jaqueta novamente. Normalmente ele já teria subido há muito tempo e se vestido com roupas mais adequadas para o jantar, mas não ousou, temendo invadir a privacidade de Christine. Ele simplesmente teria que ir com o que estava vestindo.
Ainda inquieto, dirigiu-se ao refeitório e sentou-se à cabeceira da mesa, bebendo nervosamente a xícara de chá que já havia sido servida. Pareceu uma eternidade antes que as grandes portas se abrissem e ele visse Christine entrar, a cabeça ainda baixa, de modo que ele não pudesse ler seus olhos ou avaliar seu humor. Para ser honesto, ele quase esperava que fosse Meg, vindo lhe dizer que sua esposa se recusara a descer mais uma vez. Ele não havia pensado muito no que poderia ter feito se fosse esse o caso, mas tinha certeza de que não teria voltado à taverna para afogar suas mágoas. Ele aprendeu a lição sobre isso da maneira mais difícil.
—Boa noite, Christine— ele começou, tentando parecer o mais calmo e convidativo possível.
—Boa noite— ela respondeu, soando educada e respeitosa, mas ele notou que ela não usou o nome dele.
Erik levantou-se e puxou a cadeira dela, esperando até que ela se sentasse antes de voltar para a sua. Ele sabia que deveria ser ele quem iniciaria a conversa, mas simplesmente não sabia como. Ele estava cansado de sempre se sentir como um inimigo, recebendo uma enxurrada de olhares desconfiados... embora soubesse que merecia cada um.
