Capítulo 46: 내가 네 손을 잡아줄게

26 6 0
                                    

Coloco minhas mãos levemente no rosto escondendo minhas lágrimas e velando o meu desespero. Eu já devia saber que algo assim aconteceria, coisas assim sempre acontecem quando me aproximo de alguém. Ouço aquele detetive suspirando e afastando bem de vagar sua cadeira, tiro as mãos dos olhos para ver o que ele faria, ele coloca alguns lenços na mesa, na minha frente. Peguei e enxuguei levemente minhas lágrimas dolorosas e engoli o choro.

— Senhorita, você tem direito a um advogado — diz ele com certa seriedade
— Vamos soltar você por falta de provas, mas você participara de um tribunal e se a culpa apontar para você, você pagará pelos seus crimes. Sinto muito, porém, é o nosso dever buscar a segurança de todos promovendo a justiça e responsabilizando os criminosos por seus devidos crimes. Eu espero que consigamos declarar a sua culpabilidade ou a sua inocência. Não saia do país ou as coisas ficarão mais sérias para o seu lado. Converse com seu advogado, ele saberá o que fazer — diz o investigador ríspido. Me levanto me curvando em sinal de agradecimento.
— Esteja aqui dentro de vinte e quatro horas com o seu advogado. Vai sempre ter policiais atrás de você então não tome decisões estúpidas — o mesmo se levanta recolhendo seu notebook da mesa.

— Vou provar a minha inocência, mas eu preciso me comunicar com os meus amigos da Coreia. Eu não tenho amigos aqui no Brasil e não há ninguém nesse país que possa me ajudar até o momento — aviso enrolando meu cabelo com os dedos.

— Agora é um problema seu. Faça algo de útil porque eu não quero vê-la de novo. Pela sua situação você não pode fazer ligações para fora do Brasil — me calo ao ouvir o tom de voz em que ele falou comigo. Me curvei novamente e sai da sala do interrogatório. Andei determinada pelos corredores atraindo olhares puro julgamento, mas eu sei que eu preciso ser forte agora, por mais que as coisas sejam difíceis, por mais que somos puxados para baixo não dá para apertar o pause. Mais do que nunca, nesse momento é preciso ser forte e focar em sair daqui porque só assim vou conseguir chegar até os meninos. Saí da delegacia, caminhei na chuva em direção a um banco para que eu pudesse acessar a minha conta, mas meu acesso estava sendo negado. Como vou encontrar um advogado de graça? Como vou para Coreia? O pior de tudo é que não vou conseguir me comunicar com os meninos. Sentei-me em um canto do banco, tentei pensar em uma solução rápida, mas estava difícil. Fiquei sentada dentro do banco até começar a escurecer, simplesmente pensei o dia inteiro e não cheguei a nenhuma conclusão. Levantei-me do chão com os olhos pesados e sai na rua que estava toda molhada pela chuva, está muito frio e o vento está forte e gelado e ao sentir meu corpo se arrepiar cruzei meus braços. Senti algo quente cobrir meus braços por trás, me virei bruscamente me agachando e passando uma rasteira no indivíduo que estava atrás de mim, ele caiu no chão e nesse mesmo instante se virou segurando seu braço. Aproximei-me de vagar para ver quem era a pessoa que caiu, é um homem de aproximadamente 1,70 de altura, estava vestido com uma calça social preta e de terno, seu cabelo estava caído sobre a testa. Coloquei meu pé no seu ombro e o puxei para trás o fazendo olhar para mim.

— Su-ho! — exclamei surpresa.

— Será que todas as vezes que nós nos vermos você vai quase me matar? — o mesmo questiona. Me agacho fornecendo ajuda para que ele se levantasse do chão. Su-ho coloca as mãos nas costas e arqueia para trás estralando o corpo todo, sorrio disfarçando.
— Jennie, eu fiquei preocupado com você. Notei que havia algo estranho desde o momento em que vi você sair correndo, você estava tensa e apressada, era raro quando eu via você daquela maneira e sempre que aquilo acontecia algo grave havia acontecido. Eu corri para procurar, mas parecia já ser tarde, não tinha nada que eu pudesse fazer, você entrou no carro e foi. Eu voltei para trabalhar, tentei acabar com minha paranóia, você se lembra de como era antes? Eu vi os meninos correrem para fora, percebi que você não tinha voltado e nem o Jimin. Eu vi tudo acontecendo na minha frente e não pude fazer nada. Eu vi o que aconteceu com o Jimin, com você, com Taehyung... — seus olhos lacrimejam e meu coração batia mais forte e antes que ele continuasse começo a falar.

Um Mafioso na Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora