Um Mafioso na Minha Vida

Capítulo 47: 안개

    Eu vou fazer isso para pegá-los. Concordo com o que Su-ho falou e continuamos verificando os papéis, supomos muita coisa e ele acabou dormindo em cima dos papéis.  Eu não acho que é uma boa ideia eu ficar presa isso só aumentaria o conflito, pensando bem eles já podem ter algum plano porque de alguma forma buscam sempre estar um passo na nossa frente. Isso tem que acabar. Cutuquei o Su-ho o fazendo levantar a cabeça rapidamente assustado, ele espreguiçou e logo em seguida esfregou os olhos com as palmas das mãos, nesse momento o encarei surpresa.

— Que tipo de advogado dorme durante as investigações? — perguntei olhando fixamente para os seus olhos. Nesse mesmo instante ele sorriu sem graça pedindo desculpas e voltou a analisar os papéis o tempo só passava, o barulho do relógio fazendo tic tac só irritava mais.
— Escuta eu não vou me render. Estar indo presa me faria pagar por algo que eu não fiz, imagine só quando os resultados desses assassinatos em massa saírem. Se eu ficar atrás das grades eu vou estar indefesa o que seria eu contra mais de mil criminosos? Mafiosos não mexem com policiais, mas por algum motivo aqueles idiotas mexeram, você não se pergunta o motivo? Eles já estão um passo na nossa frente e se fizermos isso vamos estar iluminando o caminho para eles passarem. Eu não posso fazer ligações para fora do Brasil, mas você pode! Você é o advogado é o seu dever buscar a justiça. Me ajude — peço enquanto ele parecia pensativo sobre o que eu falei.

— Você tem razão! Amanhã eles vão te chamar para uma investigação e como não há nada concreto vão solicitar um tribunal com a presença de juízes e de mais autoridades. O que quer fazer? — o mesmo questiona

— Precisamos de testemunhas e provas. Contrate uma testemunha que seja da Coreia e solicite um pedido para trazer um dos meninos para o Brasil. Subornar, ameaçar e causar medo não importa o que...precisamos sair dessa e tirar aqueles idiotas do caminho! — exclamo me levantando da cadeira.

— Quer que eu cometa esses atos ilegais "subornar, ameaçar e causar medo" você só pode estar brincando? Isso é ilegal eu posso perder o meu título, meu cargo e... — ele começa a se desesperar.

— Su-ho! — grito o nome dele espantada — Você não é mais aquele menino de treze anos, você vai estar agindo para o bem...vai conseguir eliminar babacas que matam as pessoas sem motivo e que torturam crianças, você vai pegar os desgraçados que ficam traficando drogas para menores e vai diminuir a exportação de drogas do país. Isso não é ilegal, é o seu trabalho...assim que você vai promover a justiça. Seja cauteloso e consiga o que você tanto desejou, se você não fizer isso vai virar um completo covarde. Se você amasse mesmo a sua profissão você... — Su-ho se levanta batendo as duas mãos na mesa com força. Sua respiração está acelerada enquanto suas mãos grandes amassam o papel em baixo delas, bem devagar ele levanta o seu olhar me encarando com determinação. Esse olhar eu conheço, ele está puto comigo.

— Não tente me manipular! Eu sou um bom advogado e estou fazendo o que eu posso para proteger as pessoas e manter a as leis justas para pessoas de todas as classes sociais quanto no Brasil quanto na Coreia. Não me subestime, eu sei o que eu faço. Vai dormir, eu já vi que as merdas que você faz na máfia está subindo para sua mente. O que você faz lá? Se vende, trafica, usa drogas, prostitui, comanda jogos de azar, cuida da exportação de drogas ou até mesmo...comete assassinatos... — o mesmo diz pensativo. Me aproximei raivosa e segurei sua blusa o chacoalhando e o joguei no sofá com brutalidade. Fechei os olhos tentando me acalmar enquanto ele ficava imóvel me observando, contei 1, 2, 3 e 4 mentalmente, suspirei e inspirei logo abrindo novamente meus olhos. Ele sorriu se sentando no sofá juntando e entrelaçando os seus dedos das mãos.

— Não fazemos esse tipo de trabalho. Lá eu só sou a esposa do Taehyung e ajudo quando alguém ou algo ruim que se aproxima. O Taehyung e os meninos me ajudaram e... — ele me interrompe antes que eu pudesse continuar falando.