Cap. 8

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— Gojo, não fica bravo comigo mas eu não quero mais ser feiticeira — Meus olhos enchem de lágrimas enquanto eu descanso minha cabeça na janela, vendo as ruas movimentadas de shibuya.

— Se é isso o que você deseja, quem sou eu para impedir? — Ele acaricia meu cabelo com a ponta dos dedos.

— Mas você acha que eles, vão deixar? Ainda estou incerta desse desejo, e se eu me arrepender depois? Eu não gosto de cometer erros — exclamei quando o carro parou e as portas dele foram abertas.

chegamos na escola, foram cinquenta minutos para chegar aqui, mas o tempo passou tão rápido que eu nem vi. Como será que está Itadori? Eu preciso ve-lo antes de tomar minha decisão.

— Acho que vai ser um pouco complicado sair daqui, você é forte, eles não querem perde algo divino como você, garota -— Megumi disse no lugar de Satoru.

Eu não o respondo, apenas contínuo a andar em direção ao meu quarto me distanciando dos garotos aos poucos.

Droga, a solidão é tão boa. Nem parece que ela se foi para sempre.

— Porcaria.. — Entro no quarto o mais rápido possível.

Me jogo na cama me enrolando no edredom macio, ainda lembro que foi Nobara que me deu ele no dia que Maki e Mai colocaram fogo no outro. Lembrar disso me faz solta uma pequena risada.

— Eu não posso ficar para baixo, ela não gostaria — Eu me levanto indo até um frigobar para pegar algo para beber. Abro e só vejo vinho e água. Quando foi que eu começei a beber mesmo? Acho que foi quando eu estava prestes a vir pra cá, lá no México. Agora eu lembro, foi ele, o meu...pai verdadeiro.

Me lembra disso me dá nos nervos, eu o odeio tanto. Ainda lembro quando ele me segurou e colocou o copo com álcool na minha boca, foi a pior sensação que eu poderia sentir.

Pego uns salgados na máquina de frente ao meu quarto, e volto para minha cama. Acho que seria bom maratonar algo para passar o tempo. Coloquei uma série boba de romance, e assim eu passei a tarde, vendo a droga de uma série de romance, vou fingir que não chorei vendo umas cenas do casal principal juntos, que droga de vida eu tenho.

(...)

Meus olhos se estreitam lentamente, uma luz na minha visão me cega por uns segundos. Me levanto incomodada apenas para ver a televisão ainda ligada e passando a série, desligo a TV e abro a janela para refrescar um pouco o quarto.

Admiro a vista da cidade, por mais que ela esteja muito longe da escola, continua linda do mesmo jeito.

— Será..? — Sussurro para mim mesma sobre a ideia de larga o jujutsu e ir viver uma vida simples morando no centro de shibuya estudando computação talvez..

De repente escuto alguém bater em minha porta. Que estranho, é mais de meia noite, quem seria?

— Já vai! — Grito e rapidamente visto um casaco por está apenas de top.

Vou até a porta e abro-a lentamente torcendo para não ser um maluco psicopata que vai me sequestrar e me matar brutalmente.

— M-Max..? — Minhas pupilas dilatam ao ver um garotinho de cabelo rosa com a cabeça baixa todo machucado na minha frente.

— Itadori.. — Não penso muito antes de voar em cima dele para abraça-lo, ele geme de dor por causa dos ferimentos.

— Eu pensei que você tivesse morrido seu idiota! — Meus olhos lacrimejam. Eu solto-o e o levo para dentro do quarto — Senta ai na cama, eu vou pegar uns band-aids e remédio — Ele se senta e eu me dirijo ai banheiro para pegar o kit de primeiros socorros e logo volto para o garoto todo machucado em minha cama.

— Então... Oque aconteceu lá.. — Digo com receio enquanto limpo o sangue em seu rosto e higienizo os machucados, colocando o band-aid logo em seguida.

— Eu e o Todo... Matamos a maldição, só isso — Ele diz sem olhar diretamente em meus olhos.

— Que bom que você veio aqui, eu preciso te dizer algo — Mudo de assunto rapidamente ao perceber o desconforto que o quarto ficou após a resposta dele.

— O que eu preciso saber? — Ele pergunta desta vez olhando nos meus olhos enquanto eu termino de limpar seus machucados.

Eu me ajeito na cama, cruzando as pernas. Eu toco o rosto de Yuji, seus olhos parecem tão.. Mortos. Isso me dói o coração, meu menino não merece passar por isso, ele só tem quinze aninhos.

— Eu vou embora. Vou abandonar o jujutsu pra cursa faculdade, talvez eu vá embora amanhã ou ainda hoje — sinto ele ficar tenso, seu olhar muda drasticamente para surpreso e assustado.

— O quê? Vai abandonar o jujutsu? Não, Max, por favor, desista disto, vamos passar por essa juntos, não me faça implorar Maxine. Eu sei que a morte dela nunca vai ser superada, mas não é motivo para você ir embora, fique.. — Ele segura a minha mão fortemente, seus olhos lacrimejam sem parar.

— Meu garoto.. Eu sinto muito. Eu ainda não decidi se realmente vou abandonar o jujutsu, se tiver um jeito eu vou continuar sendo feiticeira mas não vou morar aqui mais, está bem? — Eu limpo as lágrimas que ameaçam sair antes que ele perceba.

— Se for assim eu vou com você, me deixa ir com você, vamos ficar juntos nessa.. Você é o que eu preciso Max.. É tudo culpa minha não é..? — Ele leva a minha mão para seu rosto, se recusando a soltar-me.

— Itadori, não é sua culpa eu estragar tudo que aconteceu. Não é sua culpa que eu não sou o que você precisa... Meu amor, anjos como você não podem voar para o inferno comigo, entenda..

Meus olhos cedem e deixam as lágrimas rolarem pelo o meu rosto sem parar. Itadori me abraça e ficamos uns 20 minutos assim, em silêncio, um silêncio confortável.

— Eu entendo, mas saiba que eu te amo independente de tudo Max, que esse amor nunca vai mudar — Ele quebra o silêncio, ainda me abraçando.

— Eu também te amo Yuji, Eu te amo. Você é como um irmão mais velho pra mim, e um melhor amigo também — O aperto em nosso abraço até ele gemer de dor rindo um pouco.

— Posso dormir aqui?, está tarde e eu não quero me separar de você agora — Ele se solta do abraço e deita na cama se cobrindo com o edredom.

— Nem precisa pedir. Deixa eu só desliga a luz e a gente dorme — Eu me levanto da cama e vou até a porta, desligando a luz no interruptor do lado da mesma, deixando somente a janela aberta clareando o quarto, me deito na cama me cobrindo com o edredom.

Enquanto a gente não dormia, conversamos sobre coisas aleatórias e sobre onde eu vou morar, poderíamos estár rindo enquanto conversamos, mas no fundo sabemos que só estamos disfarçando a dor que sentimos por Nobara não está aqui com a gente, rindo com a gente..

Antes mesmo de perceber, eu e Itadori pegamos no sono agarrados um ao outro em segundos depois de deitamos.

É incrível como ele consegue disfarçar toda a dor que sente, apesar de que dá para ver toda sua dor apenas olhando em seus olhos. Tão novo e já está passando por isso, eu queria tomar sua dor para mim, meu garoto.

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Angels like you não é uma música, é um sentimento, e machuca muito. Recomendo vocês lerem o cap escutando ela.

E sim o Itadori tem quinze anos nessa fic, e eu sei que é errado porque ela e o sukuna fizeram aquilo lá, e o Yuji é muito novo. Mas a fic é problemática mesmo, mas não se preocupem por que vai piorar sim

Ah, e sim, o Itadori tem um crush na Max, mas não precisam se preocupar porque é passageiro já que o par romântico dela é o subuxa lá KKKK te amo sukuna.

(Desculpem os erros ortográficos)

Jujutsu Kaisen - O Rei Das MaldiçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora