El misterio del anillo de diamantes negros #3

Capitulo 2 - Senhora Presidente

Teresa estava revisando vídeos de notícias de anos anteriores. Esses vídeos eram de sua enteada Beatrice, que nos últimos 2 anos conseguiu fazer uma carreira impressionante na política. A idosa Teresa ficou assombrada com os meios pelos quais sua enteada chegou ao poder. A mulher sentiu-se envolvida nisto, tal como defendera Beatrice em tribunal no passado. Em seguida, as acusações de homicídio e crimes económicos contra a enteada foram retiradas devido à falta de provas diretas contra ela. Estela perguntou sobre isso a Teresa, que naquele momento estava preocupada com o destino da filha. E pelo bem do seu amado, ela teve que se comprometer com a sua própria consciência e apelar pelo perdão de Beatrice. Agora Teresa não tinha escolha senão ver as pessoas morrerem perto de sua enteada.
Beatrice sorriu da tela da televisão. Teresa pressionou pausa. A imagem de vídeo foi gravada. Esta foi retirada após o anúncio dos resultados da votação. Em seguida, Beatriz foi eleita senadora federal e, um ano e meio depois, vice-presidente do Brasil. O segundo funcionário mais importante depois do próprio presidente! E agora, quando Julio Bernardis morreu de ataque cardíaco, no qual Teresa não acreditava, até às próximas eleições presidenciais, Beatrice irá substituí-lo e liderar o país.
"É como um sonho ruim..." o advogado sussurrou de forma quase inaudível.
"Boa tarde", uma voz conhecida dirigiu-se à idosa.
Beatrice tocou seu ombro. Teresa se virou e olhou para ela. No rosto da enteada, como sempre, havia uma máscara de 'menina ideal', enquanto seu olhar permanecia frio e insensível.
"Boa tarde", ela respondeu secamente.
Ao notar que Beatrice não vinha almoçar sozinha com a mãe, mas sim com Diogo, a mulher suavizou-se um pouco. Esse cara sempre foi agradável com ela. Ele representava o melhor lado de sua enteada.
Teresa observou Beatrice ajustar cuidadosamente a gola da camisa dele.
"Beatrice, antes de nos sentarmos à mesa, gostaria de ter uma conversa cara a cara com você", sua madrasta interrompeu suas ações.
"Sem problemas", respondeu Biya e pediu a Diogo que fosse para a sala ficar a sós com Teresa.
"Feche a porta", disse a mulher.
Beatrice fechou a porta do home office e foi até o sofá onde Teresa estava sentada.
"Estou ouvindo você", começou Biya.
Ela passou a mão pelo cabelo perfeitamente penteado. Vestida com um terno formal e salto agulha fino, a própria Beatrice parecia perfeita.
- O que realmente aconteceu com Júlio? – Teresa perguntou diretamente e sem rodeios.
- O que aconteceu? – Beatrice perguntou, fingindo uma careta de incompreensão.
- Você entende perfeitamente o que quero dizer... - pausa. - Como Julio realmente morreu? – a idosa reformulou sua pergunta.
- Ele morreu de ataque cardíaco! Para ser mais preciso, ele teve um ataque cardíaco! – Beatrice respondeu, começando a entender o que sua madrasta queria dizer.
- Como no caso do Máximo, uma feliz coincidência para você! Não é mesmo, querido? – Teresa continuou a pressionar.
Beatriz ficou em silêncio. Seu rosto assumiu uma expressão fria e sem vida, e seus lábios se curvaram em um sorriso sarcástico.
- Não entendo, você está insinuando que sou culpado pela morte desses homens? – Biya perguntou de volta.
- Na minha opinião, isso é óbvio! Em ambos os casos, foi você quem beneficiou com a morte deles!...
- Esta é a paranóia da Teresa! – Beatrice a interrompeu.
- O tiroteio na boate do Guto também foi uma paranóia ou, na sua opinião, esse acontecimento foi um acidente? - ela insistiu.
- Eu não disse que foi um acidente! – Biya se irritou.
"Lembro que ainda tenho influência em determinados círculos e continuo procurador do estado do Rio de Janeiro e juiz federal." E isto dá-me a oportunidade de lançar uma investigação independente e retomar a análise destes casos! – acrescentou Tereza.
- Pelo amor de Deus, é um direito seu! Talvez depois disso você finalmente se convença de que não tenho nada a ver com isso", respondeu Beatrice, tentando manter a indiferença na voz.