"A perfect day"

163 16 0
                                    

Amor clandestino, entre escapadas e luz,
Na contramão da vida, onde tudo seduz.
Motos traçam caminhos, riscando a paixão,
Delinquentes e amantes, num só coração.


(S/n) Nagatoro

Japão, Tokyo
02/11/2024 | 07:45 AM

Acordei com o sol tocando parte do meu rosto. As cortinas estavam completamente fechadas, mas uma pequena fresta deixava que a luz entrasse.
Meus olhos estavam ardendo e eu lutava para me acostumar com a luz que batia diretamente neles.

Vejo um vulto passar pela porta, indo até a cortina fechando a fresta.

— Bom dia gatinha. — Nunca vou me acostumar com o apelido. Toda vez que ele dizia "Gatinha", meu corpo estremecia.

— Bom dia...— Minha voz saiu quase como um sussurro. Fecho meus olhos novamente. O sono me pegou pesado essa manhã.

Sinto a cama afundar e abro meus olhos novamente.

— Pode voltar a dormir. — Baji abraça meu corpo. Ele era muito mais alto do que eu. Ele tinha seus 1,75 e eu meus humildes 1,50.

Sinto a respiração do Baji em meu pescoço, fazendo todo o meu corpo se arrepiar com toda aquela aproximação.

Eu ainda não tinha me acostumado com tudo. Estávamos namorando, mas meu cérebro ainda não havia raciocinado tudo aquilo que estava acontecendo em tão pouco tempo.

Logo dormi novamente. Era praticamente impossível isso não acontecer, o conforto e a proteção que eu sentia quando estava perto dele... Eram inexplicáveis.

• • •

Acordei novamente, mas dessa vez o Baji me chamava.

— Fiz o café da manhã. — Ele deixou a bandeja no pequeno puff que ficava na beirada da cama. — Fui no mercado antes que acordasse e comprei umas coisas para a casa.

Eu estava quase dormindo de novo. Não estava entendendo uma palavra.

— Marta? Quem é Marta? — Baji franze o cenho confuso.

— Tá maluca? Eu disse casa. — Nós dois começamos a rir da situação. Eu estava muito sonolenta. — Enfim, eu trouxe algumas panquecas e suco de manga. Espero que goste.

— É um pouco difícil não gostar da sua comida. O pouco que eu comi na mansão já diz muito sobre suas habilidades culinárias.

— Me sinto lisonjeado. Obrigada querida jurada. — Ele se curva, fazendo uma pequena reverência.

— Por nada. Mas a nota é um pouco baixa, já que faltou meus doces. — Disse mostrando seis dedos para o moreno.

— Doce? De manhã? Nem fudendo. — Disse se sentando na cama. — Eu comprei, mas não vai comer agora.

— Hum, chato. — Pego a bandeja, a colocando em minhas pernas com um pouco de dificuldade. Meus movimentos estavam limitados por conta da dor fina que eu sentia nos ossos.

— Está tudo bem com o braço? — Questiona.

— Dói um pouco, mas dá para aguentar.

Partners In Crime ( BAJI x Leitora )Onde histórias criam vida. Descubra agora