"The weird"

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O que é que eu faço eu estou jogado aqui
Nesse mundo insano que eu nunca vi
Minha inocência agora acabou
Se já estou aqui o jogo apenas começou

- Autor desconhecido

(S/n) Nagatoro

Japão, Tokyo
05/11/2024 | 13:32

Apago a mensagem e bloqueio o número.
Aquilo estava me deixando ansiosa. Será alguém atrás do pai novamente? Não, não é possível.

— (S/a), você está bem? — Kiyomi pergunta.

— É, você está pálida e um pouco tensa — Emma completa.

— Como vocês podem ficar tão... Calmas diante da situação? Tipo, os meninos estão lá fora... — A minha voz começa a ficar embargada, e agora tudo o que eu falava estava se misturando com o choro — Podem estar sofrendo e precisando de ajuda... Eles... Podem...

— Calma (S/a), vai ficar tudo bem — Kiyomi se aproxima e me abraça de lado — Isso já aconteceu várias vezes, e os garotos sempre dão um jeito se se safar.

— Mas não é a mesma pessoa. Não era o Hanma que sempre estava brigando com ele, ou alguma outra gangue. Não é igual a todos os outros, ele não é — Eu começo a falar, sem nem pensar no que estava falando, antes que deixasse as palavras saírem de minha boca.

— Você conhece ele? — Sua pergunta me deixa mais confusa, do que ela estava com a minha frase.

— O que? Não, como eu poderia conhecê-lo?

— Você falou de uma maneira que deu a entender que conhecia — Ela franze o cenho e se senta ao meu lado.

— Mesmo que... As vezes eu me lembre de alguém. No aeroporto eu pensei que fosse ele, mas acho que só estava delirando.

— Delirando?

— É... Essa pessoa morreu. Bom, eu acho que morreu, então não tem como ser ele — Eu começo a batucar minhas unhas curtas no balcão — Tem?

— Não sei. Se for ele, talvez ele não tenha realmente morrido.

— Será?

— Não sei, não tem como saber — Ela fala sendo óbvia.

Eu seguro os fios do meu cabelo firmemente, sentindo alguns fios de cabelo se soltarem do meu couro cabeludo, me fazendo sentir uma dor aguda.

— Não posso ficar calma sem saber o que está acontecendo — Kiyomi suspira e se levanta, talvez cansada de minha preocupação, que, talvez, fosse exagero.

— Vem (S/a).

Ela me chama. Mesmo confusa, eu a sigo, junto com as outras garotas, Emma e Hina.

— Para onde estamos indo?

— Os garotos pediram para ficarmos dentro de casa, e não sair. Então como não podemos ir para lugar algum, vamos pedir algo. O que quer? — Ela vai até a sala e pega o celular no sofá.

— Do que gosta?

— É pra você, vou pedir para cada uma de nós — Minha sobrancelha se levantam quando eu entendo. Me aproximo dela e vejo que ela segurava o celular, em um site de delivery.

— Eu quero Ishikare Nabe — Emma fala, antes que qualquer um diga algo.

— Tem sopa de curry? Se tiver, eu quero — Foi a vez da Hina pedir.

— E você, (S/a)?

— O que tem?

— Pode olhar o cardápio, já fiz o meu pedido. Quando escolher, coloca no pedido.  — Assinto com a cabeça.

Partners In Crime ( BAJI x Leitora )Onde histórias criam vida. Descubra agora