VI. Aulas de Alto Valiriano

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O sol ainda não tinha amanhecido quando Lucian pulou da cama, assim como Aemond, ele gostava de acordar cedo, dizia que era assim que ele aproveitava o dia, olhou para a cama onde seu pai dormir com a mão sobre a barriga de Aemon que estava com o braço sobre o rosto, sorriu de lado e foi se vestir. Achou mais sensato usar uma roupa com o símbolo da casa Targaryen do que a Velaryon, eles não iriam aceitar facilmente um intruso assim, os Targaryen pelo menos sabiam quem ele era.

Saiu em silêncio do quarto, e foi andando calmamente pelo corredor, alguns guardas acenaram para ao principe, eles tinham recebido ordens de seu rei para que protegesse as crianças e não deixasse ninguém saber sobre eles, então eles podiam andar livremente pelo castelo. Lucian andava distraído quando sente seu corpo se chocar contra algo, assustado ergue seus olhos e dá de cara com um olho violeta e um tapa olho encarando ele, engolindo em seco deu passos para trás se afastando do pai com medo de que ele falasse algo.

— Me desculpa príncipe, eu não vi por onde estava indo. — Diz com o tom de voz baixo fazendo uma reverência para Aemond que mordeu o canto da sua boca. — Com licença.

— Lucian. — Ele chama pelo menino quando o mesmo se afasta. — Pensei que tínhamos aula de valiriano agora.

— Então... Então era verdade? — Ele se vira com os olhos violetas arregalados. — Vai mesmo me ensinar?

— Claro que sim, eu prometi, não prometi? — Lucian concorda rapidamente abrindo um sorriso. — Vamos para a biblioteca.

— Sim senhor.

Lucian poderia jurar que estava sonhando, estava andando ao lado de seu pai para que aprendesse valiriano, sempre tinha ouvido histórias de como ele tinha sido corajoso nos degraus e defendendo Driftmark, seu pai fazia questão de falar como Aemond era e como ele amaria Lucian, mas esse amor nunca chegou até o garoto, ele não entendia porque seu pai não o queria, o que ele tinha feito de errado?

äbra. — Aemond diz com calma encarando Lucian que concorda. — Repita.

Äbra. — Ele fala se atrapalhando na pronúncia, mas conseguindo falar.

Muito bem, Munã?

— Munã.

— E você sabe o que significa essas palavras? — Aemond cruza seus braços com um minimo sorriso no rosto.

— Munã é mãe, äbra significa mulher, Kepa.

Tudo parou naquele momento, Aemond virou seu rosto para Lucian novamente que arregalou os olhos, ele nunca chamava Aemond de Kepa, ele não podia fazer isso, ele virava o rosto quando escutava o garoto falando e agora olhava fixamente para o filho como se fosse a primeira vez que ouvisse isso. Aemond abriu um sorriso de lado fechando o livro de alto Valiriano, ele queria saber mais sobre o seu futuro, queria entender porque ele agia daquela forma com o filho mais novo, mas como começaria?

— Lucian, porque você se assustou por me chamar de Kepa? — Ele pergunta com calma fazendo com que o garoto engolisse em seco. — Não pode me contar?

— Porque você nunca deixou, você... Digo, o senhor sempre virava o rosto quando lhe chamava de Kepa. — Alguma coisa dentro de Aemond quebrou, ele fez o que... — Então eu parei de chamar, acho que já faz um ano, papai achou melhor que eu usasse seu título, assim parece que você me olha quando chamo.

— Seu pai disse para me chamar de príncipe?

— Na verdade, ele disse que quando estivesse com a família em Driftmark eu poderia lhe chamar de pai, mas na corte e perante ao lordes era para alje chamar de príncipe. — Lucian deu de ombros desviando o olhar. — Papai está cansado de lutar e de sempre acabar brigando com você.

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