Chalé

Por que tão amarga?

Giovanna

Acordei por sentir que estava sendo observada, lembro-me de estar em algum lugar e de uma silhueta que julguei ser de uma mulher, agredeci silenciosamente  por não ser um homem. Minha cabeça doía muito e ao abrir os olhos me deparei com um castanho claro me olhando com curiosidade, reprovação e com atenção.

Perguntei por que da mulher estar me olhando daquela maneira. E ela me respondeu com quatro pedras na mão, era visível sua irritação por eu estar ali e principalmente por estar sujando seu sofá, ela deve gostar muito dele. Olhei para meu corpo e minhas roupas estavam num estado lastimável.
Com as curtas e grossas respostas ela me comunicou que iria preparar algo para eu comer, eu estava faminta mas eu precisava de um banho, com a coragem que não sei de onde saiu eu pedi por um banho, já não estava aguentando o cheiro de ferrugem, que julguei ser do sangue seco que estava impregnado em mim....-eu já estava na casa da mulher, não custava nada pedir um banho, né?!

G- pode por favor me ajudar a ficar mais apresentável para comer? Um banho, se não for pedir demais... Por favor? Fiz minha melhor cara de coitada o que pareceu funcionar.

Muito contragosto ela me ajudou a chegar ao banheiro e mesmo contragosto ajudou tirar a minha roupa, vi quando seus olhos vagaram pelo meu corpo. Segundos depois ouvi o som da porta se fechando, liguei o chuveiro e tomei um susto com a água  gelada, soltei um gritinho mas logo cobri a boca com as duas mãos para assim abafar o som, não iria perguntar o por que de ser gelada a água né?
A mulher parecia um iceberg de tão fria, tomei um banho, ou pelo menos tentei. era difícil conseguir me banhar estando tão debilitada.

Quando terminei eu não queria chama-la já que eu havia tirado minha calcinha, estava com vergonha. Não que eu fosse tímida ou algo do tipo, mas era uma desconhecida que iria me ver agora completamente nua.

- Bufei.. não tinha outra opção a não ser pedir ajuda.. como não sabia o nome dela eu gritei....

G-eiiiii, oiiii???

Demorou um pouco para que a porta se abrisse, e só nesse momento que eu reparei nos detalhes de seu rosto.
A pele muito clara, com muitas pintas espalhadas, a boca chamativa, os olhos castanhos claros quase num tom verde..ela era linda, os cabelos eram num tom loiro, que isso Giovanna? Reparando assim em outra mulher?

Não me dei conta que ela falava algo, estava ocupada demais a olhando e a  admirando.
Ela estalou os dedos na frente do meu rosto e eu balancei a cabeça para prestar atenção.

L-o que foi?

G-na...nada, me desculpe.- corei quando o olhar dela passou por meus seios e desceu.

L-se não foi nada, sugiro que saia de seja lá qual plano desconhecido você esteja e me ajude a te ajudar. Segure no meu pescoço, para eu te secar.

Fiz força e consegui me colocar de pé, agarrada ao pescoço dela. Gemi perto de seu ouvido quando tive que apoiar meu peso em uma só perna.
Por um milésimo de segundo achei ter visto os pêlos de seu pescoço arrepiarem, me afastei e a encarei...ela fez o mesmo e continuou mantendo o olhar.
O que infernos era aquilo?
Ela desviou o olhar e limpou a garganta e se pôs a falar ...

L- vou colocar uma camisa em você, será mais fácil para poder fazer os curativos em sua perna, tá bom?

Concordei  com um balançar de cabeça.
Eu seria muito tarada se quisesse que ela me tocasse mais? Que demorasse mais para me secar?
Pela Deusa, acho que a pancada do acidente afetou minha capacidade coagnitiva.

Louise vestiu a menina  e ela seguiu  mancando, agarrada ao pescoço da mais velha.

Giovanna percebeu que o sofá estava arrumado e com um novo pano o cobrindo, Louise a colocou sentada dessa vez.