cheiro doce.

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Louise estava encolhida, com uma fisionomia de dor, de agonia, de tristeza  ela estava gritando. Aquilo era um pesadelo? Era assustador. Giovanna se preocupou e se apoiando nas paredes e na ponta da cama ela chegou mais perto sussurrando...

G-louise...ei...Louise.-nada da mulher acordar, decidiu tocar brevemente seu pé, então Louise abriu os olhos com certas dificuldade.

Giovanna gelou quando viu aqueles olhos a olhando com espanto e com medo, medo esse que logo se transformou em ódio.

L-Você enlouqueceu? O que pensa que está fazendo no meu quarto?

G-me..me desculpe você estav-foi cortada por Louise que usava um tom frio.

L- não me interessa sai daqui..-a menina abriu a boca e ficou parada..- você é surda ou tem algum problema coagnitivo? SAI DAQUI- gritou.

Giovanna saiu mais rápido do que entrou, mancando e assustada, ela só queria ajudar.
Não entendia como alguém poderia ser tão grosseira, aquela mulher era uma infeliz, Giovanna só queria melhorar logo para sumir daquele lugar e apagar aquela maldita floresta e junto dela a grosseira mulher de suas lembranças.

Louise não estava acreditando, como aquela menina era tão idiota ao ponto de pensar que seria boa idéia invadir seu quarto no meio da madrugada.

O que será que a levou a fazer aquilo?
Ficou acordada por algumas horas, já não conseguia mais dormir e já estava acostumada.
Não importa o que aquela garota atrevida achou que estava fazendo, presumo que a coloquei em seu devido lugar.






                    💞_______________💕





O dia amanheceu e o clima estava frio, a baixa temperatura fez com que Louise acordasse, e logo pensou em sua inquilina desprovida de inteligência que provavelmente passou frio durante a madrugada. Louise não sabia que a temperatura iria cair tão rápido, sentiu uma pontinha de pena da garota que com certeza não foi até o quarto pedir mais cobertores por conta do jeito que foi tratada na noite passada.

Levantou e ao chegar a sala não havia ninguém, foi até o banheiro e estava vazio.
Ouviu um barulho vindo da cozinha e caminhou até lá.
Lá estava a sem teto, mancando pra lá e pra cá parecia que estava tentando fazer café.

L- vejo que está melhorando.- encostou no batente da porta.

G- santo Deus, que susto...- levou a mão até o peito-é me desculpe eu não queria invadir sua cozinha nem queria mexer em suas coisas mas- foi cortada.

L- tudo bem, não tem problema.

Giovanna franziu a testa, a mulher a expulsou como se fosse um cachorro de seu quarto e agora estava sendo simpática? A mulher era realmente uma incógnita. Ou aquilo era bom humor matinal? Não sabia mas iria tentar não pensar naquilo, e nem abusar da sorte.
Giovanna a olhou dos pés a cabeça e a mesma usava um baby Doll preto, a menina engoliu seco e limpou a garganta.

G-senta.-falou com receio.

Louise arqueou uma sobrancelha e sentou olhando para a menina, logo depois da secada que havia levado, ou Louise estava imaginando coisas?
Giovanna a entregou uma caneca de café quentinho.

L- obrigada.-inalou aquele cheiro maravilhoso de se sentir pela manhã.

Giovanna escancarou a boca, a mulher era bipolar só pode.

Tomaram café e conversaram sobre o clima, a temperatura estava caindo cada vez mais, e a tendência era só piorar.

Louise decidiu que buscaria mais lenha para não deixar a lareira apagar durante a noite, assim o chalé ficaria aquecido e não haveria problemas com o frio que parecia não estar para brincadeira.

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