Chalé

como?

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Giovanna continuava atordoada, tentando convencer seu cérebro e principalmente seu coração de que tudo não havia passado de uma realidade alternativa.

Sem conseguir controlar suas emoções cedeu a um choro silencioso, assustou-se quando ouviu a porta de seu quarto sendo aberta.
Não reconhecia o homem que ali  estava mas claramente era um médico. Esse que se aproximou e se pôs a falar.

-bom dia, vejo que está atenta a ruídos.

G-bom dia Dr?....Roberto.-falou assim que conseguiu enxergar o nome no crachá.

R-seu noivo nos informou que você acordou antes mas dormiu novamente, é completamente normal. Seu corpo está tentando a se acostumar com você acordada.

G-o que aconteceu comigo?

Roberto franziu as sobrancelhas.
R- você ficou em coma por seis meses Giovanna. Acredite você é sortuda por acordar, tem pessoas que ficam assim por anos.-sorriu fraco.

Giovanna estranhou a a tristeza momentânea do homem porém nada comentou.

G-quando poderei ir para casa?-perguntou tentando sentar.

R-bom, você ficará por mais uns dias em observação para vermos se não há nenhuma sequela. Mais alguma dúvida senhorita?

G-bem... enquanto eu estive...estive em coma foi como se eu tivesse vivido uma outra realidade, é normal?

R-nao sei te dizer se é normal, mas já tivemos muitos pacientes que relataram experiências parecidas.

G- entendo.

R-mais tarde passarei aqui novamente, até mais e fico feliz que tenha acordado senhorita giovanna.-deu as costas e saiu. Logo dando entrada para Rafael. Giovanna estava se sentindo culpada por estar detestando a presença de seu noivo.
Não conseguia tirar a tal mulher de seus pensamentos

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Em sua sala Roberto se perguntava o por que de a vida ser injusta, tudo bem que Giovanna era nova e merecia viver mas e sua esposa? Que estava naquele hospital a anos e nunca deu sinal algum que acordaria..
Roberto viu todos os tipos de coisas acontecerem dentro daquele hospital, nunca foi um homem religioso mas perdeu as contas de quantas vezes havia implorado para seja lá qual de divindade que exista para que sua esposa acordasse, não aguentava mais viver o luto de ter perdido o filho sozinho.
Respirando fundo, como todos os dias seguiu para o quarto no último andar do prédio, ali onde sua esposa vivia... Se é que se pode chamar aquilo de viver, seus olhos esverdeados já não eram vistos a anos, sua voz suave e autoritária também não.
Roberto não queria, se culpava por ter perdido as esperanças e pensava seriamente se ela não estaria melhor se desligassem aquelas malditas máquinas.
Não suportava mais ver Louise naquela situação lastimável, ela que sempre foi tão apaixonada pela vida e pelo seu falecido filho.
O homem também sabia que a mulher iria preferir morrer ao ter que viver sem o filho...suspirou e acariciando o rosto da sua esposa, logo depois deixando um beijo em sua testa saiu do quarto, deixando aquele cômodo em completo silêncio a não ser pelos bips das máquinas.

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Giovanna

G- Rafael? Meus pais?

R-oi amor, eles foram viajar dois dias antes de você acordar, estão tentando voltar mas parece que o mal tempo não está colaborando.-falou sorrindo.- logo seu sorriso sumiu quando seu celular se pôs a tocar.
Ele limpou a garganta e pediu licença para sair do quarto para atender o celular. Giovanna achou estranho mas nada disse, descansou a cabeça no travesseiro e olhou para a janela..o dia estava ensolarado e pássaros cantavam longe.