Capítulo 4

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Acordei com um leve zumbido nos ouvidos e a visão embaçada

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Acordei com um leve zumbido nos ouvidos e a visão embaçada. O cheiro nada aconchegante de antisséptico e álcool invadiram minhas narinas, me fazendo recordar de onde estava. Ao focar a visão, vi o teto branco e a luz fluorescente acima de mim. O ambiente era estéril e frio, com o som estridente de máquinas e monitores bipando ritmadamente, me encomendando. Os meus sentidos estavam descontrolados, me causando uma enxaqueca.

         A dor era latejante e intensa, me aprisiona em uma escuridão opaca. A luz me cega, o som estava torturante, e qualquer movimento se transforma em um ato de coragem. Sinto-me frágil, isolada, à mercê de uma força implacável. O mundo se contrai, reduzindo-se ao ponto doloroso que me consome.

        Ao analisar o quarto, percebo Lexie deitada em uma poltrona dormindo tranquilamente, podia escutar seu coração bater calmamente, sua respiração calma e controlada. Virei minha cabeça para o lado oposto avistando uma máquina com alguns tubos conectados ao meu braço. Mais abaixo uma agulha espetada em minha pele, trazendo uma leve ardência para o local, me causando desconforto. Meu corpo estava pesado, sentindo dor por toda a minha extensão corporal.

         Tento me levantar, mas a fraqueza tomou conta de mim, caí de volta no travesseiro. Me sentia impotente, insuficiente. Minha licantropia  deveria estar me curando de seja lá o que aconteceu, mas meu corpo ainda estava dolorido. Sou surpreendida com uma enfermeira entrando no quarto com uma seringa em suas mãos.

        –– Olá pequena - ela tinha um sorriso simpático em seu rosto - isso aqui vai te ajudar no processo de recuperação - diz enquanto ejetava um líquido amarelo no soro, ao terminar ela passa sua mão em meu rosto e sai do quarto.

         Podia sentir o líquido adentrar em minhas veias provocando uma ardência, suportável, mas causava desconforto em meu ser.

          Fazia meia hora que já estava acordada, não queria continuar ali, mas precisaria da ajuda de Lexie para ser liberada do hospital. A tal substância amarela já estava acabando juntamente ao soro. Meus sentidos já não estavam um dos melhores. Não poderia usar minha super audição, mal conseguia escutar o coração de Lexie, meu olfato... era como um ser humano comum, não estava ampliado.

            Desta vez pude ver Melissa adentrando o quarto com seu traje azul e com um sorriso no rosto.

           –– vejo que acordou- ela sorri fraco - como se sente? - Melissa se mostrava interresada em minhas palavras enquanto retirava o soro de seu suporte.

           –– Estou completamente exausta, como se um caminhão tivesse passado por cima de mim - forço um sorriso simpático - a última medição ardeu muito, achei até estranho - suspiro e prossego - Minha licantropia está diferente. - meu olhar confuso é tomado pela expressão seria de Melissa.

          –– Desculpa meu anjo, mas qual medicação você está falando? - Melissa analisava minha expressão de confusão que ficou ainda mais nítida

           –– uma enfermeira, loira, olhos marcantes e olhos verdes. Veio aqui a uns trinta minutos, enjetou um medicamento e foi embora - Melissa agora mudou de expressão pegando seu telefone e discando algum número.

           –– fique aqui, não saia por nada - Ela estava aflita, saiu correndo do quarto me deixando assustada.

           –– Mãe. - chamo a outra que se mexeu na poltrona com o barulho da porta.

           –– Alyssa? - levanta rapidamente se colocando ao meu lado e me abraçando.

       
        Seus braços me envolvem com firmeza, mas sem apertar demais, cheio de conforto. Apoio minha cabeça em seu ombro aproveitando o cafuné que fazia em meus cabelos.

            –– Vim o mais rápido que pude, sabia que deveria trocar os freios de seu carro - a loira estava preocupada comigo, o que foi um milagre vindo daquela pessoa que já não parecia se importar a bastante tempo.

            –– relaxa, mãe. Eu estou bem, Melissa acabou de sair disparada daqui, não entendi o motivo, mas ela parecia assustada - A loira se afasta de mim rapidamente, parecendo pensativa e confusa ao mesmo tempo.

            –– Melissa? Sabe se foi algo importante? - seu semblante era preocupado, o que me fez ficar ainda mais aflita sobre a situação que havia presenciado.

            –– Bom eu falei sobre uma enfermeira que veio ejetar um medicamento aqui, logo ela ficou estranha, ligou para alguém e saiu disparada daqui, mas antes de sair pediu para eu ficar aqui no quarto e não sair em hipótese alguma... - agora eu estava reflexiva sobre o que estava acontecendo diante de meus olhos. Algo estava acontecendo, e não foi aplicado nenhum medicamento, e sim um veneno.

             –– Fique aqui, e não saia por nada - Droga. Ela sai rapidamente do quarto aflita deixando a porta entre aberta.

       Eu estava ofegante, com a respiração pesada e o coração disparado, depois de finalmente ligar os pontos do que havia acontecido comigo. Cada detalhe parecia se encaixar perfeitamente, principalmente o porque de estar com os meus sentidos enfraquecidos.

           Meus pensamentos corriam a mil por hora, enquanto meu corpo tentava acompanhar o ritmo frenético das minhas descobertas. Senti um calafrio subir pela espinha, deixando-me trêmula e ansiosa. Tudo isso passou completamente despercebido por mim, eu deveria ter percebido quando senti as ardência em todo meu corpo

         O quarto é aberto com Scott, Theo, Stiles, Malia e Lydia. Todos me observavam como se fosse uma jarra pronta para ser quebrada.

            –– Eu já entendi tudo - sinto um calafrio em todo o meu corpo, enquanto recebia todos os olhares para mim. - provavelmente acônito amarelo.... - suspiro - o pior acônito contra a licantropia.... -  podia ver o medo em todos os olhares fixado em mim e depois na porta ao verem Lexie e Melissa adentrarem ao quarto.

           –– Nós vamos cuidar disso - Scott assegura me dando um abraço e saindo do quarto com o celular em mãos.

          –– Alyssa - Stiles ia começar, mas é interrompido por um rosnando de Theo, ele estava perplexo, não entendo a atitude de Theo.

        –– Stiles, pode me dar um abraço? - parte de mim queria dizer para Theo que ele não tinha controle sobre mim, porém a outra estava se rendendo para ele. Então eu seria desafiadora.

       Ele não exitou em vir ao meu encontro e depositar seus braços quentes ao redor de minha cintura enquanto dava um beijo em minha testa me reconfortando, podia escutar seu coração acelerado e sua respiração pouco descontrolada, meus olhos vai até Malia e Lydia que nos encaravam com amor em seus olhos.

       –– Meninas. - fora o suficiente para se juntarem ao abraço.

          Senti os braços de todos ao meu redor, calorosos e reconfortantes. Havia uma sensação de segurança ali, uma calma que se espalhava por todos nós. Podia ouvir a respiração de cada um, o ritmo se sincronizando, e por um momento, tudo parecia estar bem no mundo.

        Theodore olhava tudo aquilo com reprovação em seus olhos, talvez na esperança de eu o chamar para o abraço, e eu queria, mas não faria minha vontade carnal naquele momento, em outro momento talvez, mas não agora.

        

𝗖𝗛𝗢𝗜𝗦𝗘𝗦 ᵗʰᵉᵒ ʳᵉᵃᵏᵉⁿOnde histórias criam vida. Descubra agora