Capítulo 7

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Olivia

Nunca senti os dias voarem como aqueles, num dia era sábado à tarde, no outro já era sexta-feira. Na parte da manhã, reunimos a equipe contratada e fizemos uma mini reunião de tudo, desde o preparo na cozinha até como deveria chegar na mesa do cliente, depois disso preparei o salão com os garçons e deixei tudo organizado para a noite. Preparei todo o mise en place, na parte da tarde com a equipe contratada, Alec, por incrível que pareça, estava de bom humor e me deixou em paz sem soltar nenhuma piadinha para o meu lado, no começo achei sua atitude estranha, mas depois entendi que ele estava respeitando nosso acordo. Pelo menos por hora. Trabalhar com ele era fácil, tínhamos ma sintonia legal e quase os mesmo pensamentos, o que facilitou muito alguns preparos, porque enquanto eu picava os legumes, ele já estava separando as porções exatas de cada prato.

Eu deixei o Hope nas mãos de Alec, por uma hora, enquanto corria para casa para me arrumar, meu pai me avisou que tinha convidado algumas pessoas, amigos seus para inauguração, o que me deixo feliz, mas receosa também, fazia muito tempo que eu não via seus amigos, mas sabiam que eles eram tão requintados quanto o meu pai, o que só piorou minha síndrome do perfeccionismo para que tudo saísse impecável.

Mel insistiu que devia me maquiar e depois de tanto lutar e não consegui-la fazer desistir da ideia, eu me sentei no banquinho e me rendi. Enquanto ela passava mil-e-um produtos na minha cara, eu só rezava para conseguir voltar a tempo, antes do primeiro cliente chegar. Acho que minha reza foi boa, porque quando Mel e eu chegamos, as portas ainda estavam trancadas.

— Pode ir para casa. — Disse Alec que estava no salão arrumando as taças na mesa. — Eu termino isso. — Tentei pegar as taças de sua mão, mas ele nem ligou.

— Eu não vou, posso fazer direto. — Informou sem olhar para mim.

— Alec! — Chamei, atraindo seu olhar.

— Uau! Você está uma gata Oly! — Disse quase gemendo, o que foi bem nojento.

— Vá à merda, Alec! — Xingei. Não tive tempo de me olhar no espelho, porque só queria chegar ali o mais rápido possível, mas sabia que Mel não tinha, feito nada para me prejudicar — Estou falando serio, vá para casa. Esse foi o combinado! — Alec revirou os olhos.

— Eu quero ficar.

— Tudo bem! — Me dei por vencida, não querendo brigar. — Mais quando for nove horas, eu não quero te ver mais aqui e se eu ver, a sua carta de demissão vai chegar para você amanhã mesmo.

— Como quiser patroa. — Ele sorriu convencido por ganhar aquela discussão. Dei as costas e fui para o caixa, perto de Mel, que olhou para Alec atrás de mim.

— Você realmente vai o manter aqui? — Concordei coma cabeça. — Ele vai fazer a sua vida um inferno, sabe disso né?

— Sei, mas temos um acordo. Eu preciso dele e ele do emprego, ou anda na linha, ou fica sem se formar.

— Isso não vai impedi-lo, você já tirou essa história do diploma a limpo? — Desde que contei a Mel, sobre meu encontro com Alec no sábado, ela insistia para eu tirar isso a limpo, porque ele podia muito bem, estar mentido. Ele era bom nisso.

— Eu vou! Só preciso arrumar um tempo.

— Hum!

O assunto morreu ali mesmo, não queria pensar em Alec e nas suas falcatruas, eu queria focar na inauguração, guarda cada momento na memória. Quando os primeiros clientes passaram na porta, foi magico, meu corpo tremia como gelatina e meu coração estava acelerado no peito. Não tinha mais volta! Atendi o casal com um sorriso enorme no rosto que transbordava felicidade. E foi assim com todos os clientes que chegaram, um salão que eu julgava ser grande, ficou pequeno para o tanto de gente. Eu sabia que meu lugar era na cozinha, mas também queria estar ali fora, vendo isto Alec chamou a responsabilidade para si e me permitiu curtir aquele momento.

Hope: Aberto para se apaixonar | ** DEGUSTAÇÃO **Onde histórias criam vida. Descubra agora