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Bagi sem duvidas não quis comentar sobre os cortes nas pernas da Tina, apesar daquilo ter deixado ela extremamente triste.
A morena entrou na piscina pela escada e sentiu seu corpo arrepiar com a água gelada. Bagi nadou até ela.
- Você não sabe mergulhar, certo? -Perguntou fitando os olhos castanhos de Tina, e achou eles mais lindos ainda por causa do sol em cima delas.
- Eu já tentei, mas sempre tive medo de me afogar.
- Você não vai se afogar, eu vou estar bem aqui.
- Tá bem. - Sorriu confiante e Bagi sentiu uma vontade absurda de beijar aqueles lábios, mas se xingou mentalmente por isso.
- Você só precisa trancar a respiração.
- Mas embaixo da água entro em desespero. Falou rindo, fazendo a morena rir também. - Sério, eu não consigo.
- Consegue sim! Vamos tentar. Respira fundo, coloca a mão no nariz e mergulha, tá?
- Tá. - Sorriu nervosa.
- 1...- Tina respirou fundo. - 2...-Colocou a mão no nariz. - 3...-Mergulhou na água e voltou em menos de um segundo tossindo loucamente e se debatendo.
Bagi não queria rir, mas começou a rir porque ela ficou menos de 1 milésimo na água.
- Não ri!!!!!!. - Tina falou enquanto tossia, jogando água com as mãos na cara da garota de cabelos brancos.
- Desculpa, foi inevitável! - Bagj segurou os braços da morena, fazendo ela parar de jogar água em seu rosto. -Vamos tentar de novo.
- Tá bem. - Suspirou.
-1...- Mais uma vez Tina respirou fundo. - 2...- Colocou a mão no nariz. - 3...- Mergulhou.
Dessa vez ela ficou bem mais do que um segundo, talvez uns 5 segundos. Bagi ficou orgulhosa da morena, que voltou a superfície tranquilamente.
- Como foi?. - Perguntou animada, ela sabia que tinha ido bem.
- Muito bem. - A de cabelos brancos falou sorrindo. - Tenta de novo.
As duas ficaram quase 1 hora só contando os segundos que Tina conseguia ficar embaixo da água. A de cabelos brancos não podia estar mais encantada por ela.
- Nossa, conseguiu 20 segundos! - Bagj falou surpresa, fazendo a morena sorrir orgulhosa de ti.
- Eu sou uma ótima mergulhadora..-Empinou o nariz e a vizinha riu. - E você uma ótima professora.
- Olha, até rimou. - Falou rindo. - Agora acho que já pode mergulhar sem a mão no nariz.
- Aí você já quer demais.
- Mas quem mergulha com a mão no nariz é criança, Tina. - Fez a famosa chantagem. - Vai, você consegue.
- É pior ainda, eu vou sentir a água dentro de mim, Tina.
- Não vai nada. Eu prometo.
Tina mergulhou sem a mão no nariz e não sentiu muita diferença, ficou os mesmo 20 segundos de antes e um pouco mais porque soltou o ar enquanto voltava a superfície.
- Você que me ensinou bem. - Tina abraçou a cintura da maior por baixo da água. - Obrigada.
- De nada. - Sorriu abraçando o pescoço da morena .
Seus corpos estavam tão perto, e seus rostos a milímetros de distância. Bagi sentia vontade de beijar Tina, mas achava muito cedo pra isso, então escondeu o rosto na curva do pescoço da morena. Sentiu seu queixo tocar na água enquanto a abraçava.
Tina apertou mais a vizinha em seus braços, passou delicadamente a mão por suas costas até chegar na nuca de Bagi, ali ela fez carinho com a ponta dos dedos, fazendo a garota em seus braços arrepiar. Ela gostava de ficar assim com Bagi, e não pretendia sair tão cedo daquele abraço.
O sol não estava tão forte em cima delas, mas mesmo assim Bagi estava preocupada com a pele branca da Tina, e sabe que ela não passou protetor solar.
- Tina?- Falou enquanto sentia o carinho da morena em sua nuca.
- Sim... - Respondeu em um sussurro.
- Você não vai ficar vermelha amanhã?
- Como assim? - Perguntou confusa e fitou os olhos castanhos de Bagi.
- Sua pele é branquinha. - Sorriu olhando aqueles olhos castanhos tão lindos. - E você não passou protetor solar, sunshine.
- Ah, fica tranquila. O sol não está tão quente assim... humm, Sunshine? - Perguntou sorrindo, e Bagi se deu por conta do que chamou ela.
- Ah, sunshine. - Confirmou. - Brilho de sol como você. - Tocou de leve a ponta do nariz da morena, que sorriu boba e deixou um beijo carinhoso em sua bochecha.
Um beijo na bochecha parece uma coisa tão sem graça, mas Bagi ficou tão envergonhada com aquilo e Tina percebeu por causa das bochechas ruborizadas.
- Você falou ontem que eu fico fofa com vergonha. - A Tina falou sorrindo. - Mas acho que você fica muito mais. - Deu outro beijo na bochecha da Bagi, que não sabia onde se esconder. Já estava com vontade de mergulhar e nunca mais voltar pra superfície.
- Desculpa, Tina! - Falou indo até ela. - Mesmo com essa piscina enorme consegui esbarrar em você.
- Tudo bem. -.Sorriu de lado. Amando a forma que Bagi havia a chamado.
Certo, agora nadar é mais difícil.
- Eu aguento. - Piscou pra morena, que se derreteu inteira.
-.Han...- Sorriu, sem reação depois da piscadinha. - Olha como eu faço, e depois ensino.
- Tá bem.
Bagi nadou até a outra ponta da e voltou em segundos, Tina ficou perplexa vendo aquilo, nunca viu ninguém nadar tão rápido.
- Bagj, você parece um peixe. - Falou rindo, fazendo a menina rir também.
-. Você não pode esquecer de mexer as pernas, tá?. - Assentiu. - Enquanto você mexe as pernas, vai pegar impulso e nadar com o braço esquerdo, depois o direito. Esquerdo, direito. E assim vai, mas quando você levantar o braço esquerdo, tem que olhar pro lado direito e respirar, e quando usar o braço direito tem que olhar pro lado esquerdo e respirar. Entendeu?
Tina ficou confusa mas estava com vergonha de dizer que se perdeu no meio da explicação.
- Sim... - Falou insegura, e Bagi percebeu que na verdade a morena não entendeu nada.
- Eu explico de novo se quiser.
- Já que você insiste...- Deu um sorriso levado e a de cabelos brancos riu.
Depois de um longo tempo explicando, Bagi também teve que mostrar mais umas três vezes como fazia, mas ela estava adorando aquilo tanto quanto Tina. Assim que a morena fez pela primeira vez, acabou se afogando e Bagi teve que ajudar ela, mas na segunda não foi tão mal e na terceira já estava bem melhor.
- Muito bem, Tina! - Bagi falou abraçando ela, que sorriu orgulhosa e a abraçou de volta.
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TRUST ME ( TEADUO ) - Adaptação
FanfictionTina entra em depressão profunda depois de perder seu irmão gêmeo em um acidente de carro. Não fala, não sai de casa, não quer comer e não quer viver há sete meses. Os pais da garota não sabem mais o que fazer. Depois de tantos psicólogos em que ela...