19 - Babaca Homofóbico

1.2K 160 177
                                    

É nesse capítulo que a Bagi pede a Melissa em namoro, HAUSHAIZJAUAUA.

_________

Depois do sorvete, Tina e Bagi ainda estavam sentadas na bancada, não se enjoavam uma da outra nunca. A morena descobriu que a vizinha era a pessoa mais engraçada do mundo.

- Bagi...- Falou sem fôlego enquanto ria. - Você é hilária.

- Já posso ser palhaço, não acha? - Bagi também estava rindo. - Você seria a única na plateia batendo palmas. - Viu? - Tina estava prestar a explodir de rir.

- Pare de me fazer rir, minha barriga está doendo. Daqui a pouco vou acordar sua família.

Bagi estava morrendo de amores pela morena, nunca viu ela rir tanto, e estava amando o som de sua risada gostosa.

- Não entendo como alguém pode ser tão fofa...- Falou olhando nos olhos castanhos, Tina parou de rir e ficou envergonhada.

- Para, Bagi. - Escondeu o rosto no ombro da maior, que riu e aconchegou a morena em seus braços. - Você me deixa envergonhada com facilidade.

- Mas o que é tem que se dizer, e você realmente é fofa. - Beijou o topo de sua cabeça. - E bonita, cheirosa...- Bagi estava boba falando aquilo, e Tina sorria em seu ombro.

- Você também é bonita, Bagi. - Olhou nos olhos de Bagi. - Eu disse que você é a garota mais bonita que já vi, e tenho certeza que não vou mudar de ideia.


Seus rostos estavam tão próximos, Bagi não sabia se olhava os olhos castanhos ou a boca vermelha da morena. A mão de Tina foi parar na nuca da menina de cabelos brancos, que sorriu e automaticamente fez ela sorrir também. Suas bocas estavam a milímetros de distância, e quando Bagi tomou iniciativa pra beijar aqueles lábios...

- Bagriela, o que é isso? - Seu pai apareceu na cozinha revoltado.

As duas se afastaram, pularam da bancada na mesma hora e Tina queria sair correndo dali, mas Bagi passou um braço pela cintura da morena e encarou o pai. - Eu não quero você fazendo essas baixarias aqui! Filha minha não beija mulher dentro da MINHA própria casa.

Tina escondeu o rosto entre o pescoço e ombro da Bagi, não queria ver a expressão daquele homem.

- Na verdade eu tenho nojo por chamar você de filha, Bagriela. Não vejo a hora pra você sair da minha casa.

Os olhos da menina de cabelos brancos começaram a marejar, ela estava com raiva e magoada ao mesmo tempo. Respirou fundo e resolveu não responder as palavras dele, pegou na mão da Tina e a levou até a sala.

- Tina, desculpa por isso. - Falou segurando as lágrimas. - Desculpa.

O coração da morena partiu em mil pedaços por ver a Bagi triste, ela nunca tinha visto a maior chorar, sempre pareceu tão forte. Tina odiava o pai da Bagi! Não iria permitir que ele falasse com ela daquele jeito de novo.

- Tudo bem, Bagi. - A abraçou. - Não chora, seu pai não merece uma filha tão maravilhosa quanto você.

A de cabelos brancos se permitiu chorar no peito da Tina, que a abraçava apertado, não queria aquela garota perfeita chorando em seus braços porque tinha um pai idiota.

- Eu não acredito que vocês ainda estão aqui. - O pai de Bagi apareceu na sala, e Tina olhou imediatamente pra ele enquanto Bagi chorava em seus braços. - Agora você vai me ouvir, Bagriela! - Se aproximou das duas e a morena abraçou ela mais apertado. -Uma pena que a Gisele está trabalhando e não pode defender você agora. - Tina estava dominada de ódio daquele homem. - Eu odeio você desde aquele dia! Espero do fundo do meu coração que você suma da minha família o quanto antes. Você é uma aberração, uma vergonha pra família Ba...

- PARA DE FALAR ASSIM COM ELA! - Tina gritou explodindo de raiva. - PARA COM ISSO. A BAGI É PERFEITA E VOCÊ UM PAI HORRÍVEL!

- Você é tão lixo que não consegue se defender sozinha? - O pai de Bagi perguntou rindo.

Bagi estava com medo de olhar pra ele, ela estava se sentindo a pessoa mais fraca do mundo.

Vem, baby. - Tina desfez o abraço. -Vamos sair daqui, seu pai é ridículo. - Olhou pra ele e pegou firme na mão da maior, a puxando até a porta.

Agora Tina entendia porque a Bagi não tinha uma boa relação com o pai, ele era um tremendo babaca homofóbico que odiava a filha por isso.

A morena praticamente puxou Bagi até sua casa, se pudesse pegava a morena no colo se não fosse tão fraca e ela tão alta.

Abriu a porta e deu graças a Deus por seus pais não estarem na sala, sem duvidas iam perguntar o que aconteceu. Elas subiram a escada e Tina fechou a porta do quarto assim que entraram.

- Você vai dormir comigo, tá bem? - Falou fechando a janela, deixando apenas um pouco de luz entrar. - É manhã ainda, e precisa descansar já que acordou cedo pra me esperar.

Bagi estava envergonhada pelo que aconteceu na frente da morena, não imaginava que aquilo iria acontecer mas agora tinha certeza que odiava o pai que tinha.

- Desculpa por aquilo, Tina. - Falou com a voz embargada.

Tina foi até a vizinha e fez um carinho delicado em sua bochecha.

- Tá tudo bem, agora deita na minha cama que eu já venho. - Deu um beijo em sua bochecha.

Tina saiu do quarto e desceu a escada rapidamente pois lembrou que não trancou a porta da frente, depois foi ao banheiro e quando voltou viu a cena mais fofa de todas.

Bagi estava deitada de lado com o cobertor até seus ombros, seus olhos estavam fechados e sua respiração serena. A morena sorriu encantada e desligou a luz do quarto. Tirou o tênis e fez a volta na cama, levantou um pouco o cobertor e se cobriu com ele deitando atrás da Bagi. Ela se permitiu abraçar a cintura da maior e esconder o rosto em sua nuca, sentindo o cheiro bom dos seus cabelos.

Bagi foi tão gentil e carinhosa com ela nesses últimos dias, Tina queria fazer o mesmo nem que fosse uma vez só. Ela queria proteger a maior, e queria naquele momento que ela esquecesse o pai idiota.

[...]

Bagi acordou com quase todos os fios morenos do cabelo de Tina em sua cara, riu de leve tirando o cabelo cheiroso dela do seu rosto. Ela estava de costas pra a maior, parecia dormir profundamente. Bagi olhou no relógio rosa em forma de coração na parede e percebeu que elas dormiram apenas 1 hora. Era meio dia.

- Bagi, me abraça. - Tina resmungou baixinho e Bagi sem duvidas atendeu o pedido.

Abraçou a morena por trás e deu um pequeno beijo em seu ombro. Tina sorriu e entrelaçou suas pernas com as da menina dos cabelos brancos.

- Tina...- Falou baixinho no ouvido dela, que se arrepiou inteira. - Eu e você quase nos beijamos mais cedo. - Sorriu escondendo o rosto na nuca da morena.

Tina estava quase morrendo de vergonha, mas a vontade de beijar Bagi era muito maior. Virou corpo pra a maior, que estava de olhos fechados, mas ela sabia que não estava dormindo, começou a fazer um carinho delicado em sua bochecha.

- Pena que foi quase, Bagi. - Falou fazendo Bagi abrir os olhos. - Porque eu queria muito.

TRUST ME ( TEADUO ) - Adaptação Onde histórias criam vida. Descubra agora