55 - Lugar de Loucos

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Analisem um trecho da fanfic da minha amiga e deem um feedback.

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Bagi queria descer correndo a escada e contar pra Tina e sua família, mas ficou quieta esperando acabar.

A assistente social, vulgo mãe da Melissa, não estava muito interessada nas perguntas, ela já sabia o que ia fazer, mesmo sendo ilegal e podendo perder o trabalho. Ninguém bate em sua filha, ela não iria deixar barato. Fez algumas perguntas básicas e anotou tudo em seu caderno, era mais pra fingir que estava fazendo direito seu trabalho.

- Teana, você pode sair da sala um instante? - Perguntou, fazendo a morena olhar estranho. - Preciso falar com seus pais.

- Tudo bem...- Disse cautelosa.

Bagi saiu correndo pro quarto, não queria que a morena visse ela espiando, então sentou na cama rapidamente.

- Amor, eu tenho que contar uma coisa. - A maior disse quando a namorada entrou no quarto.

- O que foi? - Perguntou sentando ao seu lado.

- Essa assistente social é mãe da Melissa, e o polícia "West" é o pai dela. - Tina arregalou os olhos. - Mouse contou por mensagem que ontem a Melissa falou que você ia pagar pelo que fez.

- Merda! - Falou alto. - Melissa estava tramando pra mim? Aquela puta do inferno.

- Calma, isso é muito sério. - Bagi disse firme. - A mãe dela pode fazer com que você vá internada.

Enquanto isso, na sala, Rachel fazia uma lavagem cerebral nos pais da ruiva.

- Vocês já pensaram em internar Teana? - Perguntou entregando um panfleto de um internato. - Esse lugar transforma a vida das pessoas.

- Eu não vou jogar minha filha em um lugar de loucos! - Giovanni falou incrédulo, a mulher quase revirou os olhos mas manteve a pose.

- Não é um lugar de loucos, veja...- Apontou para uma foto do panfleto, onde havia uma piscina enorme, várias árvores ao redor, pessoas sorrindo e se divertindo. - É como se fosse uma casa de repouso, existe vários casos de pessoas com depressão que voltaram curadas de lá.

- Eu não sei, acho que Tina não iria gostar...- Angelina falou pensativa. - Mas não seria má ideia se ela voltar melhor.

- O que?! - Giovanni quase gritou. - Claro que não! Eles machucam as pessoas em lugares assim, torturam e tudo mais. Eu não quero a Tina em um lugar desses. - Levantou furioso e foi até a porta. - Desculpa, Rachel, mas vá embora.

- Lamento informar mas se a Teana tiver outro surto, vocês serão praticamente obrigados a assinar um contrato de 1 ano com esse lugar do panfleto. - A mulher disse fria e passou pela porta. - Não teremos mais entrevistas, essa está de bom tamanho. Mas se algo acontecer de novo, Tina será internada, e não sou eu que estou falando isso...É a lei.

Quando a mulher saiu da casa, Giovanni bateu forte a porta e olhou Angelina.

- Como pode cogitar a idéia da Tina em um lugar desses?

- Querido, calma. - Disse cautelosa. - Eu faria qualquer coisa pra Tina ficar bem de novo, é só isso.

Tina estava chorando nos braços da namorada, chorava como um bebê encolhido em seu colo. Molhava o pescoço da platinada com suas lágrimas grossas, mas Bagi a abraçava forte e dizia que ia ficar tudo bem. Dizia que ela não iria ser internada, e que nada de mal ia acontecer, mas nem ela tinha confiança em suas palavras. As duas estavam deitadas na cama, e Bagi agarrava forte o corpo da namorada em seu colo, como se ela fosse fugir dali a qualquer momento.

- Meu amor, não chore. - Disse baixinho, fazendo carinho em suas costas. - Assim vai me fazer chorar também. Meu coração não aguenta.

- Mas...- Soluçou. - Eu...- Outro soluço. - Eu não, eu não quero ser internada, amor. Eu não quero! - Falou de forma desesperada contra seu pescoço.

- Tina, olhe pra mim. - Pediu cautelosa e a namorada a olhou com os olhos vermelhos. - Nada vai acontecer com você, tá bem? - Limpou suas lágrimas. - Nadinha...- Beijou delicadamente seus lábios, fazendo Tina dar um pequeno sorriso. - Não acha melhor contar aos seus pais o que Melissa fez?

- Eu quero ficar aqui com você. - Falou manhosa voltando a esconder o rosto em seu pescoço. - Não quero sair daqui, Bagi. Nunca.

- Tudo bem...- Bagi disse fazendo cafuné nela, que suspirou fechando os olhos. - Quer dormir um pouquinho?

A morena assentiu murmurando, fechando os olhos contra seu corpo. A maior começou a afagar seu cabelo macio e deu um pequeno beijo em no topo de sua cabeça. Não demorou muito pra Tina pegar no sono, aquele carinho estava maravilhoso. Quando Bagi teve certeza que a namorada dormiu, tentou não se mexer ao máximo pra sair da cama, praticamente escorregou lentamente pro lado e Tina ficou de bruços sobre o colchão. A maior tapou ela até os ombros e deixou um pequeno beijo em sua nuca.

Bagi calçou o tênis e deu um jeito no cabelo, abriu a porta do quarto e desligou a luz. Enquanto ela descia a escada, mandou mensagem pra Mouse.

[Bagi/09:50]: A vagabunda já saiu do hospital?

[Mouse/09:51]: Sim, foi pra casa já. Porque?

[Bagi/09:51]: Porque eu vou acabar de vez com essa história.

A platinada viu Giovanni e Angelina sentados no sofá, foi até eles e parou na frente da televisão.

- Bagi, o que foi? - Angelina perguntou preocupada.

- Eu preciso falar uma coisa pra vocês. - Bagi disse sentando na poltrona.

- Pode dizer, fique a vontade.

- Vocês lembram quando a Tina apareceu com um curativo na testa, e o rosto machucado? - Eles assentiram. - A verdade é que ela não caiu da escada, Melissa apareceu aqui e fez aquilo com ela.

- O que?! - Giovanni perguntou espantado. - Quem é essa Melissa?

- Eu vou explicar tudo, tá bem? Melissa é uma garota que eu sai uma vez, nós nos beijamos e ela acha que virei noiva dela só com um beijo. Mas eu não estava tão aí pra ela, queria mesmo a Tina. Tina e eu fomos num campo, lá a Melissa apareceu e provocou a Tina, então ela se irritou e espancou a Melissa no chão. Foi aí que tudo começou.

- Eu não sabia que a Tina era agressiva. - Giovanni disse.

- Ela é, e eu percebo que não consegue se controlar. - Bagi falou preocupada. - Mas enfim, depois desse dia, Melissa resolveu aparecer aqui pra espancar a Tina também, e assim ela fez. Bateu a cabeça da Tina inúmeras vezes na parede. - Os dois arregalaram os olhos. -...E eu cheguei depois, expulsei a Melissa. Ontem, na festa, essa garota me beijou a força e a Tina viu, ficou irritada. Por isso chegou aqui chorando aquela hora, mas a acalmei e ela resolveu ir atrás da Melissa. - Deu uma pausa. - A princípio pensei que só ia rolar uns tapas, mas quando cheguei a Melissa estava coberta de sangue no chão enquanto a Tina a espancava com uma pedra.

- E se Melissa fez isso de propósito? - Giovanni perguntou. - Ela pode ter feito só para provocar raiva na Tina e contar pra polícia.

- Eu acho que você tem total razão, até porque a assistente social que estava aqui é mãe dela. E ontem, um dos policiais era o pai.

- E agora, o que vamos fazer? - Angelina perguntou quase desesperada. - Tina não pode ter mais ataque de raiva, se não vai ser internada quase a força.

- Não!!! - Bagi praticamente gritou. - Isso NÃO pode acontecer. Você marcou a consulta pra ela, Giovanni? - Ele assentiu rapidamente. - Meu Deus, tomara que dê tudo certo...- Seus olhos começaram a marejar. - Não vamos deixar que nada aconteça com ela, não é? - Perguntou com a voz embargada.

- Nada vai acontecer, Bagi..- Angelina disse levantando e a abraçando apertado. - Fique calma, ela precisa de você. - Bagi se recompôs e assentiu com a cabeça.

- Se a Tina acordar, digam que eu precisei sair, tá bem? Vou resolver as coisas com a Melissa.

- Não faça nada de cabeça quente.

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