🌾🌾TEMPOS DE ESPERANÇA🌾🌾

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(...)

Pilar ficou pensando no que falou para Miguel, querendo ou não ela percebeu que pai e filha tinham uma relação tênue. E não queria nem de longe que isso piorasse, então resolveu ser mais branda com ele em relação a menina. O dia foi puxado, Pilar fez muitas coisas e a lida com os cavalos foi pesada, ela chegou tomou um banho e logo chamou todos para jantarem, isso incluiu Miguel e Geni.

Estavam todos na mesa jantando, Miguel ao lado de Alfonso e Geni ao lado de Pilar, pareciam uma grande e feliz família sentados falando dos assuntos mais aleatórios e engraçados quando a jovem olha o pai e sorri.

— Paizinho vamos a cidade hoje? Eu preciso de roupas novas para andar na fazenda e começar a aprender a cavalgar.

— Cavalgar? - Miguel olhou pra ela sério.

— Olha aí rapaz, me disse que sua princesinha não ia gostar da vida no campo e agora ela quer aprender a cavalgar - bateu sorrindo no ombro dele - faz bem Geni, se o seu pai tiver ocupado hoje eu te levo ou a Pilar né filha?

— Pai é que... - olhou Miguel e viu a veia saltada na testa dele e o maxilar travado - deixa que eu e o Miguel resolvemos isso com a Geni. – não queria mais problemas com esse assunto.

— Ah tudo bem, mas eu compro a cela dela, tenho um amigo que faz umas ótimas e vai ser adaptada pra ela _ falou Afonso entusiasmado.

— Pode ter meu nome? - falou emocionada.

— Sim, pode ser do jeito que quiser, vou pedir pra ele vir e assim escolhemos uma bem linda princesa!

— Que incrível eu tô explodindo de alegria seu Alfonso.

Por incrível que pareça a única pessoa a perceber que Miguel estava a ponto de um surto foi Pilar e a mesma pegou a mão dele e o olhou.

— Contador, preciso que você corrija umas planilhas de emergência - levantou sem soltar a mão dele.

— Sim, vamos eu preciso ver isso agora - não tirava os olhos da filha.

— Ótimo, Geni vai se arrumando que quando acabar com seu pai vamos te levar a cidade - puxou ele e levou até o escritório.

— Eu não quero a Eugenia num cavalo, ela não! - bateu com a mão na parede algumas vezes.

— Me explica o porquê de ficar assim transtornado com o fato dela querer aprender a cavalgar?

– Ela pode cair e se machucar feio, quebrar um osso ou pior quebrar o pescoço.

– Calma, eu a ensino, ela quer fazer algo por ela, pensa assim se deixar ela montar, vai deixar as coisas mais fáceis para vocês. Ela gostou de estar em cima de um cavalo, claro que não vou deixar nada acontecer com ela, eu mesmo treino e a ensino a montar.

- Promete que somente você vai estar com ela, e ela sempre estará segura?

– Agora confia em mim, contador? – falou rindo.

– Pilar, não estou brincando, ela é minha prioridade. Não quero que nada nem ninguém a machuque.

Pilar percebe a preocupação dele, e confirma que tudo ficaria bem com Geni. Quando ela voltou Afonso estava sentado em seu sofá olhando a filha entrar.

– Fez de propósito, não foi? – disparou ela.

– Não, mas percebi que ele ficou inquieto, a menina precisa viver.

– Pai, ele ama a filha, e tem medo que ela faça de novo.

– Então você sabe?

– A tia me contou, ela como médica tem acesso aos prontuários e conversamos hoje.

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