(...)
— Geni!? - ela sentiu como se ela fosse sangue do seu sangue e a agonia tomou conta de seu interior. Pilar viu o cavalo indo perto, sabia que se Geni ficasse ali ele iria pisar nela.
Pilar correu sem medo e puxou ela por baixo dos ombros e tirando Geni de dentro do piquete. Quando a menina abriu os olhos e viu Pilar agarrou ela chorando desesperadamente.
— Perdão, eu não queria... – falou e pânico e Pilar percebeu que ela estava entrando em crise.
— Calma meu amor, já passou eu tô aqui, com você - acariciou seus cabelos tentando acalmar a menina.
— Ela me chamou, disse que era pra eu ir. - apontou para o lugar que estava deitada.
— Não vai pra lugar nenhum sem mim entendeu? - segurou o rosto dela e a fez olhar em seus olhos.
— Te ouvi expulsando meu pai de casa. - seus olhos estavam vermelhos, mas ela não chorava mais.
— Não foi pra valer, é que seu pai me tira do sério. - sorriu e passou a mão nos cabelos.
— E você gosta dele de verdade? - disse mais calma, porém sem largar de Pilar.
— Sim, mas eu tenho que primeiro me acalmar pra falar com seu pai. O mais importante agora é você mocinha. - levantou e ajudou Geni limpando sua calça.
— Ele é um bobo se não ficar com você, podiam me dar uma família de verdade. – Pilar se sentiu ainda mais culpada, pois sabia que era ela que não sedia as tentativas de Miguel.
— Com ou sem o seu pai eu já sou sua família, tem um lar aqui meu anjo. Você é a alegria de casa, olha quantas coisas boas e família já fizemos, meu pai te ama como neta dela. Nem vou falar da tia Isa. Ou acha que ela te chama de anjinho por qual motivo, é nosso anjo.
– Depois que a mamãe morreu, fiquei sem motivos, sabe, eu amo meu pai, e sei que ele faz tudo por mim, mas aqui eu... – ela se agarra a Pilar. – Aqui me sinto bem, você me faz bem, é como se fosse uma segunda mãe para mim.
– Geni, sabe que sinto o mesmo por ti, te amo menina– ela beija a testa da menina e Miguel olha a cena e percebe algo de errado e corre para perto delas.
– O que foi, Eugênia, filha meu amor fala comigo!
– Pai, tô bem, eu acho, mas para de brigar com a Pilar. Não quero ir embora aqui.
– Amor, filha não vamos embora, de onde tirou isso... – ele olhou bravo para Pilar e confirma que ela ouviu a conversa deles. – Ei meu amor, não vou deixar isso acontecer.
– Viu anjinho, tá tudo bem. – eles ficam juntos e Miguel acaba abraçando as duas com carinho.
Afonso e Isabel viram tudo de longe, Isa falou que a menina teve uma crise, e nem precisou chegar perto para saber, e os dois eram os culpados.
– Como assim culpados?
– Já viu duas cabras da montanha? – ele afirma. – Elas ficam batendo a cabeça para ver quem perde e desiste primeiro do combate, pois bem vos apresento as cabras Pilar e Miguel, se amam, estão se matando e nada.
– Vamos resolver isso e logo, quero mais netos nessa casa!
– E filhos? – ela sorriu olhando pra ele.
–Isabel, não brinca.... – ela sorriu e entraram e acabaram preparando um jantar em família.
Geni foi medicada, mas Isabel disse que nem precisava , pois a crise se dissipou com a conversa deles, no jantar Pilar e Miguel se olhavam, mas não trocaram palavras alguma, ela se sentia muito culpada e não queria falar com ele. Assim como ele se sentia responsável por não aclarar Pilar do fato com a moça.
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🌾🌾TEMPOS DE ESPERANÇA🌾🌾 ✔️
Hayran KurguEnquanto acreditarmos, tudo se mantém possível para acontecer.