O Prisioneiro de Azkaban: Regulus Black, O Mestre de Poções (Livro 3)

Capítulo 13

Regulus Black

Regulus não sabe o que esperava para esse ano, correção ele não tinha certeza do que esperar desde que viu a foto de seu irmão no jornal no dia 31 de julho. Ele tinha planos antes disso, pelo menos esperava ter um ano muito mais calmo depois da destruição das horcruxs, mas tudo bem ele poderia lidar com a fuga de seu irmão mais velho depois de tudo o que fez para se livrar das partes da alma de seu antigo mestre das trevas.

O fato que todos concordarem em não contar aquela minúscula e muito importante parte da história para Harry ajudou bastante. Bem teria ajudado se de alguma forma o menino não tivesse descoberto.

Regulus passou várias semanas, principalmente depois da invasão no Halloween dividido entre a desconfiança com Remus Lupin, e agradecido por Harry não ter lhe feito perguntas sobre Sirius.

Ele não esperava no entanto que Harry não tivesse associado os dois irmãos, apesar de um dia ter havido muitos Blacks por aí fazendo merda, hoje em dia há apenas duas pessoas que carregam esse sobrenome, mas talvez Harry não saiba disso, Regulus não contou tanto assim sobre sua família ao menino.

Isso até aquela noite. É final de sábado e falta apenas uma semana para as crianças irem para casa durante as férias de Natal, Regulus está cansado, sentado em seu escritório depois de uma longa tarde de visita a Hogmeade e um encontro desinteressante com o Ministério Fudge que parece ficar mais incompetente a cada ano que passa.

Regulus não tinha nada contra o homem baixo no começo, mas Fudge se deixou levar pela conversa mole de vário dos antigos amigos de Regulus, e ele também não parece estar lidando direito com a fuga de Sirius, quem em sã consciência colocaria dementadores no terreno de uma escola, bruxos ou não a maior parte dos alunos não sabe lidar com aquelas criaturas. Seja por serem muito jovens ou por terem tido professores muito incompetente para lhes ensinar a se defender de criatura das trevas.

De qualquer forma ele encontrou o Ministro assim como alguns outros professores em um bar onde apenas os maiores de dezesseis anos poderiam entrar. Lá ele foi informado de que as buscas por Sirius continuavam, mas nenhuma pista fora a invasão a Hogwarts foi vista.

Os outros comentaram quão trágica era a história de Potter, como se algum deles tivesse noção do que o menino passou vivendo com os tios.

Bla,bla, bla. Empatia de quem não vai fazer nada para ajuda-lo realmente. Foi Minerva quem comentou sobre Pettigrew e como o amigo de James e Sirius foi assassinado ao tentar confrontar e parar Sirius na noite da traição dos Potter.

Regulus esperava deixar o assunto indigesto de seu irmão assassino e traidor naquele bar, mas batidas em sua porta mudou seu plano.

Quando ele chamou a pessoa, fosse quem fosse, para entrar ele esperava Stevens com alguma fofoca interessante para distrai-lo ou mesmo uma reclamação. Ele não esperava um Harry Potter de treze anos furioso quase invadindo sua sala.

Por um momento Regulus ficou preocupado que o menino tinha se machucado, seus olhos verdes estavam meio inchados e vermelhos como se ele tivesse chorado antes. Mas Black reconheceu a furia em meio a íris verde.

A expressão de raiva era igual a de James, mas Harry com certeza era mais controlado do que o pai. James era muito mais explosivo, chegava gritando, batendo e explodindo quando irritado. Harry ficou ali encarando o furioso por alguns segundos, muito mais do que James era capaz antes de começar a gritar.

— Você sabia — ele acusou furioso.

Merda. Regulus gemeu internamente ele não queria ter essa conversa agora, mas claramente ele não teria muita escolha.