O Prisioneiro de Azkaban: Regulus Black, O Mestre de Poções (Livro 3)

Capítulo 22

— Fique atrás de mim, Potter, ele é um Comensal da Morte!

— Fique atrás de mim, Harry, ele é um Comensal da Morte!

Os irmãos gritaram ao mesmo tempo, Regulus apontando a varinha para a cara de Sirius pronto para atacar ao menor movimento do mais velho.

— Por Merlin a dois deles agora — Remus resmungou do outro lado da sala.

Regulus ignorou a fala dele em prol de proteger as crianças. Os olhos estavam entre os dois homens.

— Vocês dois são Comensais — Hermione grita.

— Eu não sou mais — Regulus respondeu ao mesmo tempo que Sirius gritou.

— Eu nunca fui.

— Sinceramente — Remus continuou a resmungar — será que podemos conversar em vez de duelar, ou pelo menos não ficar gritando? Minha cabeça está doendo.

Regulus recuou mentalmente, é lua cheia, é um péssimo momento para testar a paciência de Lupin, mesmo o outro estando desarmado.

— Mostre seu braço — Regulus mandou.

— O quê? Não — Sirius gritou de volta.

— Mostre a porra do seu braço Sirius — Remus gritou de volta.

Sirius ficou um tanto confuso antes de arregaçar as mangas até o cotovelo.

A pele doentiamente pálida está suja, imunda na verdade, há tatuagens mas não tem o principal.

Regulus abaixa a varinha ao não ver a Marca na pele de seu irmão. O seu coração apertado por realmente ter desconfiado em algum momento, por não ter feito mais por ele, por ter falhado novamente.

— Professor? — a voz de Harry o trouxe de volta.

— Explique-se Sirius.

— Não — Azkaban não tirou o tom petulante de Sirius, no máximo deixou ainda mais agressivo — não falo com Comensais da Morte. E eu estou ocupado.

— Sirius — Remus advertiu.

Sirius se voltou para as crianças. O olhar dele maníaco era muito parecido com de Bellatrix enquanto ela torturava pessoas deu calafrios em Regulus.

— Com licença Lupin, estou tentando cometer o crime pelo qual fui preso.

— Você traiu meus pais — Harry gritou, apontando uma varinha para Sirius.

— Eu nunca faria isso.

— Você era o fiel do segredo — Regulus rebateu.

— Não, não era. Pettigrew era.

Todos os anos que sua mãe passou ensinando a Regulus sobre como controlar suas expressões faciais e corporal, e todas as razões porque isso era importante sumiram de sua mente. Deixando apenas uma expressão de pura confusão em seu rosto diante a fala de Sirius.

— Por que Pettigrew seria o fiel do segredo? — ele perguntou com completa descrença.

— Exatamente por isso — Sirius disse apontando para o rosto de seu irmão, se aproximando agressivamente. Regulus levantou a varinha para a cara dele e o mais velho recuou — ninguém acharia que ele seria, ele era...

— Fraco, frágil, pequeno e meio estupido?

— Quem desconfiaria que aquela ratazana escorregadia teria uma informação dessa? Ninguém. Agora se puderem parar de me atrapalhar, eu estou tentado matá-lo.

— Pettigrew está morto. Você o matou — Harry gritou de volta.

Regulus estava começando a cansar da gritaria também. Grifinórios não sabiam falar como pessoas normais? Apesar de que ele estava gritando momentos antes também. Ele preferiu se abster de sua própria hipocrisia.