cαρiтυlσ 5

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Nagi havia colocado Rin em sua cama após uma longa tarde com ele, Sae e Reo naquela casa. O violeta concordou em o ajudar a cuidar dos irmãos enquanto Anri não chegava. O mais novo foi quem mais gostou de Reo, principalmente depois de descobrir que ele era bom em fazer diversos origamis. Apesar da preferência do esverdeado, Sae também gostou do Mikage, tanto pelo mesmo ser uma boa pessoa quanto pelo fato dele saber preparar bolinhos de arroz.

Nagi desceu as escadas depois de dar boa noite a Rin e percebeu que, na sala, Sae estava deitado na perna de Reo, quase dormindo. O violeta fazia carinho nos fios ruivos de Sae enquanto lhe contava fatos da história japonesa. O grisalho se sentou ao seu lado, colocando a cabeça em seu ombro. Reo lhe deu um sorriso e colocou a mão em seu cabelo, fazendo os mesmos movimentos que fazia no cabelo de Sae.

— Seu cafuné é bom. — Nagi elogiou.

— Verdade. — Ouviram a voz de Sae. Reo deu uma gargalhada e agradeceu a ambos. — Você vai vir mais vezes, Reoreo?

— Não sei? Se o Nagi me chamar, claro que eu venho. — O respondeu, percebendo que o mesmo queria se levantar, tirou sua mão. Sae se levantou. — Onde vai?

— Tenho que tomar meu remédio e vou dormir depois. — A dupla assentiu. — Foi bom te conhecer, Reo.

— Igualmente, Saesae. — Acenou para o ruivo quando o mesmo subiu as escadas. Reo notou Nagi levantar seu braço e deitar em seu peito. O roxo lhe deu um riso e o abraçou. — Ah, o que está fazendo?

— Pegando carinho do meu novo amigo.

— Aw! — O apertou mais forte. — Somos amigos agora?

— Levando em consideração que você me trouxe pra cá, ficamos a tarde toda jogando papo fora e você conhece meus três motivos de vida... Sim, somos amigos. Muito íntimos, por sinal.

— É bom ouvir isso. — Deitou em sua cabeça. — Obrigada, Nagi.

"Eu que agradeço"

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Na volta para casa, Nagi acompanhava Reo, enquanto o mesmo lhe dizia coisas aleatórias sobre o que vira antes de se mudar para Tóquio. Nagi o ouvia, mas quase não falava nada em troca, apenas o encarava enquanto o violeta falava todas as situações surpreendentes e estranhas que havia passado, tanto na mudança quanto antes de vir a Tóquio.

— Eu tô falando muito? — Perguntou, percebendo que Nagi balançou a cabeça negação. — Desculpe, eu não costumo ter muitos amigos, sabe... Do meu gênero. — Deu uma risada nervosa. — Normalmente eu sou visto com meninas, por mais que eu não goste de ficar o tempo todo com elas, eu me sinto bem tendo... Companhia.

— Agora você tem a mim. — Apontou pra si. — Além do Isagi, do Rin e do Sae. E se quiser, amanhã a gente pode passar em uma sorveteria e eu te apresento o Bachira.

— Bachira? — Parou de caminhar e colocou seu indicador nos lábios, pensativo. — Que nome estranho.

— É o sobrenome dele. — O encarou, e lhe deu um riso. — O nome dele é Meguru.

— Meguru. Achei fofo.

— Sim, combina com ele.

Reo voltou a caminhar, vendo Nagi o seguir para onde iria. Quando chegaram. Reo parou na porta e Nagi olhou para cima, vendo a enorme mansão na qual Reo morava. O mesmo notou o portão se abrir e adentrou junto a seu companheiro. Nagi iria passar a noite com Reo, revistando todos os assuntos das matérias que perderam naquele dia.

— Você falou dos Itoshi, mas tem uma casa duas vezes maior.

— Não seja besta, Nagi. — Riu do mesmo. — Minha casa em Saitama era maior, apesar de eu preferir esta. — Nagi o olhou e ergueu uma sobrancelha. — O que? O que eu fiz?

— Nada, mas eu achei que você gostasse de coisas exageradas e muito "uau".

— Eu gosto sim. — Abriu a porta do seu quarto. — Mas dentro dos padrões, claro. — Caminhou para dentro dele e ligou as LED's, depois de abrir as cortinas. — Bom, fique a vontade. Eu vou pedir algo pra comermos. Do que você gosta?

— Bom.. Tudo que for comestível. 

— Ah... Tudo bem, eu acho. — Pegou seu telefone e mandou um áudio para seu cozinheiro, pedindo para aprontar algo simples. Pediu também, para entregar em seu quarto, caso pudesse.

— Eu vou ser muito enxerido se eu perguntar se mora sozinho?

Reo o encarou.

— Claro que não. Depois de tudo que nós conversamos hoje, nada é muito segredo aqui. — Se sentou no chão, dando tapinhas ao seu lado para Nagi se sentar. Quando o grisalho se sentou, Reo o olhou e suspirou antes de começar a falar. — Minha mãe e meu pai se divorciaram uns dias atrás e, como eu não podia morar sozinho ainda, vim ficar com meus avós em Tóquio. O problema é que eles quase não aparecem então.. Resumindo: Sim, eu moro só. Lógico, eu e o Zantetsu, meu mordomo. Mas eu dei férias para ele por um tempo. 

— Você tem um mordomo.

— Uhum. — Assentiu, lhe dando um sorriso. — Claro que, somos mais amigos do que chefe e assistente, mas eu nunca pude trata-lo de forma igual. Por conta dos meus pais.

— Hunm. Você é bem mais difícil do que eu achava quando te conheci.

— V-Você acha? Heh, desculpe.

— Isso foi um elogio.

— Ah!.. Obrigado, então. — Ouviu batidas na porta. — Só um momento. Pode ligar o PC enquanto eu pego as comidas. — Se levantou e caminhou até a porta, a abrindo. Saiu do quarto por um momento e voltou alguns minutos depois com uma bandeija de comida em mãos. Colocou a tal em uma mesa que tinha no centro e se sentou no chão novamente. — Pronto. Fique à vontade. 

— Reo...  — Ele o olhou. — Eu não quero estudar. — O tal ergueu uma sobrancelha e revirou os olhos. — Eu quero conversar com você, jogar com você, dormir com você e quem sabe até faltar a escola amanhã pra gente ir na sorveteria, sabe? — O menino sorriu para ele. — Eu cansei da escola, eu não aguento mais ficar naquele lugar que só me lembra o Kira!

— Kira? — Apertou seus punhos. — Quem é Kira, Nagi? — Perguntou, tentando o encarar enquanto o olhar de Nagi ia até a parede, tentando não responder a pergunta.

— N-Ninguém.. — Suspirou e se levantou, notando que Reo havia segurado seu braço. — Reo..

— Aconteceu alguma coisa? Você está bem, Nagi? — Se levantou também, encarando o mais alto, que olhava para todos os cantos do quarto, menos para o olhar do roxo. Reo segurou a bochecha de Nagi guiando seu olhar até ele e o encarou. — Nagi?

— Eu não sei se eu quero falar sobre isso. — Abaixou a cabeça e se sentou na cama. — Desculpe.

— Não tem problema. Você quer comer?

— Não.. — Reo assentiu. — Posso ir dormir?

— Claro, pode deitar na minha cama, eu vou estudar um pouco e vou dormir também. — O grisalho assentiu e se deitou. Em poucos minutos, o mesmo dormiu. Reo o olhou por alguns minutos antes de desligar as luzes e sair do quarto, o deixando ali. 

𝐌𝐄𝐔𝐒 𝐏𝐄𝐒𝐀𝐃𝐄𝐋𝐎𝐒  , reonagi [cancelada]Onde histórias criam vida. Descubra agora