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Soraya T.


_É aqui que eu quero trabalhar_ coloquei as mãos no bolso.

_É uma escola bem bonita_ falei.

Estávamos saindo de um comércio, onde fomos comprar algumas coisas para fazer o almoço, na saída do mesmo, paramos em frente à essa escola, Gleisi olhava toda feliz, desejo que ela consiga realizar esse sonho, sei o quanto ela é determinada naquilo que quer, parece que já tá até terminando o cursinho de inglês que fazia.

_Acho que me decidi_ falou.

_ decidiu o quê?_  olhei rapidamente pra ela.

_Serei professora de inglês_

_É mesmo? gosta muito da matéria?_

_Sim, durante esse tempinho que fazia o cursinho, fui aprendendo a gostar bastante_

_É isso querida, continue assim, você está indo muito bem_ ela me deu um abraço de lado.

Voltamos a caminhar, sem pressa nenhuma, o bar das irmãs não estava tão longe assim, chegaríamos logo, logo, compramos dois sorvetes de casquinha, mas quis voltar para comprar um picolé para a sisa, algo me dizia que ela ficaria feliz com isso.

_Você está gostando de ficar ?_ a baixinha perguntou.

_Estou, não sabia que ao chegar em uma nova cidade eu seria tão bem recepcionada_ ela sorriu.

_Estou gostando também de ter você ali, te tenho como uma segunda irmã, que a vida me deu_ ela passou o braço esquerdo por minha cintura.

Me senti bem em ouvir isso dela, não disse nada no momento, mas eu também a vejo como uma irmã para mim, a irmã que eu sempre quis ter, Gleisi é uma boa pessoa.

_Eu acho que é ela sim, olha a foto_ ouvimos um burburinho ao passarmos por alguns homens.

_É ela mesma, o cabelo loiro, sim, é ela_ ouvimos outro dizer, Gleisi parou, e olhou para trás.

_Vocês estão falando de quem?_ ela perguntou.

_Dessa daí ao seu lado, veio gente atrás dela_ disse um.

_E o que vocês têm a ver com isso?_ colocou a mão na cintura.

_Vamos ligar para o pai dela e dizer onde ela está, ele nos pagará bem por isso_ acharam graça, eu fiquei tensa.

_Ela é maior idade, faz o que bem quer da vida dela_ ela defendeu-me.

_Como por exemplo abandonar o marido no altar e fugir_ imediatamente levantei a cabeça.

_O que você falou ?_ me aproximei.

_Foi o que seu pai disse, deveria sentir vergonha por isso, deixar o noivo no altar, que feio_ como meu pai teve coragem de mentir assim?

A dona do bar (simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora