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Na pequena cama de solteiro, a loira que havia chegado ali há um mês atrás, se remexia a cada segundo, os lençóis e a própria coberta já estavam bagunçados, até tocando já ao chão, ela gemia baixinho, mesmo tendo uma vontade enorme de querer gritar, era demais para ela aguentar em silêncio.

_Baixinha, está tudo bem ?_ do outro lado, no corredor, Simone já tava ali.

Sendo uma das primeiras a acordar, hoje não foi diferente, mesmo estando muito cedo ainda, a morena saiu do seu quarto para ir tomar um banho, mas ao passar perto do quartinho da loira e ouvir esses baixos gemidos, ela ficou curiosa, e também preocupada.

_Humm... Simone, me ajuda_ ouviu a pequena pedir quase num sussurro.

A outra logo entrou, pedindo licença, de qualquer forma, viu como estava aquela loira ali na cama, tão encolhidinha, como a encontrou na madrugada que ela dormira pela primeira vez em seu bar, lembra de ter ido ao seu quarto para pegar sua escova de dente, e encontrou a mulher nessa posição, lembra que sentiu pena, assim como agora.

_O que você está sentindo?_ se aproximou da cama.

_Eu com muita dor, Simone_ ela fez uma expressão de dor após dizer isso.

_Dor? onde está doendo?_ se agachou ao lado da cama.

_Cólica, doendo muito_ disse-lhe.

Por instinto, a morena levou sua mão até o baixo ventre da loira, por debaixo da blusa, pressionou de maneira espalmada sua destra, e começou a massagear, na tentativa de livrar a pequena daquela dor.

_Sua mão é gelada, sisa_ comentou.

_Dói tanto assim?_ perguntou.

_Muito, você não tem algum comprimido?_

_Posso ver na cozinha, volto_

_Sisa, não vai ainda_

_Mas você não com dor? vou ver se..._

_Fica um pouquinho mais, sua massagem estava... boa_

_Tudo bem, mas vou ver o remédio, parte o coração ver você com essas expressões_ voltou a se agachar de novo.

Levou novamente sua mão para onde estava antes, iniciou a massagem, de maneira lenta e sem muita pressão, fazia aquilo com carinho, a loira fechou os olhos um momento, achou que a mesma havia dormido.

Percebeu quando ela voltou a soltar um gemido baixinho, de certa forma, escutar isso, tão perto assim, lhe fez sentir algo em seu íntimo, chegou a passar a mão em cima, então decidiu levantar, seria demais continuar ali ouvindo aqueles gemidos.

_Eu vou procurar um remédio, volto_ saiu depressa dali.

Foi até a cozinha, procurou nos armários por remédios, mas não achara nenhum, subiu de novo, entrou no quarto da irmã, que continuava dormindo, ainda a chamou duas vezes, mas a de olhos verdes não acordou. 

Então pegou uma caixinha de cima da penteadeira, não iria mexer nas gavetas, jamais mexera nas coisas de sua irmã, mas ali também não encontrou nada, saiu de novo e desceu, decidiu preparar um chá.

A dona do bar (simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora